25.3.11

Boas leituras em prol do património





Mais uma vez volto às sugestões literárias, já que nunca é demais sublinhar a importância da leitura. Para conhecer e aprender, há que ler e quando os livros são bons há que fazer a merecida referência, por isso fica a nota de duas obras a ter em conta.
O livro que agora destaco, esse adquiri no início do mês. Ainda não li, mas fiz uma leitura transversal, de forma a ver a pertinência do tema. Confirmando que os conteúdos são, além de relevantes, algo inovadores, não tive a mínima dúvida em comprar. Existe um segundo volume, que segue na mesma linha, embora algo diferenciado, o qual também adquiri, portanto ficam as notas sobre estas novidades.

21.3.11

Sicó Denuncia no Facebook: ao serviço da região de Sicó


Endereço no facebook: sicodenuncia@gmail.com

Ao serviço de Sicó e da imprensa local, regional e nacional, são as duas ideias base do movimento Sicó Denuncia, presente no Facebook desde há poucas horas.
Decidi criar este movimento cívico virtual para colmatar um espaço inexistente na região de Sicó. A ideia surgiu-me depois de uma pessoa amiga me ter alertado, via correio electrónico, para (mais) um eminente atentado patrimonial na região de Sicó. Este facto infelizmente acontece-me frequentemente, seja por correio electrónico, telemóvel ou mesmo pessoalmente, mas nunca tinha acontecido estando eu a milhares de km de casa, pormenor fez a diferença naquele click que deu origem ao Sicodenuncia.
E não, não é apenas para questões ambientais, o movimento é sim centrado na defesa de todo o património da região de Sicó, seja ele património natural, construído, etc, etc. Digo isto porque quando alguns interesses predatórios instalados na região de Sicó souberem deste movimento irão fazer tudo para o minimizar. Isto por um motivo muito simples, o Facebook é uma ferramenta muito poderosa, e quando utilizado em prol do bem pode ter um efeito arrebatador. 
O movimento não é meu, é de todos aqueles que se juntarem a ele, lhe derem força e o utilizarem sabiamente, é um movimento virtual apartidário que nunca aceitará manipulações ou quaisquer tipo de ingerências. Eu sou apenas alguém que se lembrou de algo que pode ter enorme potencial em prol de uma das regiões mais bonitas de Portugal, Sicó.
Imaginem que têm um monumento à vossa porta e que alguma pessoa ou entidade o estraga, ou mesmo que está ao abandono. Imaginem que alguém despeja resíduos num local vosso conhecido. Imaginem que alguém quer acabar com algum tipo de valor patrimonial na região de Sicó. Imaginem agora que não sabem como denunciar isto, ou tornar público o facto.
Imaginem agora que há um movimento (Sicó Denuncia) que através do qual podem não só denunciar o que está mal, de forma honesta e construtiva, bem como contribuir para a visibilidade da questão, ajudando a resolver ou mitigar o problema. Imaginem agora que através de um espaço centralizado, os jornais locais, regionais ou mesmo nacionais podem ter acesso a esta informação, na hora. Também a televisão, que pode ajudar em questões mais graves, já que há casos e casos...
Bastará uma foto e algumas linhas para poder fazer a diferença, todos o poderão fazer livremente. Imaginem que desta forma podem ajudar a acabar com muito do mal que acontece na região de Sicó, que podem ajudar a que a região de Sicó fique mais bonita, com o seu território e monumentos mais visíveis.
Pessoalmente considero que apesar de ser uma ideia simples, pode ter um sucesso notável, quem ganha somos todos nós, a região e, por conseguinte o nosso futuro.
Em poucas horas o movimento Sicó Denunciam já começou a crescer a uma velocidade interessante, resta-me esperar que as próximas semanas surpreendam todos e que o movimento comece a dar frutos concretos, nomeadamente denúncias que visem a resolução de problemas associados única e exclusivamente ao património da região de Sicó.
A única exigência do Sicó Denuncia é que todos se pautem por um comportamento aceitável do ponto de vista ético e moral, quem não respeitar será excluído do grupo. É sempre complicado conseguir gerir estas questões, mas fica a esperança que todos respeitem, de forma a serem respeitados. O sucesso deste movimento depende do bom comportamento de todos aqueles que quiserem pertencer ao movimento virtual, a ver vamos o que nos reserva o futuro.
Todos podem denunciar e criticar, desde que de forma correcta e construtiva, fica o apelo à vossa cidadania!

17.3.11

A questionável moda dos granitos na região de Sicó



O último episódio dos Gralhos não foi por acaso, tratou-se de uma crítica acérrima à moda que é hoje em dia, na região de Sicó, colocar granito numa área onde quem manda são os calcários. Colocar materiais "estranhos" a esta região pode, por vezes, ser algo a lamentar, como é o caso da Ponte D. Maria em Pombal (nem sei como o IGESPAR permite tal coisa...). Em casos como este é algo que eu considero como que uma "traição" à região, pois se temos aqui muita matéria prima, porquê fazer misturas pouco felizes? Há alguns arquitectos e engenheiros que andam com a cabeça bem longe da realidade, ignorando as particularidades regionais e cedendo às empresas que não querem saber se vendem calcários ou granitos, o que lhes interessa é vender.
Se a região pretende ser uma região de excelência, como tantas vezes, e de forma pomposa, os nossos autarcas fazem questão de sublinhar, porque permitem eles certos abortos urbanísticos por toda esta região?
O caso que agora quero destacar, prende-se precisamente com esta questão, das regras urbanísticas duvidosas e desconexas. A casa que vêm na foto não é no Norte de Portugal, é sim em pleno domínio da Serra de Sicó, sendo uma casa integralmente em granito. Será isto lógico?
Apesar de infelizmente ser legal fazer isto, a bem da região, e quanto a mim, não deveria ser permitido construir casas nem com arquitecturas demasiado alternativas (há casos e casos), nem com materiais como é o caso do Granito (genericamente falando...). Porque não damos valor à nossa matéria prima, o calcário?
Sou muito crítico de situações como esta, obviamente respeito quem o faz, mas discordo totalmente enquanto cidadão. Isto faz-me lembrar aquelas casas pintadas de verde alface, lilás ou outras cores berrantes. Será que não seria interessante um código que criasse regras específicas para a região de Sicó, de forma a que não só se facilitasse a construção/reconstrução de casas num estilo mais tradicional, à base de calcário? Sei que é uma questão muito complexa e polémica, pois abarca questões de liberdade de escolha, mas mesmo assim penso sem a mínima dúvida que com a participação das populações se poderia chegar a um entendimento, de forma a tornar esta região mais genuína. Um processo deste género deveria passar em primeiro lugar pelas populações e apenas depois por técnicos de gabinete que muitas vezes hibernam todo o ano...
Isto já me faz lembrar aquelas casas de emigrantes, que constroem casas nada enquadradas com a realidade local, a começar por aqueles telhados que são indicados para áreas com neve e não áreas com um clima como o nosso...
Seja num estilo mais moderno ou mais antigo, é possível termos casas bem bonitas e integradas na realidade de Sicó. Já vi bonitas casas recuperadas  integralmente à moda antiga e já vi outras com alguns toques de modernidade, mas que se integram perfeitamente no "ecossistema" Sicó. O intuito destas linhas é fazer-vos pensar um bocado nesta questão tão cara à região de Sicó.
Só para terminar, e caso algum arquitecto aqui da região veja este comentário, convido-o a escrever umas  linhas sobre esta questão, já que como em todas as profissões também há excelentes profissionais a operar na região de Sicó.

8.3.11

CAVICAN: algo que era fundamental mas que...


A CAVICAN, Cooperativa Avícola do Concelho de Ansião, foi algo que teve um impacto muito positivo, não só no concelho de Ansião, mas também na própria região de Sicó. Tratava os dejectos decorrentes da actividade da indústria avícola local, mitigando um problema muito grave, comparável ao problema das suiniculturas da região de Leiria, nomeadamente na Ribeira dos Milagres.
Durante vários anos estes dejectos eram, por vezes, abandonados em grandes quantidades em locais pouco próprios, causando poluição grave dos aquíferos do Maciço de Sicó. Isto em vez de serem utilizados na agricultura ou aproveitados para fertilizantes. Entretanto surgiu a CAVICAN para resolver o problema.
Mas foi sol de pouca dura, devido a problemas que não pretendo aqui abordar de forma aprofundada, as instalações que vêm nas fotos foram encerradas, dando muita polémica, problemas nos tribunais e assunto para alguns jornais locais.
São poucos os que conhecem a localização deste edifício, mas quando passarem na recta da Lapa, já depois de entrar no concelho de Ansião, vindos de Pombal pelo IC8, olhem para a vossa esquerda e verão um edifício meio "escondido" no meio de eucaliptos.
Tenho pena que tenha acabado como acabou, pois era algo de importantíssimo para a região de Sicó. Foi mal gerido, foi mal apoiado pelas autarquias (é um problema para todas elas...) e teve um desfecho comum a muitos projectos com dinheiros comunitários. Podia ter-se aproveitado a sério o biogás, podia ter-se aproveitado a sério o segmento de mercado que é o dos fertilizantes e podia ter-se aproveitado para matar de vez um problema gravíssimo que é a deposição criminosa de toneladas e toneladas de resíduos que quando mal enquadrados poluem de forma bastante gravosa, como é o caso muito especial desta região cársica.
Fico bastante irritado quando vejo as autarquias queixarem-se desta situação, quando afinal podiam ter tido um papel fundamental na questão da CAVICAN, assegurando não só a sua continuidade, mas também a sua expansão, já que era uma infraestrutura manifestamente diminuta tendo em conta a quantidade de empresas avícolas que operam na região. Sei bem o que digo pois trabalhei vários anos em duas destas empresas, as quais infelizmente também preferem alhear-se desta questão, sendo poucas as que efectivamente se interessam pela resolução deste problema. Infelizmente é bem mais fácil pegar num tractor e ir despejar num qualquer terreno esquecido...
Gostava, sinceramente, que alguém pegasse nesta questão e a resolvesse, mas temo que isso não aconteça. O costume nestas coisas é que só se resolve se a poluição começar a afectar as redondezas da casa de alguém influente.
Entretando quem paga são os aquíferos e consequentemente quem no futuro necessitar deles para se abastecer, ou seja nós!


3.3.11

O "lampão" dos Bombeiros Voluntários de Ansião


É um acontecimento que, aos olhos menos atentos, pode passar despercebido, no entanto não passa despercebido aos olhos azinheiragate. Desde Fevereiro que os Bombeiros Voluntários de Ansião iniciaram um programa próprio de recolha e encaminhamento de lâmpadas usadas, programa que visa não só a extensa comunidade de bombeiros local, bem como das suas famílias.
Como conheço esta história faço questão de a destacar, já que é uma iniciativa louvável por parte desta corporação que já dá cartas em questões ambientais há vários anos.
Queria fazer também uma referência à empresa amb3e, a qual não se mostrou disponível (após vários contactos - mail e telefónico - durante o primeiro semestre de 2010) para ceder um recipiente próprio (ponto electrão para lâmpadas), isto numa região onde eles não existem, existindo apenas em Leiria ou Coimbra. Por este motivo os Bombeiros Voluntários de Ansião adquiriram um recipiente alternativo, o qual servirá para recolher as lâmpadas usadas, as quais depois serão encaminhadas para um ponto electrão, situado algures neste Portugal fantástico.
Só como curiosidade, os Bombeiros Voluntários de Ansião já separam os seus resíduos, enviando-os para os ecopontos, encaminham pilhas usadas, tinteiros etc. Além disto, e sabendo que o lampão já existe desde 2010, já nesse ano foram enviadas cerca de 50 lâmpadas tubulares para a reciclagem.
Digo isto porque ainda há quem pense que os bombeiros servem "apenas" para apagar fogos e socorrer pessoas, felizmente servem para muito mais e há que salientar este facto.
Fica a nota positiva de algo que a todos interessa e que merece sem dúvida alguma ser divulgado pelo azinheiragate.