29.7.22

Legal ou ilegalmente?



Confesso que não sei, daí colocar aqui a questão. Alguém se apercebeu acerca do corte de um sobreiro em Ansião há umas semanas? Estas imagens chegaram-me ao conhecimento, sendo as mesmas de um sobreiro cortado e armazenado na Quinta das Lagoas, Ansião. Alguém sabe do sucedido ou consegue alguma informação?

24.7.22

Estou parvo com esta falta de solidariedade para com os bombeiros da região de Sicó!


Somos um povo solidário, disso não há dúvida, contudo no meio de tanta solidariedade há sempre quem faça questão de demonstrar que não é solidário/a. Os recentes incêndios ocorridos na região de Sicó trouxeram muita conversa às redes sociais, parte dela positiva e parte dela bastante negativa (nos próximos comentários irei focar vários casos lamentáveis..). Num dos grupos do Facebook de uma freguesia da região de Sicó surgiu o comentário que destaco. Este comentário surgiu como resposta a um comentário inicial meu, onde eu alertava que havia algumas pessoas que falavam muito contra os bombeiros, mas que além de não saberem bem do que falavam e falarem a quente, não se davam ao trabalho de os apoiar. Este apoio poderia ser através de um donativo ou então pelo facto de nos fazermos sócios, salientava eu. Foi em resposta a este meu comentário que esta Carla Ferreira fez esta infeliz afirmação, a qual mostra evidente falta de solidariedade, bem como confusão sobre o que são as Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários da região de Sicó ( e não só ) e o que são entidades do Estado. Dá vontade de dizer à Carla Ferreira que se tiver algum acidente que telefone para o Estado e não para os bombeiros, já que esta não contribui factualmente com os seus impostos para os bombeiros. Lamento profundamente este tipo de mentalidade que subsiste ainda nos dias de hoje.
Uma coisa é criticar uma acção em particular, onde os bombeiros tenham falhado (também acontece aos bombeiros), outra é mostrar esta falta de solidariedade para com quem se preocupa com ela 365 dias por ano. Acho vergonhosa uma afirmação como esta. Mais valia estar calada, pois evitava fazer esta, na minha opinião, triste figura.
Por iso, e por muito mais, lanço um desafio a cada um de vós. O desafio é simples, quem ainda não é sócio da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do seu município que se faça sócio. Uns míseros 12 euros é um valor irrisório para apoiarem os vossos bombeiros voluntários a cada ano que passa e é um valor que faz toda a diferença para a vossa corporação. Já são sócios? Mantenho o desafio, o qual, neste caso, passa por darem um donativo de 10 euros (ou mais). Quando o fizerem, publiquem nas redes sociais com a hastag #eusousolidariocomosbombeiros22 
Daqui a umas semanas eu irei ver quantas "ocorrências" há nas redes sociais! E não, não sou suspeito para fazer uma iniciativa destas, já que já não sou bombeiro voluntário. Mantenho apenas a defesa da causa nobre.
Partilhem por favor!

20.7.22

E agora, ICNF e CCDRC?


Trata-se de um mapa que o Grupo Protecção Sicó produziu e é um mapa deveras interessante. Nas próximas semanas irei ser incisivo sobre a questão dos incêndios na região. E para ser incisivo nem é preciso gastar muitas palavras, mas sim ser objectivo.

Neste mapa têm uma sobreposição entre a área de Rede Natura 2000 (Sítio Sicó/Alvaiázere) e as áreas ardidas dos incêndios de Ourém (Freixianda), Alvaiázere e Ansião. No total cerca de 12000 hectares de área ardida, sendo quase 2000 hectares área da RN2000.

Ora, impõe-se uma questão fundamental. O que fizeram o ICNF e a CCDRN para evitar este desastre ambiental? Sabendo das competências e responsabilidades destas entidades no âmbito da RN2000, o que têm as mesmas a dizer sobre este desastre ambiental?

Estou deveras curioso para saber o que ambas as entidades têm a dizer sobre o sucedido, bem como o que se segue em termos de mitigação do problema e da gestão futura  do Sítio da RN2000 Sicó/Alvaiázere.

Para já é isto que tenho a dizer, mas brevemente voltarei ao assunto, falando de outras entidades com competências e responsabilidades. 

10.7.22

Gosto de folclore, mas não deste género...

Fonte: Facebook da Junta de Freguesia de Pousaflores

Fiquei bastante perplexo quando vi algumas destas imagens, já que a moda pimba ainda consegue surpreender. Compreendo a ânsia em querer divulgar o território e os locais, contudo nunca na base do pimba, da chapa 5 e de modas efémeras. 

Mas vamos ao que me traz a este comentário. Antes de mais, logo que passe ao lado destas mariolas, irei derrubar todas as que vir, já que não faz qualquer sentido as mesmas ali. É pouco mais que um estorvo paisagístico que sem sequer legal é... Copiou-se o balancé, vindo sabe-se de lá onde, copiou-se a moda das mariolas, vindas de onde até fazia sentido, muito embora se tenha tornado um circo nas mãos de algumas pessoas ligadas às modas do momento. Para quê todo este pimba? Onde pára a identidade dos locais?


E teve de se copiar a moda das placas com cores espampanantes... Isto quando se podia ter feito algo de inovador e integrado da paisagem e neste território da Rede Natura 2000.


E depois isto, onde temos uma bela fórnia (fórnia da Ucha), importante elemento geomorfológico que poderia ter sido utilizado em vez do "vale encantado" nesta placa. Ou outro elemento histórico ali existente, escolhas não faltam. Tudo bem que a porta adiante está engraçada, o problema é que continuam a descaracterizar estas serras com elementos estranhos às mesmas, seja objectos, seja nomes.

Mais uma vez, compreendo a vontade de fazer estas coisas, contudo há que o saber fazer com atenção aos factos e aos pormenores, sem modas, importações, chapas 5 e outras coisas à mistura. Há coisas, já feitas na Serra da Portela que ficaram porreiras, contudo outras, como estas, nem por isso...



 

5.7.22

Um tema para Pombal reflectir...


Durante uns meses fiz um trajecto que me levava pela auto-estrada de Norte para Sul e vice-versa. Numa das viagens lembrei-me de registar o que parece óbvio e que supostamente está à vista de todos, embora afinal não seja assim tão óbvio para os actores de desenvolvimento local.
Do que falo? Simples, observem primeiro o vídeo por favor. Já viram? Muito bem, o que viram? Eu vi eucaliptos às resmas e uma enorme cratera na Serra de Sicó. O que interessa isto, perguntam vocês...
Bem, há uma coisa que dá pelo nome de atractividade do território, mais concretamente o denominado marketing territorial, o qual é determinante para trazer visitantes a Pombal e à região de Sicó. Pensem agora qual será o turista que, sem referências a Pombal, venha de carro e decida fazer o pisca quando  chega à saída de Pombal, na auto-estrada...
E que tal mudar o paradigma e o cenário actual que aqui apontei? Como se faz? Bem, saber até sei, contudo já há muitos anos percebi que há quem roube ideias e ganhe dinheiro com elas, portanto...