Faz hoje 3 meses que estes 12 conjuntos de ecopontos foram pomposamente apresentados numa cerimónia alusiva ao Dia Mundial do Ambiente, em Ansião. Por esta altura já os mesmos deveriam ter entrado ao serviço, no entanto parece que estes ecopontos são especiais, pois ganharam raízes no estaleiro municipal.
Fiquei surpreso ao constatar este mesmo facto, pois quando se compram equipamentos como estes, já tem de estar definido o local onde os mesmos irão ser colocados, o que claramente não me parece ser o caso.
Gostaria de saber qual o motivo que leva a que estes mesmos ecopontos estejam há tanto tempo à espera de ser distribuídos. Episódios como este mostram que a política ambiental praticada em Ansião, bem como noutros municípios da região de Sicó, é tudo menos correcta. Diria eu que é política supérflua, onde pouco se fala de ambiente e menos se faz pelo mesmo. A sensibilização deixa muito a desejar e, a montante o mesmo se passa.
O ambiente sempre foi o parente pobre da política, olhado como o bicho papão e muitas vezes tema tabú, prevalecendo os estereótipos. A competência dos municípios deixa muito a desejar neste domínio, facto que na minha opinião, está bem à vista. O ambiente é visto de uma forma redutora, quando afinal este é a base de tudo o resto, cultura e economia são apenas exemplos.
Palavras de ocasião e/ou de conveniência abundam quando se pretende abordar a temática ambiental. Falo do que sei e sei do que falo. Curiosamente foi há coisa de 14 anos que fiz, em Ansião, um pequeno trabalho de investigação sobre ecopontos e reciclagem, onde muito comecei a aprender com miúdos e graúdos. Há alguns anos atrás ofereci 3 mini conjuntos de ecopontos a uma instituição ansianense, de forma a promover a separação de resíduos. Consegui mudar mentalidades em dezenas de lares, no entanto há que manter a importante tarefa, contínua, de mudar as mentalidades, pois elas relaxam e tornam-se descuidadas!
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