27.1.17

A cultura do ódio ao azinheiragate, por parte da "elite" política, chegou a limites...

Este ano é um ano especial, já que perfazem 10 anos de escrutínio activo e incisivo à acção política, nos domínios ambiental e patrimonial, na região de Sicó. Apesar de o meu activismo ter iniciado uns anos antes, foi em 2007 que, de facto, ocorreu o ponto de viragem. Poucos meses depois, já em 2008, consolidou-se o ponto de viragem, com o surgimento do blogue Azinheiragate (faz 9 anos nos próximos dias...). Isto representou algo de diferente para a região de Sicó, já que até então alguns autarcas não estavam muito habituados ao facto de terem de responder perante os cidadãos eleitores e logo de uma forma incisiva, frontal e mediática. O paradigma mudou, pois passou-se de uma época onde quem criticava era muitas vezes o "zé da esquina", que polia o passeio em frente ao café e bebia uns copos, para o "zé informado e capacitado", por vezes com habilitações académicas muito superiores aos autarcas e em áreas onde estes mesmos autarcas não tinham competência técnica alguma, mesmo que estivessem à frente de um pelouro dessa mesma área.
Isto fez toda a diferença e, diga-se, foi muito positivo, já que as coisas começaram a mudar e as formas de fazer as coisas começaram a mudar para melhor, dado o facto destes mesmos autarcas estarem agora a ser escrutinados por quem tem competências técnicas e científicas para isso. Isto mesmo notou-se em termos de boas práticas, pois a exigência assim o obrigou.
No que concerne à minha acção, cedo comecei a ver que tinha resultados. Ao longo dos últimos anos isso evoluiu e continuou a ter mais e melhores resultados, facto que me foi motivando cada vez mais.
Contudo, e neste caminho, os espinhos começaram a surgir, seja através de ameaças de alguns cidadãos covardes, seja através do desenvolvimento de uma cultura do ódio à minha pessoa por parte de gente da política, dado o impacto mediático e efectivo que as minhas acções conseguem ter nesta região.
É precisamente este último ponto que me faz escrever este comentário. Já vi de todo o tipo de reacções patéticas à minha acção e à minha cidadania activa plena relatando agora mais uma.
Há poucos dias, e decorrente de um diálogo com uma pessoa amiga nas redes sociais, houve uma intromissão na conversa, a qual teve um intuito claramente mal intencionado e mal educado. E isto por parte de um "ex" político que esteve 13 anos à frente do pelouro da educação e que actualmente é director-geral de uma escola tecnológica e profissional da região de Sicó.
Penso que isto terá acontecido por dois motivos. O primeiro terá eventualmente sido pelo facto deste indivíduo não se dar bem com a crítica e estar habituado à política da bajulação. O segundo motivo terá sido eventualmente o colossal impacto mediático de um dos últimos comentários do azinheiragate. Ou então um hipotético terceiro motivo, o poder ter sido mandatado pela malta de cúpula da política para me hostilizar, de forma a resguardarem-se para o que aí vem (autárquicas). Estamos a meses das autárquicas e já estão como medo do que aí virá?!
Para entender melhor esta atitude, importa referir que o cargo actual que o Lic./Prof./Sr./Director-Geral  Fernando Inácio Pires Medeiros ocupa, é, no meu entender, um cargo claramente politizado, facto que eventualmente o confunde, dado o cargo anterior. Há que lembrar que este ano há eleições autárquicas, pormenor que me parece o ter movido a fazer os comentários mal intencionados e mal educados. Contudo, e para que conste, ainda não tive convites por parte de nenhuma força política, daí estranhar a atitude de alguém que se manteve "na toca" até agora e que precisamente nesta altura "sai dela". Para quem nunca me confrontou com facto algum, pessoalmente ou através do mundo virtual, estranho bastante o que se passou. Faltou a coragem da parte dele, facto que não me surpreende de forma alguma.
Mas vamos aos factos. Divulgo os comentários (públicos e devidamente registados para a posterioridade...) que deram início a este episódio, na minha opinião, pouco dignificante para este indivíduo:


João Forte: 
"Ontem partilhei também uma notícia que dava conta de um incidente, onde faleceram quase 30 bombeiros, e nem um "like" ou comentário..."

Fernando Medeiros: 
"Likes!?
Pela morte de 30 Bombeiros?
Isto não é normal!!!"

João Forte: 
"Eu referi - "likes" - e não - likes - , de forma a evitar precisamente esse tipo de comentário. Em linguagem das redes sociais, e neste contexto, "like" significa tristeza. Pensei que todos iriam perceber, mas afinal parece que não. Essa desatenção não é normal!!!"

Depois, uma terceira pessoa, minha conhecida, disse:
"Inácio, Inácio...estás a desvirtuar o sentido do comentário do João Paulo. Sabes bem que um "like" numa publicação significa, para além de gostar, a manifestação de "acordo", " solidariedade", etc..."

Fernando Medeiros: 
"... afinal não sou só eu que não percebo nada de código Facebookiano. Tu também estás com dificuldades. Que tal requerer ao João Forte uma ação de formação! Não vai ser fácil. A agenda dele deve estar a transbordar de afazeres."


Depois, e novamente, a terceira pessoa disse: 
"Engano teu, eu percebi perfeitamente o comentário do João."

João Forte: 
"Caro Fernando Inácio Pires Medeiros, considero esses seus comentários profundamente lamentáveis, mais parecendo um mero esboço de uma patética represália política, por eu ser uma pessoa demasiado incómoda para você e para os seus amigos da política. Não consegue melhor do que isso?! Seja sério nos comentários, em vez de andar a fazer estas tristes figuras nas redes sociais. Mas pensando bem, sinceramente até lhe agradeço ter-se exposto publicamente dessa forma pouco honesta. Fica à vista de todos que você compreendeu bem o que eu disse, não só porque me conhece, bem como por saber que eu sou bombeiro voluntário. Você sabe ao menos o que é ser-se bombeiro voluntário?! Você quis apenas barafustar, pensando que eu sou aquele miúdo que conheceu há uns 20 anos e esquecendo-se que eu evoluí e não me desvirtuei. Essa sua jogada patética teve negativa, mas se quiser aprender umas coisas eu tenho todo o gosto de lhe dar umas aulas de ética, moral e honestidade intelectual. Diga-me da sua agenda sff. Sobre os meus afazeres e a minha agenda, fica-lhe mal tal comentário, mas é perfeitamente compreensível tal a sua frustração, que leva a tal comentário sobre a minha pessoa. E, para terminar, penso que saberá que eu não tenho contemplações com pessoas mal intencionadas e com atitudes desonestas. Se tiver alguma coisa a dizer-me, tenha a coragem de a dizer quando me vir. Os meus cumprimentos"



Fernando Medeiros: 
"Desabafou?
Estará mais aliviado?
Não acredito, pois o que escreve revela efetivamente de qual substância é constituído o seu pensamento resmungão e mal intencionado, muito parecido ao que ontem e hoje utilizei consigo, para lhe mostrar o seu estilo habitual. O que ousei fazer-lhe, foi uma provocação muito parecida àquelas que habitualmente nos presenteia. Vi que não gostou, eu particularmente também não aprecio o seu estilo, mas acredite que até tenho admiração por si, porque pelo pouco que lhe conheço, sei-o com enormes qualidades profissionais, porque as humanas são por demais conhecidas. Pena que adopte essa postura de profeta da desgraça, criticando, ridicularizando, hostilizando, principalmente aqueles que têm como missão trabalhar pelo bem comum, preocupando-se com instituições, trabalhando arduamente por elas, tendo por vezes que tomar decisões difíceis, mas tomam-nas! Não se deixam ficar no sofá, a reagir nas redes sociais, ao trabalho que os outros vão fazendo. Isso é que é "desonesto". Se não concorda com esta ou com aquela decisão, bata à porta, use o telefone, "tenha coragem de falar diretamente" com os alvos da sua ira, ao invés de se pôr a "barafustar" como um "miúdo" mimado no Facebook que tanto gosta. Qualquer dia está a concordar e a admirar qualquer feito de terceiros e ninguém acredita.
Gostava que pudesse aproveitar as suas qualidades de outra forma mais construtiva, menos sindicalista e mais colaborativa. Olhe e esqueça a ação de formação de FB, esperando que estes conselhos que lhe dei, o possam fazer evoluir ainda mais."


Depois disto, e após a terceira pessoa ter manifestado o seu desagrado por estes comentários no âmbito do seu comentário (que não tinha a ver com isto), decidi não dar seguimento aos comentários ali e enviar uma mensagem a este indivíduo, na qual consta:

"Boa noite. Essa do pensamento resmungão e mal educado, confesso que tem algum sentido de humor, contudo tem de se esforçar mais. O ego está ferido? Provocação não é sinónimo de falta de respeito, portanto sugiro-lhe que reveja o significado de ambos. O que você fez revela falta de respeito e não uma provocação, não seja ingénuo por favor. Quanto às decisões, folgo em ver que desconhece a realidade, pois se fizesse o TPC saberia que eu falo directamente com os visados, vou directamente às entidades, faço questão de colaborar e disponibilizo-me para trabalhar com todos os que me respeitam, uso o telefone/telemóvel, mail e afins, participando activamente nos processos de discussão pública e dando sugestões e conselhos. É por isso que sou respeitado e reconhecido, bem como pela minha frontalidade, temida por pessoas como você, é um facto. Portanto hipocrisia, falsos paternalismos e populismo não obrigado! Saia dos gabinetes, informe-se nos canais próprios e deixe de ligar tanto ao pessoal da política de esgoto que cultiva o ódio pela minha pessoa. O seu problema é não gostar de críticas, pensando, quiçá, que na vida são apenas aplausos. Eu convivo bem com ambos e aprendo com ambos. Deixar no sofá? Boa piada. Nem sofá nem tascas. Sou um homem de campo que e não um mero colarinho branco. E já agora, nunca utilizei prefixos quando escrevo o meu nome. Redes sociais? Não gosta do impacto delas, quando não lhe convém? Se quiser dou-lhe umas dicas. Já sei, ficou chateado com uma opinião minha, sobre a sua pessoa, no mundo virtual, no que concerne à política. Sim, as redes sociais têm grande impacto. Causam também comichão nos políticos e lóbis que pensam que podem fazer o que querem sem ser escrutinados por cidadãos informados. Essa do "miúdo" mimado mostra bem essa sua falta de seriedade intelectual e o desespero na falta de argumentos sérios e honestos. As minhas qualidades utilizo-as como eu bem entendo a várias frentes, das mais variadas formas, muitas criativas. Se não gosta delas está no seu direito, mas, caso não saiba existe uma "coisa" que dá pelo nome de liberdade de expressão, outra de democracia e outra de cidadania activa. Eu irei continuar a trabalhar pelo bem comum, tal como faço há muitos anos e, por vezes, sob risco de vida e sem ordenado, portanto habitue-se à minha presença e à minha cidadania activa e incisiva, alicerçada na seriedade e honestidade. Conhece o termo "ressabiado"? O seu problema é lidar mal com o escrutínio popular.  Gostei de o ver a ter essa reacção, a qual revela alguma falta de maturidade e seriedade. Enquanto trabalhou na sua área, o desporto, era uma pessoa muito competente, que eu elogiava, contudo a politica desvirtuou as suas qualidades e discernimento. Pena é... Lembre-se que eu cheguei a onde cheguei sem cunhas, favores, politiquices e afins, nos quais este belo país é tão pródigo. Gostei bastante deste bocado, o qual serviu para eu conhecer o seu verdadeiro eu, facto até. agora desconhecido, confesso. Para me fazer uma provocação tem de "correr" muito mais, portanto boa tentativa  Os meus cumprimentos"


Continuando, após me ter deparado com esta autêntica birra, constato que o Lic./Prof./Sr. Inácio Medeiros é uma pessoa visivelmente rancorosa e que se dá muito mal com a liberdade de expressão e com a cidadania activa, mas apenas aquela que não lhe convém ou aos seus amigos da política. Quem não se pautar segundo os gostos de sua excelência é ostracizado, tal como o indiciou. Foi uma atitude um bocadinho snob demais, não? Espero que estes seus desabafos o tenham aliviado, pois parece que tinha qualquer coisa atravessada há demasiado tempo. Tem aqui um ombro amigo, caso queira desabafar mais alguma coisa. Espero que este comentário, o qual irá de certeza incomodar o seu ego, contribua para uma maior maturidade da sua parte, bem como possa inclusivamente aumentar a sua tolerância perante aqueles que pensam e agem de forma diferente de si, já que deixou bem claro que a sua tolerância está, no meu entender, muito aquém dos princípios basilares de um estado democrático e dos próprios princípios que, teoricamente, balizam o seu partido político. Quanto aos conselhos que diz ter para me dar, lamento informá-lo, mas você não está habilitado para isso, pois os conselhos são para quem pode e não para quem quer. Parou no tempo e pensa que eu sou o "Joãozinho" de há 20 anos, o que é um erro básico. Falta seriedade, honestidade intelectual e alguma escola de vida, tal como os seus comentários o confirmam de forma explícita. E já agora, sabe a diferença entre confrontar e afrontar?
Espero igualmente que se dê ao trabalho de fazer o TPC, ou pelo menos mandá-lo fazer, de forma a que, de facto, saiba o que já fiz e o que faço em prol do bem comum. Aí saberá que faço coisas que não sabe (?), embora me critique por, supostamente, não fazer precisamente essas mesmas coisas. Já agora, porque omitiu as partes que não lhe convêm, sobre o que eu faço em prol do bem comum, não encaixava na novela que quis construir à pressa? É aquilo que eu chamo de hipocrisia, a qual baliza o seu discurso de ocasião, de base tecnocrática.
Enquanto trabalhou em prol do desporto, em Ansião, fez um trabalho excepcional, contudo, e após se meter na política, aconteceu o que acontece a muito boa gente, eclipsou-se e perdeu qualidades, tal como o seu percurso político o demonstra. No domínio político não lhe são reconhecidas grandes qualidades, tendo sido considerado pela generalidade das pessoas como um político mediano.
A melhor resposta que podemos dar a pessoas com esta postura ressabiada e mal intencionada é só uma, sermos incisivos na crítica e denunciar publicamente as mesmas sempre que se justifique, pois é assim que dá lições a quem precisa delas e se pugna activamente por uma cultura de exigência e meritocracia, em falta também pelos lados de Sicó. E não precisamos de descer ao nível do Lic./Prof./Sr. Fernando Medeiros, que mostrou apenas ser uma pessoa vulgar por detrás de um fato e uma gravata. Ao contrário dele eu não preciso de colocar prefixos antes do meu nome, pois, e independentemente das qualificações académicas, sempre fiz questão de ser tratado apenas e só como João Forte. Não vivo das aparências, não tenho duas faces e não sigo a linha do politicamente correcto só para não incomodar suas excelências. E já agora, convivo muito bem com a crítica honesta, mesmo que incisiva.
Relativamente à minha pessoa, e já que se tentou imiscuir na minha vida privada, lembro o Lic./Prof./Sr. Inácio Medeiros de duas coisas. Primeiro, estar desempregado não é vergonha alguma para mim, aliás é algo que afecta, de forma recorrente, os investigadores doutorados em Portugal. Fazer um trocadilho para gozar com o desemprego de outra pessoa é o cúmulo... Segundo, o que consegui até hoje, bem como o reconhecimento que tenho, foi resultado de muito trabalho e do meu mérito. O que sou e o que tenho não decorre de cunhas, tachos, fretes, favores a amigos, politiquices e afins. E lembre-se que parte do que faço, no que concerne à crítica e denúncia de factos vários, se deve à incompetência de políticos como você. Se houvesse mais competência da vossa parte eu não teria de denunciar tanta coisa. E, ao mesmo tempo, consigo ser um embaixador da região de Sicó, sem receber ordenado por isso. Faço-o por gosto e pela paixão pela nossa região.
E, finalizando, vejam como eu nem sequer precisei de me esforçar minimamente para responder a este senhor, já que foi ele próprio que arranjou "lenha para se queimar". E ao contrário do "zé da esquina" eu não pauto a minha acção pela má educação ou discurso mal intencionado, cingindo-me aos factos e balizando tudo o que digo ao abrigo do que é legalmente possível no domínio da liberdade de expressão e da ética, ou seja dentro dos limites. Esse é o problema do Sr. Inácio. Mas, e repetindo, até agradeço a este senhor se ter exposto desta forma, pois é a melhor homenagem e reconhecimento que me fez até hoje. As redes sociais, que tanto o incomodam quando surge algo que não gosta, estão cá para ficar, portanto adapte-se. Já agora, essa alusão às redes sociais é muito parecida aquela que um outro autarca, nosso conhecido, fez há poucas semanas numa assembleia municipal. Curiosamente o alvo era o mesmo....
Quanto ao bem comum, julgo que terá de fazer uma acção de formação neste domínio, já que trabalhar pelo bem comum é o que os bombeiros voluntários fazem, muitas vezes arriscando a vida e sem ordenado algum. Por essas e por outras é que somos tão reconhecidos, ao contrário dos políticos. Ser pago para trabalhar para o bem comum é diferente de trabalhar pelo bem comum, sabia? E não, a minha acção pelo bem comum está presente noutras frentes, igualmente de forma não remunerada, portanto siga o meu conselho, faça o TPC, de forma a evitar a triste figura que fez. Termino assim a lição número 1. Quando tiver agenda para isso, irei preparar a lição nº 2, já que agora estou a preparar uns projectos...

Nota: essa sua tentativa, mal dissimulada, de se imiscuir na minha vida pessoal e de beliscar as minhas qualidades humanas, sem dúvida por demais conhecidas e, acrescento, reconhecidas, foi simplesmente patética e bem ilustrativa de uma falta de honestidade e seriedade assinaláveis. A política tolda o discernimento, é um facto. Imagine se eu não fosse uma pessoa de princípios e se me imiscuísse na sua vida pessoal. Mas não se preocupe, sou uma pessoa de princípios e separo as coisas, tal como sabe, embora omita à conta da sua subserviência ao interesse político. Bom damage control!

22.1.17

Em busca do belo pinhão!


Estamos a poucos dias de um evento muito importante na região de Sicó, ou seja a Feira dos Pinhões. Dias 28 e 29 de Janeiro serão portanto mais uma boa altura para visitar a região de Sicó e a bela Feira dos Pinhões, em Ansião. A vinda de um canal de televisão, no segundo dia do certame, trará consigo milhares de pessoas e um movimento de divisas considerável, muito bem vindo por estas paragens. O espaço do evento é demasiado pequeno para um elevadíssimo número de pessoas, portanto aproveitem e venham também no sábado, fazendo umas compras no dia do mercado de Ansião e conhecendo o que de melhor esta região pode ter em termos de produtos produzidos localmente. E já agora, conheçam o nosso património!
O marketing territorial ainda não é o melhor, na medida em que, por exemplo, se formos ver o site da Câmara Municipal de Ansião, concretamente o link final da notícia respectiva, em vez da foto do belo pinhão, surge a foto do palco onde irão actuar vários artistas e onde o canal de TV irá fazer parte da sua emissão. Inevitavelmente o pessoal que estará a ver a TV será bombardeado com um número de telefone, com o intuito de telefonar e, assim, ganhar um prémio. É a parte chata e que me irrita profundamente... 
Pormenores à parte, esta é uma feira que ganhou protagonismo nos últimos anos, mérito obviamente da Câmara Municipal de Ansião e, diga-se, dos empresários locais, que nos últimos anos evoluíram bastante no que concerne às boas práticas, certificação e marketing. Contados os aspectos positivos e os menos bons, dou nota positiva ao que se tem feito nos últimos anos. Contudo pode-se fazer melhor, fica a dica...
Há uns meses ouvi algo que importa aqui abordar, ou seja uma pessoa conhecida falou-me que iria plantar pinheiros mansos, precisamente aqueles dos qual saem as belas pinhas de onde se retiram os belos pinhões. Esta é uma bela notícia, que mostra que as pessoas podem começar a pensar em algo que não envolva plantar eucaliptos. E não foi a única pessoa que sei que plantou pinheiros mansos, facto que me alegra ainda mais. 
Esta é uma notícia importante, na medida que também recentemente comecei a ver no mercado pinhão chinês, mais barato mas de qualidade muito duvidosa... Sim, há que ter em conta este "pormenor", o qual se não for bem enquadrado/encaixado, pode ter consequências nefastas. Mais produtores, maior produção, preços mais apelativos ao consumidor e melhor integração na rede de valor acrescentado (ex. pastel de pinhão). A seu tempo também eu irei dar o meu contributo neste domínio... 
Há que plantar mais pinheiros mansos e cuidar dos que já temos por aqui, já que há casos onde o acto do cuidar do pinhal tem sido claramente menosprezado por parte das entidades públicas.
Resumindo, o pinhão segue um trilho que espero que continue a ser consolidado nos próximos anos. Há que delinear uma estratégia bem sustentada, que, através das suas mais variadas vertentes, consiga o objectivo fundamental que é o desenvolvimento sustentado desta bela região. Todos temos a ganhar com isso!


18.1.17

Empreendorismo na região de Sicó: Sicó está à vossa espera caros empreendedores


Há poucos anos era uma escola, mas daqui a algum tempo este edifício será reconvertido numa incubadora de empresas e espaço de coworking. É, na minha opinião, uma excelente ideia a desenvolver, e logo num local estratégico, facto que favorece ainda mais o projecto.
Se há coisa que aprecio é um espaço deste género situado no centro de uma vila, ou muito próximo do mesmo, tal como é o caso. Localizações como esta têm potencial para imprimir uma dinâmica própria aos aglomerados urbanos respectivos. Espero também que se lembrem de colocar um espaço para estacionamento de bicicletas, pois será a cereja no topo do bolo.
Onde é? Alvaiázere. Se há por aí empreendedores a pensar em criar uma empresa, eis um bom espaço, numa região com imenso potencial por explorar nos mais variados domínios. 


As incubadoras de empresas são um tema que apenas por duas vezes falei (Ansião e Penela), já que são algo de relativamente recente na região de Sicó. No caso que melhor conheço, Ansião, e em 2009, ainda ponderei ligar-me aquela incubadora de empresas, contudo, e após dificuldades causadas pelo fundamentalismo político local, que fecha as portas a quem não é alinhado com a malta, desisti da ideia. Ando novamente a pensar no assunto, mas Ansião está fora de questão em termos de incubadora de empresas. Sinceramente não estou para me chatear e, confesso, não aprecio nada a postura do tipo "tens ali um espaço", preferindo a postura de "desafio-te para pensares nesta incubadora de empresas", tal como aconteceu há uns anos e há poucos meses, respectivamente. A incubadora de empresas de Ansião é vocacionada apenas para quem está ligado às empresas situadas na zona industrial do Camporês e não tem sequer um estacionamento para bicicletas. Falta um outro espaço, complementar, situado em plena vila de Ansião (sugiro o edifício da antiga pré-primária).
Aquele que será o edifício base da incubadora de empresas de Alvaiázere, e espaço de coworking, é, na minha opinião, um espaço com muito potencial. Por esse motivo é que é algo que pode ser equacionado na hora de tomar decisões sobre futuros negócios na região de Sicó.
Para o pessoal que anda a pensar mudar de ares, a região de Sicó está à vossa espera. Especialmente para projectos ligados à criatividade, mas não só, Alvaiázere é uma boa opção, portanto qualquer dúvida é facilmente esclarecida por quem de direito, caso da já existente incubadora de empresas, situada num edifício de forma provisória, ou da Câmara Municipal de Alvaiázere. 
E se houver por aí um ou dois investidores sérios, informo que sou todo ouvidos, pois nunca se sabe se pode surgir algo de uma sinergia...


13.1.17

"Chão de Couce está de luto": crónica de um atentado à identidade local


Fonte: António Simões

Já sabia há uns meses que iriam começar as obras de requalificação daquele largo, já que há que mostrar obra feita para as eleições, contudo, e para não variar, o escrutínio público ficou por fazer. É essa a (i)lógica da política da treta em Ansião e não só, faz-se para "ingês ver" e deixa-se o mais importante, e que não se vê, para segundo plano. O que não esperava é que fizessem o que todos podem ver na fotografia acima e no vídeo. Talvez por isso este projecto tenha estado longe dos holofotes da opinião e debate público, tal como Ansião nos tem habituado ao longo dos mandatos de Fernando Marques e Rui Rocha.
Uma enorme árvore centenária (freixo) e elemento identitário de Chão de Couce, Ansião, foi destruída e, como um local disse, "Chão de Couce está de luto". A desculpa foi a do costume, está em risco, temos de pensar nas pessoas e o blá blá blá do costume. O curioso é o suposto perigo só começou a existir quando se começou a obra... Querem mesmo que eu acredite que havia perigo?! Acredito nisso  e já agora também no pai natal..
Esta árvore não estava doente, é um facto. Se não tinha problemas? Sim, tinha alguns, mas nada que obrigasse ao seu abate. Quando se trata mal uma árvore, ela fica com mazelas. Nunca houve uma cultura de espaços verdes em Ansião (excluo daqui relvados...), daí esta falta de atenção para com o arvoredo. Falei com um amigo botânico e a resposta foi a mesma, a árvore não tinha problemas de monta, portanto não se justificava tal abate.
O fundamentalismo político, que vê estas árvores como um estorvo não é novo, pois infelizmente é o pão nosso de cada dia. Ansião não é mais evoluído do que outros, é igual ou pior, tal como fica à vista. Trata-se de um monumental atestado de incompetência de várias entidades públicas.
Enquanto cidadão e ansianense fico repugnado com mais esta acção fundamentalista, que atenta contra o património e contra a identidade local, tal como os emotivos relatos feitos nas redes sociais têm demonstrado.

Já agora, especialmente para aquelas pessoas que diziam que o freixo estava seco e doente:



Mas vamos agora às justificações da Câmara Municipal de Ansião, referidas num comunicado:

"ESCLARECIMENTO
Tendo em consideração a sensibilidade suscitada pela intervenção no adro da igreja de Chão de Couce, prevista para o presente mandato autárquico, prestamos os seguintes esclarecimentos:

• A árvore (freixo) em causa, que não possuía qualquer classificação patrimonial ou protecção particular, constituía já perigo para a circulação naquela zona e, sobretudo, as suas raízes estavam a interferir com a rede de saneamento naquela área, o que levaria a curto prazo ao mesmo desfecho;

• Do projecto de requalificação do adro da igreja de Chão de Couce foi, em devido tempo, dado conhecimento à Junta de Freguesia de Chão de Couce, tendo merecido a sua aprovação;

• Para a intervenção neste espaço, que embora seja de uso público é propriedade da Diocese de Coimbra, foi obtida autorização e aprovação, através da sua Comissão Diocesana de Arte Sacra, constituída por técnicos credenciados;

• Está prevista a replantação, nos casos em que tal seja possível, das árvores existentes no adro da igreja de Chão de Couce, bem como a plantação de novas árvores de porte considerável, minorando o impacto visual da intervenção;

• Esta intervenção pretende devolver espaço às pessoas e à sua mobilidade, limitando o acesso a automóveis ao interior do adro e reforçando a centralidade da Sede de Freguesia, acrescentando-lhe modernidade e urbanidade, salvaguardando todas as vertentes da riqueza patrimonial e paisagística do espaço em causa.

Tendo plena consciência da referência que o actual figurino do adro representa, acreditamos que a intervenção agora iniciada marcará o futuro do centro de Chão de Couce."

Começando pelo primeiro ponto:

- Desde quando é que o facto de não ter classificação patrimonial ou protecção particular é desculpa para justificar o abate de uma árvore? Gostaria de saber quantas foram as árvores centenárias que a Câmara Municipal de Ansião classificou ou protegeu nas últimas duas décadas, nos mandatos de Fernando Marques e de Rui Rocha. Já agora, porque não é referido neste comunicado que a árvore em causa (freixo) era um marco identitário de Chão de Couce? Não convém ou é incómodo?
- Perigo para a circulação? Porquê? É falso que fosse um perigo para a circulação, trata-se apenas de uma desculpa fácil e esfarrapada, a qual se espera que o pessoal pouco esclarecido acredite cegamente.
- Expliquem-me lá como é que uma árvore centenária pode ter uma taxa de crescimento que dite que "a curto prazo" leve a que seja o que for? Será que, mesmo que fosse essa a situação, uma árvore que era um marco identitário não justificaria uma acção que prevenisse isto mesmo? Mais parece uma desculpa tipo do zé da esquina.
- Se o projecto foi do conhecimento da Junta de Freguesia, porque não foi do pleno conhecimento público, dado o interesse público do projecto? A opinião dos locais não interessa? Democracia participativa, já alguém ouviu falar? Ou será que o povo não é competente para participar na elaboração destes projectos?
- Então se o espaço é de uso público, mas propriedade da Diocese de Coimbra, porque é que a obra é feita com fundos públicos? Importa colocar dinheiro público, mas não interessa o interesse público e a opinião das pessoas? A igreja fica igualmente mal na fotografia.
- Técnicos credenciados da igreja? E os técnicos credenciados fora da esfera da igreja e da política? Já agora, técnicos com credenciação em quê? Assassinar uma árvore destas é pecado caros religiosos!
- Replantação? E a identidade local, que foi posta em causa com o abate injustificado da árvore? Quando se abate uma árvore centenária, é um bocado absurdo e populista falar em replantar, já que nenhum de nós cá estará para ver essas próximas árvores centenárias. Desculpas esfarrapadas...
- Plantação de árvores de porte considerável? O que é "porte considerável"?
- Devolver espaço às pessoas através do abate de uma árvore centenária e objecto identitário? E é necessário sequer fazer obras para limitar o acesso dos carros? Cancelas, conhecem?! Muita demagogia e populismo à mistura. Essa "necessidade" de fazer obras para justificar votos é patética e bem ilustrativa da (i)lógica que move esta classe política sem classe alguma. 
- Modernidade e urbanidade? Modernidade não implica romper com o passado e destruir objectos que fazem parte da identidade local! Urbanidade? Já existia, com identidade, pois não era uma "identidade" fabricada à vontade de duas ou três pessoas! Já agora, sabem realmente o que representa a urbanidade?
Salvaguardando todas as vertentes da riqueza patrimonial e paisagística? Bom sentido de humor, mas infelizmente estamos a falar de coisas sérias e não em discursos de conveniência. É ridículo e absurdo surgir neste contexto, e como argumento, a salvaguarda de todas as vertentes da riqueza patrimonial.
- Modernidade e urbanidade ou estorvo ao arquitecto que elaborou o projecto? Modernidade e urbanidade não é um projecto tipo chapa 5, tal como aconteceu na Vila de Ansião, semelhante a um qualquer por esse país fora.
A plena consciência só existe quando se avalia todas as variáveis em jogo. Claramente aqui não há consciência do que está em jogo, algo que lamento profundamente. 

Tenho lido bastantes comentários de profundo desagrado sobre este estúpido abate de uma árvore de enorme importância e valor patrimonial, material e imaterial, que atravessou várias gerações durante dois ou três séculos, e confesso que há alguns que me impressionam, dada a sua evidente comoção pela perda de identidade e de memórias insubstituíveis.
O que vale é que este ano é ano de eleições autárquicas, portanto lembremo-nos deste atentado à identidade local na hora de votar... E já agora, lembrem-se também que a igreja deu o seu aval a este atentado à identidade local, portanto, e a na hora da esmola, lembrem-se disto mesmo!

9.1.17

As belas e seculares capelas da região de Sicó


É o antes (2011) e o depois (2012) das obras da Capela de Senhora do Pranto, situada na freguesia de Pousaflores, no lugar da Venda do Negro, na base da Serra da Portela. Já por algumas vezes esta capela do século XVII foi sendo reconstruída ou reparada e felizmente que se tem mantido ao longo de séculos.
É uma das várias belas capelas datadas dos séculos XVII ou XVIII da região de Sicó, todas elas representando uma fatia representativa do belo do património religioso desta bela região. Só quem conhece bem a região de Sicó e o seu património consegue dar conta delas todas e, mesmo assim, nem todos, pois há sempre mais um tesouro que não se conhece, tal como me foi acontecendo ao longo de muitos anos. Esta é já uma velha conhecida, contudo houve outras que apenas descobri na última década, fruto do convívio com pessoal ligado ao património, que sabe e partilha q.b., tal como eu o faço, já que assim todos ficamos a ganhar e Sicó agradece.
Fica o convite à descoberta desta e de outras belas capelas da região de Sicó. Contudo, e se vierem com más intenções, lembrem-se que o pessoal tem a espingarda atrás da porta...


5.1.17

Começar o ano às claras e com bons actores...


Educação ambiental. Este é aquele que actualmente considero o maior desafio civilizacional, já que só educando se conseguem resultados, também ao nível da temática ambiental e da cidadania. Só poderemos ajudar a proteger aquilo que conhecemos e só poderemos gostar daquilo que conhecemos, é mais ou menos assim que diz um dos dizeres que frequentemente vemos nas redes sociais, aplicado à temática ambiental. É esta linha que tenho seguido activamente nas últimas duas décadas, em crescendo, também com reflexos neste blogue.
Educação ambiental na região de Sicó é uma área onde muito há por fazer. A Escola da Água, situada na Arrifana (Condeixa) é um pólo de educação ambiental que, desde o seu recente início, tem vindo a trilhar um caminho fundamental, o de bem educar miúdos e graúdos. Eis então mais uma actividade promovida neste importante pólo de conhecimento, a qual importa divulgar, dado o seu mérito.
E não, os morcegos não são bichos feios, isso é um mero estereótipo cultivado precocemente nas nossas mentalidades. Quem conhece bem os morcegos sabe não só que são belos, como são muito importantes para os ecossistemas. E quem não conhece? Simples, comecem por visitar esta exposição. Fica a sugestão...

Mas não é tudo!
Destaco também a celebração dos 20 anos do Teatro Olimpo, na qual cada um de vocês poderá participar sem gastar um tostão. Portanto não há a desculpa do "não tenho dinheiro". E caso não possam num dos dias, têm outros 3 à escolha. A cultura é para celebrar e ir ao teatro é uma das muitas formas de a celebrar. O Teatro Olimpo tem enriquecido a agenda cultural de Ansião e da própria região de Sicó nos últimos 20 anos, portanto há que apoiar quem dignifica a região e a arte que é o teatro e os artistas que são os seus actores.