27.2.20

reviv arap reL


Como já é meu hábito, volto à carga nos livros e nas leituras que podemos e devemos fazer. Ler é fundamental, seja por mero prazer seja para aprendizagem. Opções não faltam e nem o preço dos livros é obstáculo, já que as bibliotecas da nossa região possibilitam levarmos livros para casa por uns dias. Não há desculpas! Ler tem um potencial transformativo brutal, portanto quem quiser alargar horizontes, desenvolver espírito crítico, aprender e outras coisas mais, tem um bom remédio, ler, ler e ler!
A primeira sugestão vem com um autor bem conhecido de quem acompanha a ciência em Portugal, Carlos Fiolhais. É daquelas obras imperdíveis!


Descobri este por mero acaso e peguei logo nele, de forma a ver se acrescentada algo ao que já tinha na minha biblioteca. E acrescentava, portanto... Pequenas dicas, por vezes simples, mas que nos passam ao lado, são importantíssimas na hora de baixar a nossa pegada ecológica, a bem da casa que nos alberga, a Terra!


Já andava para caçar este livro há uns meses e não passou desta semama. Um para mim, outro para oferecer. Sabiam que não são obrigados a adoptar o "acordo" ortográfico? Isso mesmo, não são, portanto toca a boicotar livros ou publicações que padeçam do "acordo" ortográfico. Se a língua não evolui? Sim, evolui, contudo este "acordo" não é evolução, mas sim um tratado geopolítico feito à revelia dos portugueses, dos linguistas e da história de Portugal. Há que revogar este besteira que é o "acordo" ortográfico e não meter a ideologia na natural evolução da língua portuguesa.


Num Portugal onde a língua portuguesa anda doente, com o vírus do "acordo" ortográfico, nada melhor do que voltar relembrar o fundamental, a importância e a beleza da língua portuguesa saudável, daí a pertinência de "Assim nasceu a uma língua - sobre as origens do português".


Agora as revistas. Smart Cities, uma leitura obrigatória para quem, como eu, gosta de acompanhar a temática das cidades e vilas inteligentes. Informação pertinente e que pode ajudar a abrir horizontes neste domínio.


Agora um conjunto de publicações estrangeiras, as quais de vez em quando gosto de adquirir para sair da rotina e ver o que se passa lá por fora. Sair da rotina faz bem e estimula as ideias, portanto nada como ler noutras línguas que saibamos.
Terminando, o título deste comentário é "Ler para viver". Escrevi ao contrário para vos baralhar, no bom sentido. Veem como baralhar as ideias e sair da rotina vos faz pensar mais!

23.2.20

Como garantir que os "craques" não vão para outros "clubes"


Nestes últimos dias li um artigo numa revista internacional, sobre um tema que já andava a adiar, esperando a melhor altura para dissertar sobre o mesmo. Falo, claro, da perda de população, a qual tem sido a regra na região, mesmo em municípios como Ansião, o qual, e para todos os efeitos, tem tido um desenvolvimento minimamente aceitável em termos económicos nos últimos anos.
Pretendo com este comentário abordar não tanto a perda de sicoenses, enquanto residentes, mas sim a perda de sicoenses altamente qualificados, caso de licenciados, mestres ou doutorados. Não pretendo menorizar de forma alguma quem não tem estas qualificações, mas sim focar o facto de ser fundamental captarmos estes jovens altamente qualificados, os quais podem fazer toda a diferença em termos de dinamismo nas mais variadas áreas, com um retorno económico fundamental para a região de Sicó nos próximos anos. 
O que acontece já há muitos anos é que os jovens saem para estudar nas capitais regionais, caso de Coimbra ou Leiria, e noutras cidades como Lisboa, Porto ou outras mais. E o facto é que muitos destes jovens, acabando os respectivos cursos, não voltam para a sua terra. Ficam sim ou onde estudaram, já que o emprego e as oportunidades são outras, ou vão para outras paragens. Com isto perde-se um valor fundamental e perpectua-se um cenário pouco favorável.
Como se combate este esvair de cérebros? Com medidas específicas, pensadas objectivamente para estes casos. Cada caso é um caso e cada caso pode fazer muita diferença para a região, já que são estes jovens que têm a capacidade de trazer mais valias essenciais para o dinamismo da região. Está na hora de as autarquias, e não só, criarem pacotes de apoio a estes jovens, sabendo que um investimento/apoio de poucos milhares de euros, podem resultar em dezenas de milhar de euros para a economia local e em novas formas de dinamização económica, social e cultural.
Fazendo uma declaração de interesses, eu sou um dos que se enquadra neste conjunto de jovens, embora já não seja propriamente jovem. Não basta gostarmos da nossa terra e termos o coração na nossa terra, é preciso que haja visão para nos fazer regressar e/ou manter na nossa terra. Por isto e por muito mais, fica o desafio para que nos consigam fazer regressar à nossa terra, onde ficou o nosso coração.


18.2.20

Factos muito interessantes para reflectir!


Há uns dias deparei-me com algo numa rede social, que me chamou à atenção. Esta imagem (texto) pode parecer inocente aos olhos mais desatentos, contudo não é, muito pelo contrário. Trata-se de um texto em que, de forma implícita, consta um processo de decisão individual, onde, na equação maior que é decidir onde viver, entra um transporte público, neste caso o Pombus. Processos de decisão como este moldam o espaço urbano, daí serem uma das ferramentas úteis no âmbito do planeamento urbano e da mobilidade.
Ainda há pouco tempo desafiei uma jornalista a desenvolver esta temática, embora aplicada a espaços rurais. A temática da mobilidade e do planeamento urbano tem várias escalas temporais e espaciais, portanto que tal debatermos esta temática entretanto?!

9.2.20

O azinheiragate faz 12 anos!


Foi há 12 anos que criei o blogue azinheiragate, depois de sentir a necessidade imperiosa de ter um espaço próprio de denúncia e tendo em conta o que à altura se passava em Alvaiázere. Nessa altura eu não era conhecido como sou nem tinha o conhecimento, as influências, os contactos e o traquejo que fui ganhando desde então. Assim sendo, foi uma forma de eu ter voz própria e de ultrapassar as dificuldades que tinha em termos de chegar a tantas pessoas e a jornalistas vários. Foi uma forma de mostrar quem mentia e quem é que escondia factos fundamentais em termos ambientais. 
Apesar de na criação do blogue azinheiragate ter estado uma situação específica, caso do abate ilegal de azinheiras, no espaço de poucas semanas compreendi que a minha missão seria mesmo o património da região de Sicó, sendo que após algumas semanas comecei naturalmente a alargar o âmbito do azinheiragate a Ansião, Pombal, Soure e Penela, mas apenas sobre o carso e a área afecta ao mesmo.
Mas vamos às curiosidades. Até a este comentário, inclusivé, foram publicados cerca de 975 comentários no azinheiragate. A minha filosofia é simples, reflectir sobre os factos, sendo que para isso não me interessa publicar todos os dias, mas sim publicar e ter o comentário ali em primeiro plano durante 3 a 5 dias, perfazendo 7 comentários por mês e sabendo que o primeiro "comentário" é a tira dos gralhos, que já vai com 115 tiras, ou seja 115 meses. Mais recente são os esporádicos pensamentos do carvalho.
Mas voltando aos comentários em si, o comentário com maior número de visualizações é "Chão de Couce está de luto: crónica de um atentado à identidade local", com cerca de 14106 visualizações (conta apenas um IP por 24 horas, ou seja sem batota). Este ano o azinheiragate ultrapassará a barreira das 500000 visualizações, número que, para mim, é colossal tendo em conta a reduzida cadência de comentários e o facto de ser um blogue que trata de ambiente e património (se fosse de futebol teria milhões de visualizações...).
Voltando ao top de comentários, no top 10 de sempre, constam 7 episódios dos Gralhos, algo que confesso que não esperava. Ver que um episódio dos gralhos consegue chegar a quase 7000 pessoas é obra.
O período em que o azinheiragate teve mais visualizações foi entre Dezembro de 2016 e Setembro de 2017, com visualizações sempre superiores a 5 dígitos. O mês que mais visualizações obteve foi Janeiro de 2017, com 23813 visualizações. Ao ressabiado que há 2 anos tentava gozar comigo, por causa do azinheiragate (que o irritava tanto...), e que me perguntava se o blogue tinha 20 visualizações por dia, tem aqui os números. Agora é continuar a engolir sapos e a se preparar para o que aí vem...
Durante estes 12 anos tive muitas surpresas, desde boas a más. Começando pelas más, as ameaças, umas que consegui identificar os autores, outras que não consegui identificar. Seguindo-se as boas, tive apenas uma queixa sobre um comentário durante estes 12 anos. Conseguem imaginar quem foi? Sim, foi mesmo ele. Fez queixa de mim às autoridades, mas não lhe foi dada razão. As autoridades deram-me razão, na medida em que tudo o que disse foi devidamente fundamentado e dentro dos limites permitidos pela lei. Uma bofetada de luva branca. Só gostava de ter visto a cara dele quando teve de pagar as custas judiciais :-D Para festejar a efeméride, vou-lhe endereçar um pedido de amizade no facebook.
Mais boas surpresas. Desde alunos de escolas que viram neste blogue uma fonte de informação e inspiração até um professor universitário espanhol que entrou em contacto comigo para solicitar informação sobre fósseis de Sicó, não faltaram surpresas como estas.
Durante estes 12 anos, e de forma a alimentar o blogue, fui levado a investir em mais e melhor conhecimento, facto que me levou a saber cada vez mais sobre mais assuntos e me tornou mais conhecedor. Conheci, através do blogue, mais amigos do património, dentro e fora de Sicó, e construí uma rede de contactos muito boa. Também a nível de imprensa consegui fazer pontes e o azinheiragate é mais uma fonte de informação e de interesse a novas reportagens sobre o património de Sicó. Aos jornalistas que conheço o meu muito obrigado pelo contínuo interesse no património de Sicó e sobre muito do que aqui se passa.
O comentário já vai longo e muito tinha mais para dizer, mas, e para já, fico-me por aqui e para o ano haverá mais para dizer!