22.12.09
18.12.09
Natal de mau gosto?
14.12.09
A atitude das superfícies comerciais perante questões ambientais
9.12.09
Vídeos chocantes que comprometem seriamente....
É referido que se avaliará e acautelará a distância de segurança entre a área afecta a trabalhos de construção e as eventuais cavidades cársicas identificadas na prospecção geológica, assegurando a estabilidade da área de trabalho e das cavidades. Não é concretizado como se fará isto, não compreendo tanto cuidado com as cavidades quando afinal algumas foram destruídas aquando da construção da estrada em Outubro de 2007, algo de que tenho fotos!
Não é referido o deslizamento que poderá ocorrer na vertente Este da Serra de Alvaiázere e que está a colocar em risco algumas habitações, especialmente quando é colocada a questão da utilização de explosivos, como mitigar esta questão gravosa?!
Na página 22 do RECAPE é referenciado que deverá ser «elaborada uma planta de condicionamento à escala de pelo menos 1: 5 000 com todos os elementos do projecto e as áreas a proteger e salvaguardar, tais como áreas sensíveis do ponto de vista ecológico, ocorrências patrimoniais…. Zonas de importância geológica» Como se não estão referenciadas muitos destes elementos?!
No parecer do Professor António Gonçalves Henriques (Director da APA), com a referência 146/08, relativamente ao processo de AIA nº 1161 “Parque eólico de Alvaiázere”, é referido também, no que concerne às cavidades cársicas que:
«As cavidades detectadas devem ser melhor interpretadas, uma vez que a DIA prevê a necessidade de compatibilizar o projecto com as cavidades cársicas…»
Este parecer aconselha também a utilização de geo-radar como complemento da prospecção de cavidades cársicas.
Infelizmente a falta de competência técnica e científica do técnico geólogo no domínio do carso, levou a que este referisse que o método de geo-radar «poderia fornecer resultados requerendo uma interpretação delicada muitas vezes controversa….»
Diria eu, como especialista no carso, que este geólogo é tecnicamente inqualificado para este estudo, já que não conhece este método aplicado ao carso, onde em países como nos EUA, onde é praticado por quem sabe, tem mostrado bons resultados como técnica complementar. Eu pessoalmente aconselharia este geólogo a ter formação nesta técnica, o Karst Research Institute (Eslovénia) é uma das entidades que lhe pode dar informações precisas sobre esta técnica de modo a desmistificar estereótipos sobre novas tecnologias aplicadas ao estudo do carso.
Este geólogo refere adiante que:
«Por ultimo, informa-se que a campanha de prospecção interessa apenas a zona onde se prevêem localizar as torres dos aerogeradores que está situada no flanco de encosta e a cotas inferiores àquelas em que ocorre o campo de lapiás, não interferindo com as referidas formas superficiais que são por definição estratos aflorantes»
Mais uma vez conceitos imprecisos, pois os lapiás têm a sua expressão visual a nível superficial, mas a bancada calcária do qual tem origem nesta área tem cerca de 40 metros de espessura, além do facto de o sector Oeste da Serra ter pendor em monoclinal precisamente para Oeste, sendo que a camada que tem expressão visual na escarpa de falha a Este, facilmente pode ter expressão visual a Oeste. É bastante provável que ali haja grutas de grande profundidade, por isso a questão das cotas é algo de muito relativo.
No seguimento deste raciocínio, não vejo nota alguma sobre as consequências na rede hidrográfica e infiltrações no maciço calcário, o facto de não haver linhas de água superficiais é enganador ao mais desconhecedor...»
4.12.09
1.12.09
A cegonha teimosa de Pombal....
26.11.09
Alvaiázere: Iniciativa Limpar Portugal em risco
23.11.09
Violação repetida do PDM, Rede Natura e manipulação de informação
Indo agora ao cerne da questão:
São apenas três dos muitos factos associados ao cada vez mais conhecido caso da Pedreira dos Penedos Altos, situada no concelho de Alvaiázere. Nenhum dos factos que irei descrever agora favorece a posição da empresa que explora esta pedreira, nem mesmo o autarca que tem defendido a posição desta empresa a desfavor da população prejudicada pelo projecto de ampliação desta indústria extactiva.
Desde que se desenrolou este processo, tem-se assistido a um rol de casos bastante polémicos, alguns deles graves demais para que passem em branco, destacando eu um caso muito grave de manipulação de informação de índole geográfica.
Para quem não sabe do caso, passo a explicar:
Há poucos meses, a empresa que explora a pedreira dos Penedos Altos, iniciou um processo que visava a ampliação da área de onde explora rochas sedimentares (calcário). Até aqui tudo bem, mas o facto é que esta pedreira está rodeada por casas em todos os quadrantes, à excepção do quadrante Oeste, onde existe um castro (antigo povoamento da idade do bronze). Os habitantes (a esmagadora maioria destes) começaram a ficar preocupados, já que havendo casas a menos de 200/300m, algumas delas com paredes rachadas, não fazia sentido a ampliação da pedreira. Sendo assim, de forma legal exerceram o seu direito de cidadania, protestando contra esta possível ampliação, algo que naturalmente começou a incomodar a empresa que explora esta pedreira, localizada em terrenos baldios, alugados pela Câmara Municipal de Alvaiázere à Bripealtos.
Em termos genéricos foi assim a primeira fase deste processo, mas o grave começa a passar-se na segunda fase deste processo, onde se começam a descobrir factos bastante comprometedores...
Estes factos começam a descobrir-se na fase de participação pública, onde, naturalmente, cidadãos e entidades elaboraram as suas considerações sobre este mesmo projecto. Para os cidadãos e entidades que fizeram os seus pareceres, técnicos ou não, a opinião foi quase que unânime, o projecto de ampliação não fazia sentido tendo em conta a grave perca de qualidade de vida das populações e a destruição de património natural e cultural, base da economia local não potenciada.
Aqui, a empresa que explora a pedreira ficou ainda mais incomodada, pois obviamente os seus interesses estavam em risco. Descobriu-se por exemplo que esta empresa já estava a extrair ilegalmente há vários meses (alguns anos), em clara incomfornidade com o Plano Director Municipal de Alvaiázere, que estava igualmente a violar a Rede Natura 2000 e também que a central de alcatrão, estava a funcionar sem o devido enquadramento legal (PDM), algo que constitui uma ilegalidade para todos os efeitos.
O caso chegou às televisões e aí surgiu o meu amigo Tito Morgado, em defesa da.... empresa e em desfavor das populações afectadas, algo que não constituiu nenhuma surpresa dadas as suas posições insustentáveis no domínio territorial.
A partir deste momento começou como que uma guerra entre lobbys e populações afectadas, surgindo inclusivé manipulações inaceitáveis da opinião pública, é precisamente aqui que eu vou começar a minha análise, sobre a qual incide este comentário no azinheiragate.
Vou comentar factos, com base "apenas" nas factualidades ocorridas e presentes em documentação, pois é com base em factos concretos e não em opiniões parciais e manipuladoras que eu me rejo.
Na exposição proposta pela empresa "Penedos Altos - Britagem dos Penedos Altos, LDA.", datada de 3 de Agosto de 2009, enviada por esta empresa ao Secretário de Estado do Ambiente, posteriormente ao parecer desfavorável, datado de 30 de Junho de 2009, pela CCDR-Centro, constam vários factos, alguns destes que conduziram a um intrigante, e posterior, parecer favorável condicionado ao projecto de ampliação da pedreira dos Penedos Altos:
1- Na página 10 desta exposição sobre o projecto, constato algo de muito curioso, quando a certa altura é referida a minha pessoa:
«...importa em primeira linha tecer duas considerações acerca do conteúdo da reclamação do Sr. João Paulo Forte...»
Agradeço sinceramente que me tratem por Sr., não compreendendo no entanto porque é que na página 14, quando se refere esta empresa a técnicos com qualificações iguais ou inferiores à minha pessoa, se diz:
«... importa considerar a exposição técnica que aqui se transcreve dos Biólogos Dr. José Carlos Correia e da Drª. Maria Helena Pimentel...»
É preocupante observar que aqui há dois pesos e duas medidas no tratamento de técnicos, já que eu além de ser geógrafo tenho pelo menos as mesmas qualificações dos dois técnicos referidos por Dr. e Drª. . Será que por ter opinião contrária à da empresa sou menos do que outros? Do Dr. faço questão de prescindir (coisa que falo desde sempre), já que é um prefixo que faz as pessoas maiores do que são, mas do geógrafo já não prescindo, já que é a minha profissão.
2 - Na página 15, consta uma figura, a qual tem a seguinte legenda:
Figura IV. 5.1 - Implantação da delimitação dos habitats protegidos sobre ortofotomapa de 1995 (CNIG, 2008)
Este foi um facto que descobri apenas e só porque tenho a fotografia aérea de 1995 daquela área, já que tive de a comprar para um trabalho de investigação que iniciei em 2006. O facto é que o que consta nesta página não é um ortofoto de 1995, é sim um ortofoto posterior a 1998, algo que representa não só uma imprecisão muito grave, que benificia a posição da empresa que explora a pedreira dos Penedos Altos, bem como representa uma evidente manipulação de informação priveligiada, como são os ortofotomapas. Não sei de quem é a culpa deste facto, mas é algo que tem de ser investigado, pois é inaceitável que aconteça algo como isto. Quando trabalhamos com ortofotomapas sabemos de que ano são, portanto tirem as vossas próprias conclusões.
3 - Na página 23, é referido:
«Não foram encontradas grutas na área do projecto, nem na sua envolvente próxima»
Esta afirmação é extraordinária, já que no estudo que foi feito para a ampliação da pedreira, não foi consultado um estudo já com 20 anos sobre grutas e cavidades desta área, bem como não foram consultados os espeleólogos que trabalham nesta região. Mais ainda porque existe uma foto bem explícita, de um algar situado dentro do perímetro da pedreira, que foi destruído em 2007 sem que ninguém tenha sabido (além de mim e de outros espeleólogos).
4 - Outro facto que eu considero pouco elegante, é o referido na página 12:
«Na verdade os reclamantes se não tiveram conhecimento foi pelo facto de ou se encontrarem ausentes, o que se compreende por não serem residentes, ou por alheamento e desinteresse ou distracção das questões importantes da "sua" terra...»
A presunção desta empresa é curiosa, será que sabe melhor das vidas dos reclamantes dos que os próprios? Além disso reparem os leitores na expressão «da "sua" terra», a forma como rodeiam a palavra «"sua"» é bastante curiosa, parece até que é no sentido depreciativo, será que há cidadãos de segunda e de primeira? Fica a questão no ar...
5 - Uma outra questão, a qual eu considero quase que difamatória, é a referida pela Bripealtos na página 11:
«.... entenda que, mesmo que só nove postos de trabalho não sejam importantes na dinamização da economia de uma região que apresenta um quadro de desertificação...»
Bem, aqui as coisas ficam ainda menos favoráveis para a Bripealtos, já que não só eu considero os tais 9 postos de trabalho na dinamização da economia, bem como defendo-os, tendo eu apresentado propostas e alternativas para o fecho desta pedreira. Apresentei alternativas e projectos que se projectam no espaço e no tempo, já que eu apresentei alternativas sustentáveis, baseadas no aproveitamento do potencial económico desta área e da própria região, tendo em conta o seu património natural e cultural (criando dezenas de postos de trabalho).
Neste momento, dou uma espécie de benefício da dúvida, mas se a Bripealtos, de novo, fizer algum comentário que não corresponda à verdade das minhas afirmações, farei questão em seguir para um processo por difamação. Não tolero que uma empresa não tenha a capacidade de aceitar comentários honestos e devidamente fundamentados, fazendo depois afirmações atentatórias da imagem da pessoa que faz críticas imparciais, legais e honestas, sem manipulação alguma.
A empresa que explora esta pedreira tem, primeiro que tudo, saber aceitar opiniões diferentes da sua, não se trata aqui se dizer mal de pessoas ou empresas, não é a minha forma de ser, é sim de tratar assuntos como este de forma séria sem manipular a opinião pública, doa isso o que doer seja a quem for.
17.11.09
O "semblante encapotado" da Serra de Alvaiázere
Foi ali que comecei a perceber que havia qualquer coisa que batia mal, tendo começado a mexer-me no meio de forma a denunciar a situação gravíssima que se estava a passar. Muito antes de ter tido os problemas que me levaram à saída compulsiva do meu posto de trabalho, já eu tinha feito alguma investigação, coisa que uma pessoa em especial tentou esconder da opinião pública, pois a certa altura houve quem dissesse que eu tinha feito denúncia desta situação em particular apenas após Dezembro de 2007, quando afinal meses antes já eu andava no terreno, há documentação disponível na internet que comprova isto mesmo (um dos documentos foi discutivo num fórum de geógrafos em Novembro de 2007).
http://azinheiragate.blogspot.com/2008/05/parques-elicos-e-desordenamento-do.html
Ao longo das semanas a investigação ia avançando e as minhas denúncias também, as quas foram feitas nas entidades próprias e não na praça pública, portanto o que agora refiro (à excepção do que direi no final) já não é nada de novo, estou apenas a atar pontas soltas.
Descobri então outra coisa curiosa, algo que até hoje ninguém me respondeu, mesmo tendo eu questionado à quase ano e meio as entidades oficiais, onde é que está a declaração de impacte ambiental, ou melhor a sua revovação? Sim, porque a DIA datada de 2004 nunca foi revogada e um projecto nunca pode arrancar sem este importante documento.
Fiz, na altura, alguns vídeos no youtube que denunciavam vários factos muito estranhos, no mínimo:
http://www.youtube.com/user/joaopauloforte#p/u/30/eMFox97ates
http://www.youtube.com/user/joaopauloforte#p/u/31/H8jR5zYaFp8
http://www.youtube.com/user/joaopauloforte#p/u/32/LJZJOr7mjGM
http://www.youtube.com/user/joaopauloforte#p/u/33/-XcvN6NzUzo
http://www.youtube.com/user/joaopauloforte#p/u/24/nS_24zzSXh8
http://www.youtube.com/user/joaopauloforte#p/u/10/GnJR3DFBXvU
Depois de terem visto estes breves comentários, penso que já estão em condições de perceber que ali há gato, mas continuemos...
Outro facto que fiz questão em salientar foi o porquê de todo este processo estar a ser feito nas costas da população, ou então o porquê da falta de diálogo entre a SEALVE, SA, empresa promotora, e a população. Curioso é ninguém, da população, saber quem está por detrás de uma empresa denominada por Sociedade Eléctrica de Alvaiázere, SA. Onde está o diálogo com a população?
Ainda mais estranho, na altura, era o facto de todas as afirmações sobre este caso serem feitas por alguém que não funcionário ou gerente executivo da empresa promotora, ao invés era sempre o autarca local que fazia afirmações sobre as matérias relacionadas com este processo, porquê? Sendo os terrenos baldios não seria correcto ser a população a fazer afirmações?
Na altura, e em sede própria, até pedi que me fosse respondido pela autoridade própria, se este autarca teria algum tipo de ligação, directa ou indirecta com a empresa promotora de parque eólico. Igual pedido foi feito sobre um elemento da Assembleia de Câmara, o ex. ministro Arlindo de Carvalho. Foram duas questões que até agora, quase dois anos depois, não me foram respondidas.
Quanto mais eu investigava, mais a pressão sobre a minha pessoa aumentava, parecia que havia quem temesse esta minha investigação. Descobri coisas muito curiosas, além do que referi até agora, desde uma curiosa delimitação do maior castro da península ibérica, a qual não incluia todo o perímetro do povoamente arqueológico (na parte não incluída surgiam três torres a ser implantadas), até um edifício com mais de 30 metros, para apoio ao parque eólico (com garagem e tudo). Tudo isto numa serra reconhecida a nível internacional pelo seu valor natural e cultural, algo de lamentável.
No estudo elaborado por uma empresa externa até surgiam coisas estranhas, desde afirmações que não correspondiam à verdade científica, até contradições notórias sobre habitats protegidos.
Tudo isto foi rebatido, entre outros, por mim durante o processo de participação pública, sendo que durante este processo o acesso à informação foi-me muito dificultado. Uma das dificuldades surgiu quando fui à Câmara Municipal de Alvaiázere para consultar a documentação, tive inclusivé de fazer uma queixa por este mesmo facto (não fiz queixa no livro de reclamações porque entendi que por causa de uma pessoa só não pode pagar a imagem de uma instituição nobre como é o caso desta autarquia), fazendo a queixa à entidade mais indicada.
Mesmo no site onde deveria constar o Resumo Não Técnico, da Agência Portuguesa do Ambiente, este esteve inacessível durante todas as vezes que eu tentava consultar, algo de muito estranho. Mesmo agora podem procurar que a única coisa que surge é do 2004, porquê?
Já em 2008, e após muita tinta correr nor jornais, surgiu o esperado 2º chumbo do projecto do parque eólico, algo, para mim, de perfeitamente natural, já que era um projecto inaceitável para esta Serra em especial e havia alternativas para o parque eólico.
Após o chumbo, surgiram algumas vozes discordantes, dizendo que todos aqueles que tinham dado parecer negativo a este projecto absurdo (eu e várias entidades locais e regionais), deveriam reçarcir a autarquia pelo prejuízo causado pelo atraso neste projecto, algo de lamentável da parte do autarca local, Paulo Tito Delgado Morgado.
http://azinheiragate.blogspot.com/2008/12/elica-gate-na-serra-de-alvaizere.html
Logo começou um processo, liderado por este autarca, com vista à reanálise deste processo com vista a uma aprovação do mesmo. Foi apresentado um projecto que pessoalmente considerei como que uma pressão ineceitável para reverter o chumbo:
http://azinheiragate.blogspot.com/2009/05/exclusivo-nacional-alvaiazere.html
Já este ano, há poucos meses surgiu no site da Câmara Municipal de Alvaiázere um aviso sobre a passagem de linhas de alta tensão para o parque eólico da Serra de Alvaiázere, algo que me intrigou. Afinal sendo eu uma pessoa bem informada não sabia que o chumbo tinha sido revertido, continuo sem saber, seja oficial ou não oficialmente, já que os meus "tentáculos" chegam bem longe...
Ainda hoje tento procurar informação sobre isto, já que tento estar actualizado todas as semanas. Há poucos dias, quando passei por Alvaiázere, surgiu uma pessoa que me avisou que já andavam máquinas a tratar de começar as obras para as linhas de alta tensão, algo que me incomodou profundamente, já que parece que a política por terras de Alvaiázere é a política da terra queimada, faz-se primeiro e questiona-se depois. Uma técnica usada por pessoas sem escrúpulos, resta saber quem são realmente estas pessoas...
Penso, com toda a certeza, que este é um caso passível de investigação por entidades competentes na matéria, bem como da imprensa nacional, pois temo que haja aqui factos que sejam graves demais para que um jornal regional investigue e depois possa ter sérios problemas por isso.
Basicamente poderá ser um furo jornalístico de relevância supra-regional!
Não é costume meu pedir favores, apenas os peço em favor da comunidade, não em meu nome. Por isso peço aos orgãos de comunicação social que semanalmente visionam este blog, nomeadamente Agência Lusa, televisões, etc, que investiguem esta situação, pois os últimos acontecimentos mostram que aqui há gato...
Se eu temo ameaças por estar a mexer-me em terreno perigoso? Sinceramente não, tenho os meus cuidados e tenho as costas bem quentinhas, pautando sempre as minhas afirmações pela verdade e moralidade e não por outras razões que não as do apuramento da verdade. Digo isto por um motivo muito simples, há mais de um ano que fui alvo de ameaças não identificadas quando falei neste caso, portanto quem fez as ameaças lembre-se que estou ainda mais forte do que quando fui alvo de ameaças e continuo a não temer.
Pretendo cabal esclarecimento deste caso e para isso há que apurar responsabilidades, custe o que custar, doa a quem doer...
12.11.09
Quintas com história: actividade emblemática da Albaiaz
7.11.09
As variedades tradicionais enquanto património a divulgar
1.11.09
Reconstruir o património é....
26.10.09
A instrumentalização de planos de desenvolvimento locais
Chega-se ao cúmulo, neste estudo, de apresentar um geoparque na.... Bulgária, quando afinal a Câmara de Alvaiázere teve oportunidade de assinar um protocolo com um geopark.... português. Basicamente é o que se chama de um tiro no pé e algo que mostra que os ressabiamentos são algo de lamentável da parte de quem os tem, caso de Paulo Tito Morgado.Esta politização de planos é, não só lamentável como inaceitável, pois assim está-se a moldar ás opiniões pessoais planos que não o devem ser. Este tipo de planos deve ter em conta todos e não ser feito à medida de autarcas e das suas ideias megalómanas.
Muitos de vós se lembram de casos em que ex ministros, quando saem dos caros políticos, vão para grandes empresas, ficando sempre a ideia de favorecimentos pouco disfarçados. No que concerne a Paulo Tito Morgado, resta esperar para ver o que se vai passar nos próximos tempos...
20.10.09
Um desafio para todas as escolas da região de Sicó!
XV Olímpiadas do Ambiente - 2009/2010
Estão abertas as inscrições para as XV Olimpíadas do Ambiente. Escolas de todo país podem inscrever-se numa das maiores iniciativas nacionais dedicada ao Ambiente e à Sustentabilidade, até ao final do mês de Dezembro 2009, através do site oficial das Olimpíadas do Ambiente www.esb.ucp.pt/olimpiadas.
No decorrer da iniciativa “Tardes do Milénio na Biblioteca Almeida Garrett”, promovida pelo CRE_PORTO e Objectivo 2015 no Porto, de 14 a 21 de Outubro, será apresentada a edição emblemática das Olimpíadas do Ambiente (OA). A presente edição é especial porque desafia as escolas a abordar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio como tema central, focando as ameaças globais, conservação da natureza, estilos de vida, política ambiental, poluição, realidade nacional e recursos naturais. Pretende-se que a comunidade escolar aprofunde os conhecimentos sobre a temática, desenvolva competências para investigar e resolver problemas ambientais e adopte comportamentos que salvaguardem o Desenvolvimento Sustentável. Resumidamente: assumir o seu papel no cumprimento da Declaração do Milénio, compromisso adoptado pelos governos do mundo.Ao longo de quinze anos, o projecto tem vindo a envolver cada vez mais professores e jovens (até ao momento mais de 364 000). As OA constituem uma sólida opção para motivar a integração dos conceitos e práticas ambientais no ensino formal nas escolas portuguesas. Esta iniciativa tem uma larga abrangência na comunidade escolar, sendo destinada a alunos do 3º ciclo do Ensino Básico e a alunos do Ensino Secundário e a professores de todas as escolas nacionais. Existem três formatos de participação: prova, projecto e imagem gráfica.A Final Nacional decorrerá entre os dias 6 e 9 de Maio 2010 no Faial. Pela primeira vez, o culminar de todo o trabalho realizado durante o ano lectivo será realizado numa região autónoma. O Governo dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, é o digno anfitrião.A Comissão Organizadora é constituída por elementos da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza e do Zoomarine – Mundo Aquático, SA. São parceiros na organização o Governo dos Açores – Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, a Fundação Gonçalo Silveira, Objectivo 2015 Campanha do Milénio e a Escola E.B. 2,3 Silva Gaio de Coimbra. O projecto é apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e as Águas do Algarve, contando também com o honroso Alto Patrocínio da Presidência da República.As inscrições poderão ser efectuadas até ao final do mês de Dezembro 2009, através do site oficial das Olimpíadas do Ambiente www.esb.ucp.pt/olimpiadas. No mesmo endereço electrónico podem ainda ser consultadas todas as informações relativas ao projecto, nomeadamente o regulamento e as principais datas da edição.Para mais informações: Joana Bezerra (olimpiadas@quercusancn.pt; telefone 223 749 249)
17.10.09
Ler para compreender o que nos rodeia
Penso que nao há nada melhor do que pegarem num destes livros e investirem na sua leitura, é bem mais útil e agradável do que passar um fim de semana inteiro num bar a fazer passar o tempo. Uma das possibilidades para os que não podem comprar livros, é passarem numa das muitas bibliotecas municipais da região de Sicó e requisitarem o belo livro, tenho reparado que algumas destas bibliotecas têm enriquecido o seu espólio com alguns livros bem interessantes na temática ambiental!
Boas leituras!
9.10.09
Noras: um património esquecido na região de Sicó
Mesmo já conhecendo razoavelmente bem a região de Sicó, a cada dia que passa descubro mais aparelhos deste género (sem contar com as picotas). Apesar de já conhecer algumas noras, ao longo dos últimos anos fui tendo mais atenção ao que afinal é mais um, entre muitos outros, do nosso património, mesmo em locais pouco expectáveis continuo a conhecer mais noras, algumas delas ainda em razoável estado de conservação.
3.10.09
Intermarché de Ansião com gesto pouco amigo do ambiente
26.9.09
21.9.09
Grutas e religião na região de Sicó
http://www.sbe.com.br/ptpc_v1_n2.asp
15.9.09
"Terras de Sicó", um projecto falhado
8.9.09
Vamos limpar a região de Sicó?!
http://limparportugal.ning.com/
Vamos acabar com imagens como esta?!
4.9.09
BTT sem regras destrói o património da região de Sicó!
A resposta é simples, NÃO! O motivo é simples, há áreas sensíveis do ponto de vista ambiental que não se coadunam com tamanha barbárie que é a passagem de tanta gente num determinado local em tão pouco tempo. Em estudos ambientais há uma coisa chamada de capacidade de carga, significando isto que num determinado local não deverão passar mais do que X número de pessoas. Apliquem este raciocínio a algumas áreas mais sensíveis da região de Sicó.
Uma das formas que eu proponho para se resolver este problema é muito simples, permitir apenas que pessoas devidamente credenciadas por entidades como por exemplo o ICNB pudessem organizar este tipo de provas desportivas.
30.8.09
Quanto custa ajudar a proteger o que é de todos?!
Para, de alguma forma, vos ajudar a perceber esta problemática, divulgo agora uma história contada na primeira pessoa do quanto pode significar isto mesmo. É algo que nunca foi divulgado na praça pública por vários motivos, o principal é que até há poucos meses ainda pensava que a história teria um final feliz. Infelizmente isso não aconteceu e, por isso, decidi partilhar os factos de forma a todos saibam afinal o país em que vivemos e com aquilo que podem contar em algumas situações.
Eram cerca das duas da madrugada do dia 7 de Agosto de 2005 e lavrava um incêndio de grandes proporções entre os concelhos de Ansião e de Alvaiázere, ia já na segunda noite consecutiva sem pregar olho, literalmente. A determinada altura e pelo "simples" facto de que quando andamos tantas horas a ajudar que a floresta não arda, as nossas defesas e atenções baixam de forma proporcional ao cansaço, algo que induz infelizmente a acidentes, aconteceu mesmo um acidente grave.
Não vou contar especificamente como aconteceu o acidente, mas basicamente um carro de bombeiros passou-me por cima, tendo passado por cima da totalidade de um dos braços (tive a marca no braço durante dois dias) e fui a arrojar durante uns metros debaixo do carro devido ao capacete que se prendeu no diferencial do veículo.
Após estes factos, obviamente fui para o hospital, primeiro em Pombal, onde esperei 1hora para ser transferido para Coimbra, mais especificamente para o CHC. Neste hospital, basicamente retiraram-me as botas e foram tirar vários RX (da cintura para cima foram uns poucos....), tendo logo recebido a inacreditável notícia que não tinha nada partido, algo que me surpreendeu, já que não só é difícil sobreviver a um acidente deste género, bem como sobreviver sem partir sequer um osso. Logo de seguida colocaram-me um soro e levaram-me para um espaço póprio onde dormi umas horitas até que uma ambulância me foi buscar de volta a casa, tendo primeiro de passar por uma farmácia para comprar alguns medicamentos. Seguiu-se uma maratona de cama para descansar deste acidente.
A história não termina aqui, começa precisamente a partir deste momento, pelo menos a parte que interessa mais a todos vós. Depois do acidente, as dores que me pareciam normais nos primeiros dias nunca mais pararam, algo que me começou a intrigar, já que passados alguns meses as mesmas ainda não tinham parado. Começou a primavera de 2006 e fiquei intrigado, algo que me levou a um médico.
Visto pelo médico, este indicou-me um especialista onde poderia ir fazer uma ecografia ao ombro, local das dores mais intensas, desloquei-me então para fazer esse exame, o qual detectou que efectivamente havia um problema decorrente do acidente, algo que não foi detectado na altura porque o exame necessário pura e simplesmente não foi feito no local próprio.
Visto isto, tornou-se evidente que teria de fazer fisioterapia, tendo-me deslocado ao mediador do seguro que supostamente me cobriria as despesas médicas. Foi-me dito nessa altura que o processo seria reaberto e que poderia estar descansado para proceder aos tratamentos, por isso não me tendo sido indicada nenhuma clínica em particular, desloquei-me à que me tinha sido recomendada por algumas pessoas com know-how na matéria.
Fiz então várias sessões de fisioterapia (Dezembro de 2006), já que tinha genéricamente o ombro deslocado (algo que surpreendentemente não me foi detectado no hospital), tendo no final procedido ao respectivo pagamento do meu próprio bolso para posteriormente enviar os recibos à companhia de seguros. O total das despesas foi na ordem dos 700 euros.
Logo depois de terminada a fisioterapia, onde fui muito bem tratado, enviaram-se os recibos para a companhia, tendo eu esperado vários meses sem que alguma resposta me tivesse sido dada. Por estranhar este atraso, desloquei-me de novo ao mediador de seguros, tendo o mesmo telefonado para a seguradora a pedir explicações. Foi-me dito que o processo estava esquecido na sede em Lisboa, algo que me começou a preocupar. Passados dois meses desloquei-me de novo ao mediador, tendo-me sido dito nessa altura que a seguradora já tinha pago à clínica onde tinha feito os tratamentos, tendo logo ido à essa mesma clínica, onde me foi dito que afinal não era bem assim...
Revoltado, fui, mais uma vez, ao mediador, onde, de novo, foi feito um telefonema para Lisboa e me foi prontamente dito que a seguradora não pagaria porque eu não tinha ido ao local próprio, uma outra clínica.
Após toda esta telenovela, fiquei muito sinceramente desiludido com o que se passou, perdi muito dinheiro sem culpa alguma (o mediador terá sido o principal culpado...), fiquei a saber que efectivamente os bombeiros não são apoiados quando têm acidentes em serviço a proteger o que é de todos! Sei também que tenho um problema de saúde para a vida inteira, com dores quase diárias que me limita em parte em alguns esforços e que com os anos me vai limitar cada vez mais.
A culpa? Em primeiro lugar é do incendiário que colocou o fogo, em segundo do mediador, em terceiro de todos aqueles que me deviam ter apoiado a resolver este problema e em último lugar aos burocratas deste país, que para dar apoio áqueles que protegem a nossa floresta não dão e para dar apoio aos corruptos já dão. Desculpem este desabafo mas tinha de ser...
Mesmo assim continuarei a ajudar a proteger a nossa floresta, seja na região de Sicó ou não (nem que seja na China...) e continuarei a fazer o mesmo de sempre, ajudar ou outros, mesmo que isso me custe várias coisas, saúde e dinheiro...
Este episódio é apenas sintomático do que este país tem vindo a ser nas últimas décadas, um país com potencial imenso mas que o vai perdendo a uma velocidade cada vez maior com a complacência de todos nós, políticos e lobbys, mas também de todos nós, pois dizemos que as coisas estão mal, mas a grande maioria não passa disso mesmo, fica passiva e com isso o país perde o seu património...