27.8.19

A memória preserva-se... preservando!


Apesar de ser uma rua bem conhecida por mim, foi algo que só há poucos dias parei para pensar. Andar a pé e andar a desfrutar da rua permite-nos andar mais devagar e notar pormenores que normalmente nos passam ao lado durante algum tempo. Foi o que ali aconteceu, pois apesar desta situação já ocorrer há alguns anos, só quando passei ali por baixo, e num ângulo favorável, é que me apercebi da situação.
Tenho uma opinião muito pessoal sobre esta situação, ou seja, que o nome do notável ansianense, não deveria de nenhuma forma ter sido adulterado. Sim, porque substituir o y pelo i, ou o z pelo s é, na minha opinião, uma adulteração histórica. A memória preserva-se preservando, não adulterando... O senhor em causa terá sido baptizado como Jeronymo Soares Barboza e morreu com o mesmo nome. Considero que este tipo de "actualizações" não é aceitável sob nenhum ponto de vista. Qual a vossa opinião sobre esta situação?

22.8.19

E o geovandalismo continua nas Buracas do Casmilo...


Nos primeiros tempos a situação ocorria apenas numa das cavidades, conhecidas por "buracas", algo que já era grave, contudo a situação continuou a agravar-se e a estender-se a outras cavidades. O geovandalismo está em força no conhecido geossítio "Buracas do Casmilo"...
Há poucas semanas, e mais uma vez, uma pessoa que vive na aldeia mais próxima, contactou-me a dar conta do agravamento da situação, daí eu ter voltado ao local para analisar com os meus olhos e perceber a coisa no seu todo. E lá fui eu...


Fui a fiquei entristecido, pois mesmo apesar da imensa divulgação que este geossítio teve nos últimos tempos, nenhuma medida prática foi tomada para resolver o problema. Ver uma galinha dos ovos de ouro ser degradada a esta velocidade e não ver as entidades locais e regionais a tomar medidas custa-me e não é pouco.
Estão à espera de quê para elaborar um plano de gestão para este geossítio? Não sabem fazer? Simples, falem com quem sabe. Eu sou suspeito, eu sei, mas não podemos ser presos por ter cão e presos por não ter cão. Se quiserem fazer as coisas como deve ser, falem comigo ou com outros que saibam sobre esta questão.
Entre a aldeia do Casmilo e as buracas, vi duas infra-estruturas que indiciam ser para colocar painéis, contudo isso não chega nem de longe.
Vamos resolver este grave problema de uma vez por todas?



18.8.19

A virtude está na Arrifana



É uma das características que mais aprecio na região de Sicó. Qual característica? A diversidade de património que temos nesta bela região, bem como os cantinhos meio escondidos onde encontramos esse mesmo património. 
Há poucos dias passei na Arrifana, a caminho de Coimbra. Ia com tempo e quis parar em alguns locais pré definidos. Parei também na nascente na Arrifana, num belo parque onde podemos picnicar. Infelizmente não vi por ali ninguém, mesmo que o dia estivesse propício para isso mesmo. Ao lado o IC2 e o tráfego que segue sem parar e sem deixar "rasto" na economia local...
Num mês de férias, fica o desafio para pararem em locais catitas como este. No final vão-me agradecer, acreditem! E falem com os locais, que eles têm muito para partilhar...



13.8.19

Quando a fé se mistura com o pimba dá... nisto!


A ideia em si até é boa, a forma de a pôr em prática é que foi de mau gosto. Resumido numa palavra , trata-se de puro "Pimba", ou fazendo um trocadilho, uma ideia peregrina...
Fiquei perplexo neste último fim-de-semana, quando me deparei com aquilo que podem observar nas imagens. Ia a passar no Zambujal, vindo de Condeixa, quando eis que vi algo que numa primeira reacção me fez lembrar o termo "pimba", o mesmo termo que utilizamos quando adjectivamos música como música pimba.
Se bem que até considero que, se bem posta em prática, esta poderia ser uma ideia curiosa e criativa, não tenho dúvidas que se revelou como uma ideia de muito mau gosto e que deve envergonhar quem por ali passa, tal como ocorreu comigo. Fiquei envergonhado de ver isto quando passei por um lugar bem catita.



Não me admira nada que o que se vê nas imagens seja motivo de muito riso por parte dos peregrinos que por ali passam. No meio de tanta coisa boa que se tem feito neste domínio, tinha de surgir uma ideia peregrina. Nunca digam que já viram tudo, já que há sempre algo mais para ver...



5.8.19

O património de Alvaiázere em destaque na mítica National Geographic


Já tinha ido ao quiosque comprar a edição deste mês da National Geographic, revista que comecei a comprar logo na primeira edição portuguesa, já lá vão muitos anos. É das poucas revistas que recomendo vivamente a todos os meus conhecidos, dada a sua importância na temática ambiental, cultural, patrimonial e muitas outras mais temáticas. Adquiram, pois vale mesmo a pena, seja para vocês seja para os filhotes aprenderem algo que lhes vai ser muito útil no futuro. 
Contudo, e voltando ao início, ainda não tinha começado a ler a edição actual, quando uma arqueóloga minha conhecida me avisou que havia ali algo de muito especial, ou seja um artigo sobre a minha/nossa região, Sicó, concretamente sobre as Antas do Rego da Murta, em Alvaiázere. Depois de na edição anterior ter vindo um artigo sobre Conímbriga, eis que mais uma vez Sicó surge numa revista de importância planetária, sinal que esta região tem o que eu sempre afirmei, valor internacional!
Diria que esta reportagem sobre o património de Alvaiázere é mais uma lição de vida para um autarca que há uns anos dizia que só ia a Alvaiázere quem não tem mais para alternativas na hora de decidir por um destino para visitar.
Confesso que é muito curioso estar agora a ler um artigo sobre a temática da arqueologia focada em locais (por mim visitados várias vezes e já aqui destacados) que quando trabalhei em Alvaiázere eram basicamente desprezados pelo poder político. Não fosse a dedicação e interesse dos bons profissionais da arqueologia e de mais algumas pessoas interessadas na temática do património, e o cenário teria sido trágico no que concerne à preservação dos locais em causa. Felicito estas pessoas, que sabem quem são e sabem que eu sei quem são e os meus parabéns à National Geographic Portugal por este destaque às Antas do Rego da Murta. Espero que isto possa contribuir para um maior foco na temática da arqueologia na região de Sicó e em Alvaiázere, como por exemplo no lugar da "Rominha", a necessitar de investimento para fazer reaparecer um povoamento arqueológico com potencial. Um investimento que tem demorado a surgir...
Agora toca a ir à papelaria ou quiosque adquirir a National Geographic, apoiando assim acções de investigação da National Geographic e também o comércio tradicional. E claro, poder ler este (e outros artigos) e aumentar a vossa auto-estima, já que o património da região de Sicó está em alta! 

Fonte: excerto parcial de topo de página do meu exemplar da Revista National Geographic - Portugal, do mês de Agosto de 2019.