27.5.18

Uma questão de auto-estima...


Começo pela história desta imagem. Trata-se de um telemóvel que tem como imagem de fundo medronhos, muitos medronhos. Tirei esta foto há uns tempos, quando fui apanhar uma caixa de medronhos. Foi uma tarde inesquecível num local que não irei divulgar. Quando a caixa estava cheia, e olhando para a mesma, fiquei enfeitiçado pelo que via, tirando várias fotografias com o meu telemóvel. Esta foi a escolhida para ser a embaixadora do meu telemóvel e a primeira imagem que vejo todos os dias quando me levanto. É uma imagem inspiradora que me acompanha dia-a-dia e que agora utilizo para este comentário. E não me farto dela! Quando compramos um telemóvel, costuma vir uma mão cheia de imagens bonitas, de países e paisagens que não conhecemos. Apesar de bonitas não têm algo de importante, uma ligação pessoal connosco. Já as imagens das nossas viagens, paisagens e afins, que temos no nosso telemóvel, essas já têm ligação e emoção q.b.
Não sei quantos de vós é que fazem questão de ter imagens fabulosas da vossa terra ou da vossa região no telemóvel, mas suspeito que não serão muito/as. Isso acontecerá possivelmente por alguma falta de auto-estima. Uma das coisas que oiço desde sempre é que as outras regiões ou outros países é que são porreiros. Não estou a dizer que não gostam da vossa terra, mas sim que focam muito "os outros" e menos o "nós". Costumamos dizer que há paisagens fantásticas noutros países (e, de facto há...), mas também as temos em Sicó. A nossa identidade e carácter foi, em parte forjada por esta região. Sicó é uma paisagem cultural fenomenal, mas infelizmente a nossa auto-estima não nos tem permitido reconhecer devidamente o valor da nossa região, Sicó. Vamos trabalhar a nossa auto-estima com este belo tesouro que é Sicó?!

22.5.18

Eu herbicido, tu herbicidas ele herbicida...

Todos os anos é o mesmo cenário numa qualquer rua perto de nós. Todos os anos vemos que, apesar de aplicarem herbicidas, nem sempre colocam o obrigatório aviso. Todos os anos as pessoas reclamam, contudo só de goela, pois não são consequentes com o que dizem. Todos os anos fico a pensar qual o potencial nocivo dos herbicidas que aplicam nos passeios, bermas e afins. Todos os anos me rio com os termos que vão inventando para tentar aligeirar a carga negativa associada aos herbicidas...
Sou do tempo em que apanhava caracóis (belo pitéu!) nas bermas das estradas, sem receio de venenos. Já há muitos anos que não o faço e não é por acaso...
O princípio da precaução deveria nortear estas acções, contudo há quem teime em não evoluir e ver que há impactos que, mais tarde ou mais cedo, surgem..
Há alternativas aos herbicidas, contudo quem nos governa teima em não se actualizar (boa parte...). Há 1 ano, e através da Plataforma Contra os Herbicidas - Sicó, promoveu-se uma acção que além de pretender sensibilizar os nossos autarcas, pretendia apelar ao fim da utilização de herbicidas por parte das entidades públicas. Foram enviadas mensagens a praticamente todas as Juntas de Freguesia da região de Sicó e a todas as Autarquias de Sicó e nem uma resposta... A única luz ao fundo do túnel é ter sabido que há uma autarquia que está a trabalhar numa alternativa. Curiosamente, ou não, é Ansião, que dá sinais de estar a trabalhar esta questão. Curiosamente, ou não, há também uma freguesia (Pousaflores) que alegadamente não utiliza herbicidas por opção, facto a aplaudir!
Queremos mesmo continuar passivos, à espera que os problemas comecem a surgir ou queremos mitigar os actuais problemas e evitar futuros problemas? Eis a questão!
As imagens seguintes foram captadas em Pombal por um cidadão atento a esta questão.






18.5.18

Vamos Limpar Sicó?


Passados 8 anos do Limpar Portugal, eis que o desafio volta a ser feito. Há poucas semanas aproveitei para dar conta disto mesmo, mas hoje venho formalmente desafiar-vos para serem parte integrante desta acção de limpeza importantíssima. Actualmente, e dada a maior sensibilização, é mais fácil organizar esta iniciativa, portanto porque não nos reunirmos todos nesta bela iniciativa e contribuirmos para uma Sicó mais limpa? É importante sensibilizar e é importante retirar muito do lixo que tanto tuga vai despejar por aí fora. 
Tal como há algumas semanas referi, não poderei ser novamente coordenador concelhio, contudo poderei dar uma ajuda, seja com mais dois braços, seja com o conhecimento que obtive há 8 anos. Se cada um de nós der uma pequena ajuda, esta tarefa será muito mais fácil. Não custa nada investir umas horas nesta iniciativa. Ansião, Alvaiázere, Pombal, Penela, Condeixa e Soure, estão todos convocados para a mobilização regional (e nacional, claro)!
Aceitas o desafio ou achas que não vale a pena tornar Sicó uma região ainda mais bonita?!

9.5.18

Explore Sicó no dia de São nunca à tarde, conheça o "TRYSICO"!

Foi no final de Janeiro que o Farpas Pombalinas promoveu um interessante debate sobre um dos temas que faz parte das lides do Azinheiragate, ou seja o antigo CIMU, "actual" Explore Sicó, supostamente a inaugurar no início de 2019. É uma novela que se desenrola há demasiados anos, com a benção dos nossos impostos. A ver vamos qual vai ser a soma final...
Mas deixemo-nos de conversa gasta e vamos ao que interessa. A temática dos centros de interpretação é-me muito querida. Sempre que viajo costumo visitar este tipo de infra-estruturas, daí ter aprendido bastante nos últimos anos. Foi também há alguns anos que um, então, estudante de arquitectura entrou em contacto comigo, através do Azinheiragate, de forma a trocarmos impressões sobre a temática que nos une, Sicó. Foi assim que conheci mais um amigo de Sicó, que fiz mais um amigo e que pude partilhar parte do meu conhecimento sobre esta região. Aprendi também com o, agora, arquitecto Pedro Mota, na medida em que fiquei a conhecer uma nova perspectiva que me enriqueceu mais um bocado. E começámos a esboçar ideias, algumas das quais pode ser que ainda este ano vejam luz...
Tudo isto porque o arquitecto em causa estava nessa altura a desenvolver um trabalho de mestrado bastante interessante, precisamente na linha dos centros de interpretação/turísticos. Foi um projecto que tive o privilégio de acompanhar e que mostra um caminho, o tal caminho que o Explore Sicó não explorou devidamente. A forma como este projecto foi idealizado é um bom exemplo do que poderia ter sido feito no caso do Explore Sicó (ou outro nome que possa vir a ter...). 
Vejo muitas falhas graves em projectos como o Explore Sicó, porquê? Falta de competência, horizontes curtos, etc, etc, etc. O debate do Farpas Pombalinas sobre o Explore Sicó foi muito bom, já que permitiu-me saber mais falhas do que aquelas que já conhecia.
Decidi abordar o projecto "TRY.SICO" porque retrata algo de importante, seja em termos conceptuais, seja em termos de mentalidade. É isto que tem faltado na região de Sicó, mentalidade e atitude q.b.
Os meus agradecimentos ao arquitecto Pedro Mota, por ter disponibilizado estes conteúdos. Aos tecnocratas e políticos de algibeira, aprendam alguma coisa com este projecto, é esta a minha sugestão.











5.5.18

Envolvam-se no orçamento participativo de Ansião, mas sem batota!


Faltam pouco mais de duas semanas para que finde o prazo de apresentação de propostas para o orçamento participativo de Ansião, portanto nada como relembrar-vos do facto e desafiar-vos a apresentar propostas sérias, criativas e válidas. Eu ainda não apresentei, contudo estou a matutar algo.
Em 2017 o cenário não foi o melhor, já que, alegadamente, houve batota de duas das principais candidaturas, uma ao disponibilizar boletins de voto onde não era suposto, outra ao, alegadamente, monitorizar as votações através do conhecimento prévio das mesmas, facto que lhes terá permitido gerir a coisa a seu favor. Este último caso foi, para mim, uma má surpresa, ainda mais porque fui confrontado por um indivíduo dessa mesma candidatura, numa lógica de dura crítica à outra candidatura e dura crítica (e ofensa pessoal...) ao facto de eu ter abordado a questão, sem tabús. Foi realmente curioso alguém ligado a uma candidatura que fez batota armar-se em moralista, falar em ética e achar-se especialista da coisa, dizendo mal de tudo e todos e omitindo a batota da candidatura que defendeu com unhas e dentes. Numa palavra, vergonhoso...
Mas voltando ao fundamental, é muito importante apresentarmos bons projectos neste Orçamento Participativo 2018. Não precisa de ser um projecto que açambarque todo o orçamento, mas um projecto útil, válido e criativo se possível. A lógica dos orçamentos participativos não é tapar buracos do orçamento municipal, tal como se viu na edição de 2017, mas sim envolver os cidadãos numa desejável democracia participativa. É certo que estes processos não correm bem à primeira ou à segunda vez, dado o chico espertismo de alguns, mas o caminho faz-se caminhando e isso faz parte deste tipo de processos. Não tenham receio de apresentar ideias, pois de ideias aparentemente "parvas" tem surgido projectos excepcionais por este país fora, os quais mudam a vida de muitos e vivência de muitos mais.
Por isso e muito mais, fico à espera de ver as vossas ideias candidatas a este orçamento participativo! E não se iludam, pois no caso de tentarem fazer batota, há uma probabilidade muito elevada de eu descobrir. Fica o aviso...