26.9.14

Interessados?!



Alguém está interessado em desenvolver alguma acção no âmbito destas acções, na região de Sicó? Fica o desafio para algo que é crucial para o futuro de todos nós!

22.9.14

Quem anda a desviar os peregrinos de Santiago?!



Primeiro fui avisado por alvaiazerenses indignados, depois por pombalenses e desta forma tive mesmo de ir ver com os meus olhos. Não foi nada que me surpreendesse, pois naquele território tudo é possível acontecer e cada coisa consegue ser pior do que a outra.
Mais recentemente falei directamente com alguns peregrinos do Caminho de Santiago, de forma a perceber o que se passava. Descobri que é um problema que já se passa noutros locais, mas agora o problema surgiu também na região de Sicó, logo onde reina a chico-espertice de alguns iluminados, que pensam que de forma impune podem andar a pintar setas amarelas, que nem freak show, onde não existe Caminho de Santiago, enganando assim vários peregrinos de Santiago. Importa salientar que várias setas foram pintadas onde não existe Caminho de Santiago, o que representa uma inaceitável falta de ética.
Tenho a sorte de já ter falado com centenas de peregrinos do Caminho de Santiago, das mais variadas nacionalidades e idades, que passam pela região de Sicó, concretamente por Ansião. Conviver com estas pessoas é de uma riqueza assinalável, isso vos posso garantir.
Nos últimos anos o Caminho de Santiago começou a ser muito falado por muitos de nós. O volume de peregrinos tem sido maior, devido, entre outros, à saturação do caminho espanhol e francês. O problema é que isto tem levado a que alguns oportunistas tenham vindo a imiscuir-se de forma pouco honesta nesta questão, concretamente desvirtuando partes do Caminho de Santiago com vista a que os peregrinos sejam direccionados para lojas, alojamentos e afins. Lamentável!
Voltando atrás no tempo, há poucos meses atrás, vários peregrinos de Santiago, vindos de Caxarias, têm saído do trilho por eles previamente estabelecido, o que tem causado muitas chatices e enganos a quem por aqui passa. Isto começou a acontecer porque alguém andou a pintar setas amarelas num ponto chave (Bofinho), em direcção à Vila de Alvaiázere, desviando assim os peregrinos do seu trajecto. Pintaram setas de forma inaceitável. Há que dizer com frontalidade que os peregrinos estão a ser enganados/desviados com um fim económico, restando agora apurar as responsabilidades.
De forma não oficial já sei quem foi, pois já o disseram a um jornalista, e logo de forma descarada, sem pensar nas consequências e na má fama que isso pode dar ao Caminho de Santiago num dos seus mais belos sectores.
São poucos os peregrinos que fazem o Caminho de Tomar a Alvaiázere (Caminho Português). Ainda há poucas semanas um peregrino português me disse que nunca mais o faz, preferindo sim a vinda por Caixarias, sem passar pela Vila de Alvaiázere. É este sector que está a ser "atacado", é por aqui que passa a maioria dos peregrinos. Muitos preferem não fazer o Caminho Português de Santiago, no troço Tomar-Alvaiázere e, infelizmente, há quem não queira respeitar isso e desrespeite quem prefere fazer um troço desviado da Vila de Alvaiázere.
Irei alertar os fóruns de peregrinos para este engano, de forma a que os peregrinos não fiquem com uma má imagem da região de Sicó, ou pelo menos de alguns sectores da mesma. Há que debater amplamente este problema, a bem do Caminho de Santiago e da nossa região.


18.9.14

A gruta boa e a gruta má


É um tema que eu considero fracturante na região de Sicó, sendo que a problemática tem sido mais acentuada em Penela. Nunca escondi o meu desagrado acerca do que considero uma péssima gestão deste dossier autárquico, não só pelo anterior executivo, mas também, e agora, pelo actual executivo.
Desde já fica a sugestão para que o actual Presidente da Câmara Municipal de Penela visite um país que eu considero a melhor escola para estas questões, a Eslovénia. Aqui este autarca poderá diferenciar o que é uma gruta visitável, do ponto de vista turístico (show cave), e uma gruta não visitável do ponto de vista turístico. As boas práticas servem como lições que devemos aplicar no nosso território e é precisamente isso que falha na abordagem a este espeleo tema. 
Serve este meu comentário para dar início/continuidade ao debate sobre as grutas de Penela, autênticas maravilhas da região. Tenho visto muita coisa acerca da recente campanha da Câmara Municipal de Penela, a qual pretende massificar as visitas a uma gruta extremamente bela, mas não passível de ser transformada em show cave. Tenho lido muita asneira acerca de quem pouco ou nada sabe sobre espeleologia. Tenho lido muita asneira, dita por quem, sabendo, desvirtua princípios éticos basilares a favor dos princípios do chico-espertismo e interesse financeiro. 
Felizmente que, quem sabe, tem mostrado uma postura certa e adequada ao momento. Felizmente que, quem sabe, se tem insurgido sobre factos que importam saber. Felizmente que há quem não esteja refém de interesses que não o interesse do património natural.
Nos próximos meses muita tinta vai correr sobre esta questão, sendo que eu serei um dos que farei questão em mostrar como as coisas não se devem fazer. Não terei problemas em ser muito incisivo nas palavras, ainda mais porque este território não é nenhum feudo de certos actores, mas sim um território de todos nós. Para já dou apenas uma pequena achega.
O que vêm na foto que ilustra este comentário é o que resta de uma gruta, agora destruída no decorrer da extracção de pedra calcária, em Penela, na envolvência de duas grutas que já tive o privilégio de visitar, enquanto espeleólogo. Ninguém quis saber desta gruta, ninguém escreveu uma linha sobre a mesma. Porquê? Será que a acção predatória e especulativa de uma pedreira se sobrepõe a um valor natural? Porque não se fecha esta pedreira, promovendo sim visitas à mesma, tal como se faz em países mais evoluídos nestas questões? Será que temos grutas boas e grutas más?!


14.9.14

A estratégia do bandido...



Muito recentemente soube, numa conversa casual, de algo que me chocou sobre todos os pontos de vista. É conhecido o gravíssimo problema que representa a eucaliptização deste país, onde a região de Sicó não escapa. É conhecida a minha posição contra este assassino da floresta portuguesa e contra o lóbi do eucalipto, monocultura que é como que um cancro, o qual tem consumido o país desde a década de 80 do século passado. Em vez de se curar este cancro, está-se a ajudar a espalhar o mesmo pelo que resta do país. A recente lei, que literalmente liberalizou a plantação de eucaliptos, foi a machadada final.
Desta vez soube algo que até a mim surpreendeu. Aqui, na região de Sicó, a estratégia passa por chegar ao pé das pessoas, e dizer-lhes que alguém pode limpar os seus terrenos, preparar os mesmos e plantar eucaliptos, tudo sem encargos. Mas não é tudo, é que depois a pessoa vende os eucaliptos a quem entender, o que significa que, no final, tudo se resume ao mesmo. Esta é uma abordagem que eu considero imoral sobre todos os pontos de vista. Ainda mais nesta altura de crise, onde muitas pessoas estão desesperadas, surgem os abutres do lóbi do eucalipto para infectar o que falta, para eliminar a floresta portuguesa e plantar de forma extensiva a porcaria da monocultura do eucalipto. Já só falta a introdução de eucaliptos geneticamente modificados, coisa que está por semanas nos EUA e no Brasil.
Como se não bastasse, ouvi da boca de um amigo meu, que trabalha a questão ambiental, que o eucalipto é a última salvação para muita gente, quando afinal é sim a sua perdição e a perdição de um país mergulhado numa crise de valores fundamentais. O eucalipto é parte do problema, não da solução!
As celuloses têm conseguido trabalhar bem a questão do marketing, que nem lavagem cerebral...
Portugal tem tudo a perder com o eucalipto, a começar pelo ordenamento do território. O eucalipto, este assassino de bombeiros, anda a explorar de forma vergonhosa um país vergado e rendido a interesses predatórios.
Uma coisa garanto às celuloses e aos proprietários dos eucaliptais, não irei arriscar minimamente a minha vida, a minha saúde e o meu tempo a proteger esta monocultura do fogo. Se estiver a arder irei apenas controlar. O que importa proteger é a floresta portuguesa, os bens dos portugueses e tudo o que este país tem de melhor, o eucalipto é conversa!

Fonte: http://wrm.org.uy/

10.9.14

Eventos em destaque!



Dois eventos muito diferenciados, mas ambos bastante interessantes. Ambos me dizem muito. A sesta é uma amiga minha de infância, sempre fiz questão em falar dos benefícios da sesta, daí, e com naturalidade, destacar o evento em causa. Não é vergonha nenhuma ser amigo da bela da sesta, é sim um orgulho. A sesta também é património! Relativamente ao segundo evento, quem me conhece e quem conhece o meu currículo profissional, sabe bem do meu interesse sobre a mítica Serra de Alvaiázere. Fica o desafio para a participação num dos dois eventos!



5.9.14

Porque será?!


Faz hoje 3 meses que estes 12 conjuntos de ecopontos foram pomposamente apresentados numa cerimónia alusiva ao Dia Mundial do Ambiente, em Ansião. Por esta altura já os mesmos deveriam ter entrado ao serviço, no entanto parece que estes ecopontos são especiais, pois ganharam raízes no estaleiro municipal.
Fiquei surpreso ao constatar este mesmo facto, pois quando se compram equipamentos como estes, já tem de estar definido o local onde os mesmos irão ser colocados, o que claramente não me parece ser o caso. 
Gostaria de saber qual o motivo que leva a que estes mesmos ecopontos estejam há tanto tempo à espera de ser distribuídos. Episódios como este mostram que a política ambiental praticada em Ansião, bem como noutros municípios da região de Sicó, é tudo menos correcta. Diria eu que é política supérflua, onde pouco se fala de ambiente e menos se faz pelo mesmo. A sensibilização deixa muito a desejar e, a montante o mesmo se passa.
O ambiente sempre foi o parente pobre da política, olhado como o bicho papão e muitas vezes tema tabú, prevalecendo os estereótipos. A competência dos municípios deixa muito a desejar neste domínio, facto que na minha opinião, está bem à vista. O ambiente é visto de uma forma redutora, quando afinal este é a base de tudo o resto, cultura e economia são apenas exemplos.
Palavras de ocasião e/ou de conveniência abundam quando se pretende abordar a temática ambiental. Falo do que sei e sei do que falo. Curiosamente foi há coisa de 14 anos que fiz, em Ansião, um pequeno trabalho de investigação sobre ecopontos e reciclagem, onde muito comecei a aprender com miúdos e graúdos. Há alguns anos atrás ofereci 3 mini conjuntos de ecopontos a uma instituição ansianense, de forma a promover a separação de resíduos. Consegui mudar mentalidades em dezenas de lares, no entanto há que manter a importante tarefa, contínua, de mudar as mentalidades, pois elas relaxam e tornam-se descuidadas!