20.12.19

Terminar o ano com cultura!


Haverá forma de queimar os últimos cartuchos do ano da melhor forma? E nem há a desculpa de se ter de gastar dinheiro para ir ver. Cultura é ir assistir, cultura é estar lá e desfrutar, cultura é mostrar que estamos cá para sermos presenteados por cultura da boa!

17.12.19

E se em vez de bugigangas oferecessem...


Por estes dias muitos andam desassossegados com a compra desalmada de prendas para o natal. Todos querem comprar algo para oferecer mas muitos não sabem bem o que comprar e vão acabar por comprar algo supérfluo, sem utilidade e feito a milhares de km de Sicó. No final, vão oferecer um objecto sem utilidade que daqui a uns tempos vai estar numa pilha de bugigangas ou mesmo no lixo. Fará isto sentido?
E se pudessem alterar este cenário? E se todos comprássemos produtos da região de Sicó para oferecer à família ou amigos próximos? E que tal um queijo? Produtos da nossa região e de qualidade não faltam. Assim oferecem algo de útil e que vai ficar na memória (e barriga...) daqueles a quem vão oferecer uma prenda na forma de produto regional. Assim além de estarem a oferecer algo de útil, estão a contribuir decisivamente para a economia local, fazendo toda a diferença e contribuindo para a manutenção e/ou criação de emprego.
Dou o exemplo de um queijo por um motivo muito simples, o facto de há poucos dias ter sido prendado com um queijo local, o qual até desconhecia, mas que até ficou bem cotado pelo meu estômago. Mas posso dar mais exemplos, lesmas!!!
Vamos comprar local?!

13.12.19

Qual preferem, esquerda ou direita?


A resposta da esmagadora maioria será só uma, direita, contudo quantos têm pugnado pela manutenção dos muros de pedra, elementos fundamentais da paisagem cultural da região de Sicó? Poucos, muito poucos.
Vejo com muita preocupação o proliferar deste atentado paisagístico na região de Sicó, daí já há alguns anos ser um activista pela manutenção dos tradicionais muros de pedra. Algumas situações são fáceis de resolver, contudo são uma minoria. A maioria são difíceis de resolver por um motivo muito simples, ou seja o facto de não haver apoios para a manutenção e recuperação dos belos muros de pedra. Há uma forma estrutural que pode facilitar a manutenção e recuperação destes muros e isso passa por um Plano de Paisagem para a região de Sicó. É um primeiro passo, fundamental, para alterar o paradigma. Fala-se algo sobre a Rede Natura 2000, contudo muito tem falhado neste domínio. Neste domínio seria interessante questionar um indivíduo que se muito se auto-elogia sobre a criação da RN2000, mas pouco ou nada diz sobre os vários falhanços da mesma. Nos últimos meses tem-se ouvido nalguns canais na criação de uma paisagem protegida, contudo são apenas zum zuns e que de pouco poderão valer sem a criação de uma ferramenta essencial para a gestão da paisagem. E obviamente que também se coloca esta questão no domínio dos Planos Directores Municipais, onde é notória a ausência de regulamentos que impossibilitem esta adulteração paisagística através dos muros de blocos.
Vamos todos pugnar pela defesa deste e de outros elementos identitários da região de Sicó?

9.12.19

Seus porcos do carvalho!


Há uns dias, e enquanto fazia o reconhecimento para um passeio pedestre, deparei-me com esta cena na Gramatinha. Por mais que me esforce, não consigo perceber o que leva alguém a fazer isto. Será que é alguém que tem palha no lugar do cérebro?!
Afinal somos ou não um país civilizado? Este tipo de situações é comum e constante, porquê? Evoluam seus porcos!!!



5.12.19

Jornalismo à Serras de Ansião


Fonte: registo fotográfico da página 7 da Edição de Outubro de 2019 do Serras de Ansião

Não é a primeira vez que abordo aqui a parcialidade jornalística do Jornal Serras de Ansião e não me admira que não seja a última. A parcialidade é algo que não rima com jornalismo. Não é surpresa para ninguém o muito forte pendor ideológico/político do Jornal Serras de Ansião e basta ver com atenção quem são os accionistas para perceber o que quero dizer com isto.
Há pouco mais do que uma semana ouvi algo que me levou a consultar a edição de Outubro do Jornal Serras de Ansião. Não acompanho este Jornal nem sequer o recomendo a ninguém, dada a sua parcialidade. Apenas quando algo me chega aos ouvidos me dou ao trabalho de ir ver de que se trata.
Tratava-se de um artigo sobre o I Congresso da Bolota de Sicó e tinha como título "O carvalho não é só bolota". Sendo eu o mentor deste congresso, realizado em parceria com a Câmara Municipal de Ansião, a qual possibilitou que a inscrição no mesmo fosse gratuita, obviamente que achei este título parcial e de pendor estritamente político.
Mas vamos aos factos, como é que alguém pode afirmar sobre este evento que o cavalho não é só bolota? Só mesmo quem não se deu ao trabalho de ler o programa do evento (que na altura da publicação do artigo não estava sequer disponível...) é que poderia afirmar algo de tão absurdo. Se houvesse seriedade, teriam esperado pela publicação do programa do evento, pois aí veriam que nunca ninguém disse que o carvalho era só bolota. Este evento tratou sobre carvalhos, azinheiras, habitats, ecossistemas, paisagem, ordenamento do território, inovação, criatividade e muitos outros aspectos.  Claramente houve alguém que não fez o TPC, ou então foi apenas a parola da trica política, que queria fazer boa figura. Além de não ter feito boa figura, teve o efeito inverso, já que fez má figura e, como se diz pelo Porto Largo, enterrou-se ainda mais. 
Dei-me ao trabalho de ler o artigo todo e até me arrepiei com as atrocidades geológicas ditas nos primeiros parágrafos. Não é nada boa ideia armarem-se em geógrafos físicos e geólogos sem se prepararem bem. Eu, enquanto ambos, ri-me à fartazana com o que ali foi dito sobre aspectos geológicos e geomorfológicos (embora não tenha graça nenhuma o que ali está escrito sobre a componente geológica e geomorfológica...). Se calhar uma leitura do capítulo relativo à geologia e à geomorfologia da minha tese de mestrado teria sido uma boa ideia, pelo menos evitaria o embaraço de ser chamado à atenção sobre tanta atrocidade geológica relatada nos primeiros parágrafos.
Mas voltando aos carvalhos, esperaria ver quem escreveu tal artigo no Jornal Serras de Ansião no I Congresso da Bolota de Sicó, contudo a sua ausência foi notada. Teria sido importante estar presente, mas afinal o que importava era lançar "lama" e "fugir", já que o jogo sujo da politiquice é assim mesmo (já sobre o Serras de Ansião, não sei se esteve algum jornalista presente e confesso que estou curioso para ver se será feita alguma referência na próxima edição...).
Lamento que assim seja, lamento o que li neste artigo e lamento profundamente a parcialidade ideológica/política do Jornal  Serras de Ansião. Lamento que haja pessoas que achem mais importante criticar um evento de interesse publico só porque foi outra força política que teve o mérito de organizar tal evento, a solo ou em parceria. Poderiam ter feito o que qualquer pessoa decente teria feito, ficar feliz pela organização de um evento importante para toda a região e a vários níveis, ambiental, cultural, económico, etc. Poderiam ter ficado bem na foto, contudo ficaram mal!
Fiquei feliz pelo facto do evento ter corrido bem, de termos tido a possibilidade de ter connosco oradores de grande qualidade e mérito (não me estou a incluir, pois eu sou apenas o João Forte de Ansião) e de termos tido uma boa casa e algumas pessoas terem vindo de longe, prova de que o evento chegou longe. No próximo anos novidades irão surgir para benefício não da força política A ou B, mas sim de todos nós e da nossa região!
Só serão credíveis quando fizerem por isso, lembrem-se disto! Há que credibilizar a imprensa local, portanto espero que este comentário ajude a mudar o paradigma, o qual só prejudica quem utiliza a imprensa local para fazer fretes políticos!