26.11.19

Livros nunca são demais!


E nada como ler para combater a ignorância e promover a literacia! Volto novamente às lides, com mais livros.
O primeiro é de um autor que sigo muito atentamente. Não sabia que estava para sair mais uma obra do colega geógrafo Jared Diamond. Fui apanhado de surpresa com esta bela novidade numa livraria de um aeroporto. Como sei que em Portugal a editora que publica as obras deste autor as traduz de acordo com o "acordo" ortográfico, sabia que a alternativa seria comprar na versão original, em inglês (onde não há patetices de "acordo" ortográfico), ou noutras línguas, tal como o espanhol. E assim foi, trouxe o livro em causa na versão traduzida em espanhol. É da forma que treino aquela língua.


O título diz tudo, daí o interesse nesta obra. Como não padece do "acordo" ortográfico, não houve dúvida em trazer este exemplar para daqui a uns dias ler e, assim, saber mais um bocadito sobre um assunto deveras interessante.


Este livro veio de uma livraria antiga em Dublin. Há umas semanas estive por lá e quando me deparei com uma bela livraria de rua, antiga, não resisti a entrar. Encontrei este livro e mesmo tendo em conta que é antigo, tem aspectos que considero relevantes o suficiente para o adquirir.
Finalizo com mais uma edição da Revista Smart Cities, que saiu para as bancas há poucos dias. Das 25 edições terá porventura a mais bela capa. Os conteúdos são os do costume, variados e de qualidade. É uma revista que escreve em bom português. A não perder!


22.11.19

Da série "mestre da ignorância"


Tinha esta guardada para mais tarde e eis que chegou a altura de dar uma lição a esta personagem que se esconde por detrás de um teclado...
Há cerca de 13 meses, abordei uma questão que considero particularmente interessante, ainda mais porque é uma questão raramente falada, seja na imprensa regular seja entre amigos. Falo, claro, da importância dos ervados e do facto de lhes darmos pouca importância em termos de espaços naturais promotores da biodiversidade". Isto, enquanto damos importância aos relvados, espaços com reduzido valor ecológico.
Poucos dias depois deste comentário, surgiram dois comentários ao meu comentário. O primeiro foi publicado e era de um geobotânico e colega de licenciatura, e o outro era de alguém que não se identificou, daí eu não o ter publicado. Contudo tenho o comentário em arquivo e achei interessante partilhar agora o mesmo, de forma a mostrar a tamanha ignorância e patetice de alguém que além de não saber escrever, era suposto saber do que fala. Curiosamente, ou não, este comentário, que está no topo destas linhas, tem uma semelhança incrível com outras centenas já enviadas, mas com outra roupagem. É caso para dizer, mestre da ignorância e da patetice.
Quando temos alguma coisa a dizer, seja ela abonatória ou não de terceiros, das duas uma, ou assumimos o que dizemos, tal como eu o faço, ou mais vale ficarmos num buraco escuro e dizermos para nós próprios que somos ignorantes e patetas. É caso para dizer, resmas de burrice...

17.11.19

Sabiam?


Utilizo este excerto do meu exemplar da primeira carta militar de Ansião, datada de 1947, para vos mostrar algo de particularmente curioso em termos de topónimos. Claro que a primeira tendência será olharem para o topónimo "Ancião", mas não é esse topónimo que me traz aqui para partilhar informação, muito embora seja interessante. No meu tempo da primária, era Ancião que escrevíamos.
Antes de tudo importa referir algo de fundamental, ou seja de que as Cartas Militares são elementos muito importantes, seja em termos de cartografia oficial, que é utilizada para tudo, seja pelo manancial de informação relevante que encerram em si, nomeadamente em termos de toponímia. 
Há uns anos descobri que me faltava uma das cartas militares de Ansião, tendo eu apenas a segunda, datada da década de 80 e a terceira, datada da primeira década deste século. Afinal havia outra, esta datada da década de 40. Na altura o meu interesse era investigar os topónimos Serra da Portela, Pousaflores e outros mais. Algumas pessoas ficaram particularmente incomodadas por eu mostrar que a Serra da Portela sempre teve esse topónimo/nome (desde a década de 40) e que uma coisa era algumas pessoas conhecerem a serra por outro nome (Anjo da Guarda) e difundirem erroneamente que o nome da Serra era Serra do Anjo da Guarda, e outra coisa era o seu nome/topónimo ser afinal Serra da Portela e omitirem o facto, contribuindo para a actual confusão de algumas pessoas. Percebi também que Pousaflores antigamente era Pousa-Flores, depois de ver documentação antiga, que não cartografia oficial.
Mas vamos ao que me traz aqui. Quando adquiri a Carta Militar em causa, a primeira de todas, descobri algo que nunca tinha ouvido falar, mas que depois de falar com o uma senhora nascida umas décadas antes de mim, percebi que o topónimo em causa lhe dizia muito.
Qual o topónimo? Precisamente o topónimo que eu mais utilizava no meu dia-a-dia, ou seja Moinho das Moitas (mas que deveria ser "Porto Largo"). Até à década de 70, mais coisa menos coisa, o Moinho das Moitas era Moinho das Velhas. E esta, hein?!

12.11.19

Chegou o dia!


Já há muito tempo que dizia para mim que este dia haveria de chegar. Ontem fui espreitar o registo e, já passados uns meses, eis que chegou a boa notícia. A Montante é finalmente uma marca registada!
É o início formal, embora ainda prudente, de um projecto que há muito faltava lançar a primeira pedra. Para isso criei uma marca, a Montante. Com ela irei fazer aquilo que mais gosto e para o qual tanto investi em termos pessoais e profissionais nos últimos anos. Os próximos meses não serão fáceis e serão de planeamento, enquanto não surgem projectos. Contudo, e muito brevemente, irei apresentar projectos a algumas entidades da região, e não só, e estarei naturalmente receptivo a quem me queira apresentar ideias ou projectos concretos de pessoas, entidades ou empresas, para, em conjunto, desenvolvermos. As parcerias são, para mim, fundamentais. 
Nem todas as actividades terão como objectivo o lucro pessoal, mas sim um objectivo maior, a mobilização e a capacitação dos cidadãos e entidades na defesa do património, com tudo o que de positivo isso pode representar a nível ambiental, cultural e/ou económico. A educação ambiental também irá entrar na equação, tal como já acontece há muitos anos, claro que, agora, de uma forma mais completa.
A primeira actividade irá ocorrer daqui a poucos dias, ou seja o I Congresso da Bolota de Sicó, através de uma parceria com a Câmara Municipal de Ansião. Nada mais me alegra do que começar deste modo esta aventura, com quem acredita nas minhas capacidades e competências e no território que fez de mim quem sou, Ansião. Que alegria!