27.5.22

Destruir um habitat a proteger? Os Netos não tinham necessidade disto...

Fonte: Junta de Freguesia de Ansião

Fui apanhado completamente de surpresa, algo que não é assim tão difícil tendo em conta que já não vou à terra há umas valentes semanas e se trata de um local com pouco movimento. Fiquei chocado quando me deparei com esta primeira imagem, retirada do Facebook da Junta de Freguesia de Ansião, a qual retrata a inauguração de um espaço de fruição, com uma obra de arte. Até aqui estaria tudo (muito) bem não fosse um pequeno pormenor. Qual é o pormenor?
Neste local existia um charco, habitat protegido de de grande importância em termos de biodiversidade e não só. Se estava bem preservado? Não, não estava, daí eu há uns anos (4?) ter tido a intenção de fazer queixa às autoridades pelo facto de alguém, provavelmente dos Netos, estar paulatinamente a atulhar o charco. A segunda e terceira imagem são da minha autoria, datadas de Março de 2012, e mostram como já naquela altura estava o charco, moribundo mas ainda vivo e passível de ser recuperado. A quarta, quinta e sexta imagem são do Google Maps. Posteriormente, talvez há uns 4 anos, ainda estive prestes a denunciar o caso às autoridades, contudo uma pessoa disse-me que não seria preciso, pois trataria da situação. Fiquei descansado, pois tendo em conta as palavras de uma pessoa de confiança, pensei que tratar da situação seria recuperar o charco. Eis que há poucos dias me deparei então com a primeira (e outras) imagens do local, com o charco devidamente sepultado. Claramente que há mais um jovem autarca que necessita de umas noções básicas de ordenamento do território e afins. O mesmo autarca que há meses dizia que fazer um estudo de impacte ambiental para o alargamento da zona industrial do Camporês era uma perda de tempo... (isto numa área particularmente frágil do ponto de vista ambiental...).
E nos comentários da publicação surge uma afirmação que brevemente a Lagoa do Pito (Dolina do Pito) será reabilitada. Estou curioso para ver o projecto... E uma coisa é certa, nessa requalificação não vou dar margem para decisões profundamente lamentáveis, que atentam contra habitats a proteger ou protegidos e a memória do local. E nessa margem incluo eventuais violações dos instrumentos de gestão territorial, as quais, a ocorrer, podem dar perda de mandato. Vou estar particularmente atento a partir de agora. Escusado será dizer o quanto incisivo sou quando cometem atentados ambientais/patrimoniais. 
Esta situação nos Netos afecta-me ainda mais do que o costume, já que tinha ligação emocional aquele charco, que fez parte da minha infância. Ainda há 2 dias tinha voltado a relembrar um comentário que aqui fiz sobre girinos. Ali já não existem mais...
Estou chocado com esta mediocridade que paulatinamente vai destruindo os valores naturais da nossa região! É a segunda vez que destaco situações como esta, relacionadas com charcos.







 

22.5.22

Imperdível!



"Car@s Asociad@s

Estimad@s Amig@s

A Direcção da Al-Baiaz - Associação de Defesa do Património tem a honra de vos convidar para a apresentação do livro "Nos Trilhos do Património Natural dos Concelhos do Norte do Distrito de Leiria", um livro que reflecte 11 anos de estudos do Prof. Doutor Mário Lousã nos territórios do Norte do Distrito de Leiria.
O livro será apresentado na Biblioteca Municipal de Alvaiázere no próximo dia 18 de Junho de 2022 (Sábado), 17:30 horas.
Contamos com a Vossa presença.

Em anexo enviamos o convite.
Saudações patrimoniais,

Élio Marques
(o presidente)"

Fonte: Al-Bäiaz - Associação de Defesa do Património 
 

17.5.22

Vamos lá apresentar propostas caro/as ansianenses!



Sou um acérrimo defensor deste tipo de projectos, ou seja dos Orçamentos Participativos. Nos últimos anos tenho sido bastante activo em prol dos mesmos, seja através da apresentação de propostas, seja através do desafio que faço para que surjam muitos e bons projectos de cidadania activa, seja igualmente através da dignificação do processo, pugnando pelas boas práticas e pela honestidade e ética que tem de estar associada aos mesmos. Denuncio batotas e batoteiros sem problema algum, sejam eles meus conhecidos ou não, sejam ou não de associações das quais já fiz parte. Não aceito o desvirtuar dos OP´s, tão simples quanto isso. Infelizmente o chico espertismo é uma prática comum nos primeiros anos dos Orçamentos Participativos, mas depois, e com um maior escrutínio e com a maturidade, a coisa melhora. É esse o meu objectivo para este ano. Desafio-vos a apresentarem propostas, muitas e variadas de preferência. Espero que não volte o chico espertismo que tenta usar o OP para tapar buracos de orçamentos próprios. Eu não irei apresentar propostas este ano, mas já estou no terreno a "picar" o pessoal para que se cheguem à frente. Ansião merece!


 

12.5.22

Período paleontológico?!

Há poucos dias alertaram-me para algo que me levou a ficar perplexo quando li tal coisa. Já levo uns anitos destas lides e confesso que não me lembro de ter visto uma gralha destas em lado algum...

Mas vamos aos factos. Consta nas páginas sociais do Município de Pombal uma publicação relacionada com o turismo e sobre uma visita de um elemento do INATEL a Pombal, de forma a conhecer o património cultural material e imaterial do concelho de Pombal. A determinado momento surge algo que causa perplexidade a qualquer técnico das geociências e não só. Fala-se no "Período Paleontológico"...

Eu devo andar desatento, já que desconheço completamente o que é o "Período Paleontológico". Ainda fui ver a tabela cronoestratigráfica mais recente, a ver se me tinha passado ao lado alguma novidade na mesma, contudo está tudo em ordem, menos o tal Período Paleontológico... Por isso mesmo, gostava que a Câmara Municipal de Pombal me pudesse esclarecer o que será afinal o Período Paleontológico. 

Claro que não é preciso esclarecer, já que é uma gralha/falha, grave, daí ser necessário corrigir tal gralha/falha, seja nas redes sociais, seja nos roteiros turísticos impressos. Não é admissível uma gralha/falha destas. Quando se elabora um texto, este tem de ser revisto, seja pelo autor, seja por outro técnico, de forma a que seja tudo visto e revisto devidamente. E, diga-se, gralhas deste tipo são a regra, não a excepção... E, talvez, o mais grave é o facto de não raras vezes estas gralhas/falhas terem como origem técnicos superiores....

Assim sendo, e feito o alerta, fica a nota para que todas as entidades públicas, e não só, sejam profissionais, evitando falhas destas, além de outras que já aqui destaquei, caso de "traduções" à google translator, para painéis turísticos, e não só. 

E lembrem-se, apontar estes erros é ajudar a resolver problemas/falhas e afins! Sicó agradece!!