24.7.20

Quando a cabeça não tem juízo, o rio Arunca é que paga...




Há umas semanas foi-me enviada uma dica, via redes sociais, sobre algo que tinha ocorrido no Rio Arunca, em Pombal, concretamente na sua margem direita. Não foi por acaso, já que quem enviou a dica sabia para quem estava a enviar esta informação. Agradeço desde já o envio da informação.
Indo directamente aos factos, há uma questão que se impõe, será que esta acção foi autorizada pela autoridade competente?
Já passaram uns dias desde que estas imagens foram registadas, tendo eu já visto outras relativas ao seguimento desta acção desenvolvida na margem do rio. Confesso que fico perplexo com a leviendade que algumas entidades públicas, sem competência na matéria, intervêm no território. É por estas e por outras que há largos anos defendo que qualquer autarca tivesse de ter uma formação obrigatória no domínio ambiental, não para que se tornasse especialista, mas sim para que soubessem que há especialistas nas mais variadas temáticas ambientais, nomeadamente a nível da hidrologia e afins, de forma a que, assim, não pudessem dizer, depois de intervenções desastradas, que não sabiam. Há especialistas, há informação q.b e mais informação à descrição, portanto não há desculpas para fazerem asneira!
Como curiosidade, foi naquele sector do Rio Arunca que há uns anitos fiz a componente prática do curso de monitor do projecto rios. Pena é que Pombal não viva para o rio Arunca, pois tinha muito a ganhar e aprender se o fizesse...

21.7.20

Já quase me esquecia de destacar isto...




Com tanto trabalho e poucas horas dormidas graças aos incêndios, acabei por me esquecer de destacar esta entrevista, na qual fui um dos entrevistados. Os meus parabéns pelo facto de se debater um assunto pertinente, actual e útil. As rádios locais podem e devem ter um papel muito importante para a sociedade. O serviço público é mais um dos serviços fundamentais que as rádios podem prestar à sociedade. Só tenho pena não poder ter ido a um estúdio onde há muitos anos estive tantas vezes com um amigo de infância, nessa altura radialista desta mesma rádio, a Vida Nova FM.

16.7.20

Não é natural morrer por querer andar de bicicleta!


Hoje, 16 de Julho de 2020, será um dia simbólico e que irá ficar na memória de muitos de nós. Hoje realiza-se uma manifestação a nível nacional, em memória de uma jovem que foi atropelada enquanto circulava de bicicleta, em Lisboa. Morreu depois de ter sido atropelada por um automobilista que, além do excesso de velocidade, passou um vermelho. É, infelizmente, apenas mais uma vítima de uma arma mortal, o carro, o qual já há muitas décadas se tornou uma perigosa arma com a nossa cumplicidade, dada a nossa tolerância para com tantos e tão graves abusos. Esta tolerância está bem expressa nas penas a que os criminosos são condenados, penas suspensas, coimas de uns 2 ou 3 mil euros e está feito. É esta a importância que damos à perda da vida de peões, ciclistas e outros utilizadores da via pública.
Falando nas bicicletas e nos seus utilizadores, estes ainda são vistos como uns coitadinhos, uns quaisquer que estorvam ao trânsito. É um estereótipo que ainda subsiste numa sociedade carrófila. A região de Sicó não é neste domínio excepção.
Eu sou um dos que já teve o azar de ser atropelado de bicicleta, sem culpa, por um automobilista apressado, e teve a sorte de sobreviver. Sou bastante sensível a esta questão, a mobilidade sustentável, em segurança. Todos nós temos o direito de optar pela bicicleta no nosso dia-a-dia e o direito de circular em segurança nas estradas. E não me venham com a conversa da treta de que só estorvamos, que devíamos ter seguro e pagar IUC, pois isso é conversa de ignorantes!
Respeitem todos os utilizadores da via, sejam eles peões, ciclistas, motards, camionistas, automobilistas e outros mais. Os números da sinistralidade rodoviária deviam envergonhar-nos a todos! Chega de mortes na estrada e chega de atropelamentos!!


11.7.20

Caros pombalenses, participem sff e defendam a paisagem cultural de Sicó!

"Aviso n.º 10295/2020

Sumário: Proposta de classificação da Área de Paisagem Protegida Regional | Terras de Sicó - discussão pública.

Proposta de Classificação da Área de Paisagem Protegida Regional | Terras de Sicó

Discussão Pública

Luís Diogo de Paiva Morão Alves Mateus, Presidente da Câmara Municipal de Pombal, torna público, nos termos e para os efeitos do disposto no n.º 3 do artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 142/2008, de 12 de Julho (Regime Jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade) na sua redacção actual, conjugado com o n.º 1 do artigo 101.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 4/2015, de 7 de Janeiro, que a Câmara Municipal de Pombal deliberou, por maioria, na sua reunião ordinária n.º 011/CMP/20, realizada no dia 24 de Abril de 2020, aprovar o tipo e delimitação geográfica da área protegida e os seus objectivos específicos, bem como a proposta do respectivo Regulamento de Gestão, referentes ao Projecto de Classificação da Área de Paisagem Protegida Regional | Terras de Sicó e determinar a abertura de um período de discussão pública, pelo período de 20 dias, a contar do 10.º dia seguinte ao da publicação do presente aviso no Diário da República, 2.ª série.

Os interessados poderão, durante esse período, proceder à formulação de sugestões, bem como à apresentação de reclamações e observações sobre quaisquer questões que possam ser consideradas no âmbito do respectivo processo de classificação da área protegida, encontrando-se a proposta final de classificação disponível para consulta, no portal do Município de Pombal, em www.cm-pombal.pt, na Divisão de Urbanismo, Planeamento e Reabilitação Urbana e na Unidade de Turismo, durante a hora de expediente todos os dias úteis.

Realizar-se-á ainda, uma sessão de apresentação pública dos documentos, em data e local a indicar, através do portal do Município.

As sugestões, observações ou informações, sobre quaisquer questões que possam ser consideradas no respectivo procedimento de classificação, poderão ser apresentadas, até ao termo do referido período, através de requerimento dirigido ao Presidente da Câmara, para a seguinte morada: Largo do Cardal, 3100-440 Pombal, ou para o endereço de correio electrónico: geral@cm-pombal.pt.

18 de Junho de 2020. - O Presidente da Câmara, Diogo Alves Mateus, Lic."



E eis que chegou a vossa oportunidade caros pombalenses. É a vossa oportunidade de dar a vossa opinião sobre o que eu considero um péssimo processo de classificação da paisagem de Sicó como paisagem protegida. É um processo que foi segredo durante longos meses e que vos ignorou até agora, que está quase tudo feito, e mal feito na minha opinião. Será pouco mais do que um pró forma, infelizmente.
A classificação desta paisagem é algo que eu e muitos outros desejamos e pugnamos há muitos anos, contudo não desta forma, pela mão de autarcas com duvidosa competência para gerir um dossier destes e pela mão de técnicas e técnicos sem conhecimento aprofundado da região de Sicó. Os documentos que foram elaborados corroboram o que eu digo, uma preocupante falta de preparação técnica, uma falta de base técnica para a sua classificação, uma busca muito redutora de trabalhos técnicos sobre a região, que ajudam a sustentar qualquer trabalho sobre Sicó. Imagens retiradas do google, sinal de trabalho de campo muuuuuito incipiente. Limites altamente discutíveis, à vontade dos autarcas e sem incluir sectores importantes da paisagem de Sicó. Muito por onde pegar e para criticar. E uma lição importante para quem é de fora e, alertado sobre erros básicos, ainda tem a ousadia que afirmar que eu denegri a imagem da empresa que elaborou a sistematização de uma sistematização. Criticar não é sinónimo de denegrir, criticar é apontar erros, ponto. Fugir aos factos mostra bem a fragilidade de um trabalho redutor, muito incompleto e de qualidade que deixa a desejar do ponto de vista técnico. Não terá sido por mero acaso aquele ambiente frio e nervoso no debate em Pombal.
Há umas semanas, e na apresentação deste projecto, no auditório da Biblioteca Municipal de Pombal, fomos poucos a marcar presença, muito poucos! Não deixem que a preguiça vos vença e, se gostam realmente da paisagem de Sicó, participem nesta discussão pública. O primeiro passo é lerem os documentos, enquanto que o segundo é escreverem o que acham do que consta nos documentos, falhas, erros e algo de fundamental, ou seja terem sido ignorados neste processo. Toca a participar!!!


6.7.20

E quando tentamos ajudar, fazem isto...



Há uns dias dei aqui conhecimento de uma situação no lugar do Alqueidão, em Ansião. Depois de fazer o tpc e tentar perceber não só os impactos daquela acção sobre aquele habitat, bem como todo o historial que levou aquela ilegalidade, tentei que a situação fosse resolvida a bem, seja a nível ambiental, seja a nível dos proprietários dos terrenos em redor, já que estava também em causa um acesso mais seguro. Teoricamente era fácil de resolver, contudo, e na prática mostrou-se impossível. Infelizmente não consegui. Infelizmente a situação sofreu um revés, já que o habitat em vez de ser recuperado foi literalmente arrasado, os muros de suporte ficaram ainda em pior estado e a segurança do caminho piorou. Quem cometeu esta atrocidade vai ter chatices, isso posso eu garantir! E depois de saber algumas coisas que se falaram nos bastidores, e que denotam uma iliteracia ambiental crónica, só desejo que a autoridade faça um bom trabalho e que o mandante da destruição de um habitat da Rede Natura 2000 seja devidamente responsabilizado. E mais não digo até novos desenvolvimentos...