28.1.21

Será que algum antigo sabe a história desta...


Já por várias vezes pensei em trazer aqui esta imagem, de forma a tentar descobrir a história por detrás desta figura desenhada/trabalhada numa laje calcária, na Serra da Portela. Não tinha trazido até agora por um motivo muito simples, ou seja não sabia onde tinha afinal esta fotografia. Ontem quis o destino que a descobrisse por mero acaso, enquanto procurava por outras imagens. Pode parecer fácil pensarmos que sabemos onde estão todas as nossas fotografias, contudo quando temos dezenas de milhar de fotografias, algumas mal organizadas e em vários discos externos, a tarefa ganha contornos de dificuldade inesperada. 

Indo directo à questão, o meu intuito é o de tentar descobrir quem fez este desenho na laje calcária e perceber a história associada à mesma. O desenho terá algumas décadas.

Conheço este desenho há coisa de uma década, quando amigos do Grupo Protecção Sicó me levaram ao local, o qual não irei divulgar. Posso dizer apenas que se situa na Serra da Portela, Pousaflores, e que dificilmente a encontrarão.

Vamos então tentar descobrir o quem, o como e o porquê? Amigos de Pousaflores, a bola está do vosso lado...

24.1.21

Sai mais uma dose de arqueologia!

 


Fonte: https://arqueologia.patrimoniocultural.pt/index.php?sid=sitios&subsid=56505&fbclid=IwAR1hvD9VlA_zuEXy9bNUPIy2u2TymQAOdEIqEwqROBLttTH0QjDdcaBUvnE


Fonte: https://arqueologia.patrimoniocultural.pt/index.php?sid=sitios&subsid=56505&fbclid=IwAR1hvD9VlA_zuEXy9bNUPIy2u2TymQAOdEIqEwqROBLttTH0QjDdcaBUvnE

E continuo com o tema da arqueologia, aproveitando o balanço propiciado pelo último comentário. A propósito deste último comentário, o qual publicitava um seminário sobre arqueologia, foi uma honra ser convidado para falar neste evento sobre parte de Sicó e do seu património. Foi também fantástico partilhar informação e aprender mais umas "coisas" com outros investigadores de outras áreas, uns já meus conhecidos, outros nem por isso. Todos eles mostraram que é um prazer investigar em Sicó, haja verba para isso...
Mas indo ao que me traz a este comentário, hoje quero partilhar algo que muitos ansianenses, e não só, desconhecem, mesmo pessoal de Pousaflores. Tratam-se de dois povoamentos arqueológicos, um na Serra do Castelo, outro na vertente Norte da Serra da Portela. Se pesquisarem a carta militar poderão perceber o porquê dos topónimos "Castelo". Nada é por acaso...
Na primeira imagem consta um print da informação sobre o Castro (povoamento arqueológico) da Serra do Castelo, referenciado pelos arqueólogos como Castelo de Pousaflores, e outro sobre o Castro da Serra da Portela, referenciado pelos arqueólogos como Castelo da Serra do Mouro.
Aproveitem para consultar a informação respectiva sobre os mesmos, disponível através dos links que constam logo abaixo de cada uma das imagens.
Já agora um extra. Há 5 anos um amigo meu deu uma ajuda na hora de tentar visualizar lá do alto o Castro da Serra da Portela, cuja visualização é dificílima, graças aos carrascos que tapam quase tudo.
Como podem ver, há muito património por ali, este esquecido. Espero que os que desconheciam estes dois povoamentos arqueológicos tenham agora mais um motivo de orgulho!

17.1.21

Reduzir o risco de cheias e inundações urbanas na Vila de Ansião



Este é um daqueles comentários que só alguns vão perceber no essencial, já que envolve questões técnicas e um conhecimento específico. Trata-se de um comentário que se ainda estiver disponível online daqui a 40 anos, será alvo de comentários tipo: “ele já tinha avisado há 40 anos...”.

Quando falamos em ordenamento do território, falamos em ordenar e gerir o território. Isso faz-se tendo em conta o antes, o agora e o futuro. É complexo, eu sei bem, contudo é daquelas matérias onde não pode haver atalhos. Se os houver eles pagam-se caro, mais tarde ou mais cedo...

Já tinha este exemplo em mente há muito tempo, contudo há sempre algo a falar e acabo por ir adiando.

Quem é de Ansião concerteza chegará rapidamente à conclusão de onde é afinal este local. Trata-se do mercado municipal de Ansião. Falo deste local por dois motivos, o primeiro é o de que se trata de um local a precisar de obras há muitos anos. Não são condições aceitáveis para os vendedores terem as suas mercadorias à venda especialmente no Outono e no Inverno. O segundo é que as necessárias obras deverão ter em conta um aspecto crucial, ou seja o facto de existir ali uma linha de água e a impermeabilização actual e futura ter consequências nefastas.

Defendo que uma futura remodelação do mercado municipal tenha em conta esta questão basilar, haver ali uma linha de água. E não é restringindo a linha de água a umas manilhas que o problema ficará mitigado. Há um outro exemplo já ocorrido, com consequências negativas, que mostra o erro que é tentar domar as linhas de água. Falo, claro, da urbanização situada ao pé da escola. Se descerem a rua, pelo lado da biblioteca de Ansião, veem essa mesma urbanização do vosso lado esquerdo. Foi feita transversalmente ao pequeno vale, barrando em boa medida a linha de água, facto que alguns dos moradores sentiram nas suas garagens...

Mas voltando ao Mercado Municipal de Ansião, e vendo as duas imagens que acompanham este comentário, podem ver, à superfície, a linha de água. E mesmo não tendo água à superfície a maior parte do tempo, ela está lá 365 dias por ano!

Já propus, formal e informalmente, a dois dos executivos que ponderassem esta questão, aquando de eventuais obras de requalificação do mercado municipal de Ansião.  Isso passaria por uma obra em que ocorresse uma renaturalização do sector afecto à linha de água. É algo para ser trabalhado por uma equipa multidisciplinar, e não apenas por engenheiros e arquitectos.

Preocupa-me imaginar todo aquele sector impermeabilizado. E sejamos honestos, a probabilidade é muito elevada, seja a jusante dali, já que o terreno situado ao lado do quartel dos bombeiros será para construir nos próximos anos, seja a montante, com a expectável urbanização do sector a montante do mercado municipal. Um corredor verde seria o ideal, garantindo a não edificação naquele sector susceptível a cheias e inundações urbanas. São decisões difíceis, é certo, mas afinal o que é mais importante, o interesse privado de alguns ou o interesse público, que é de todos nós?

Daqui a uns tempos voltarei a este assunto, para já fica este meu comentário, de reflexão...


12.1.21

Jóias de Sicó em destaque na National Geographic!



Já sabia da novidade há vários dias, contudo, e após ter visto que no quiosque onde costumo comprar a National Geographic o exemplar disponível estava com uma página vincada, tive de adiar a compra de mais uma edição especial desta revista mítica. Antes de adquirir o meu exemplar, vi que a novidade estava a chegar aos ouvidos dos ansianenses, e já depois de adquirir o meu exemplar, voltei a ouvir as boas novas, ambas num grupo do facebook de Ansião, onde tanto se tem falado de património nos últimos meses. 

Contudo não é apenas Ansião que me interessa, mas sim toda a região e património de Sicó. 

Quais as novidades? Bem, o tema são as jóias do passado em Portugal. E esta edição especial da National Geographic focou duas das jóias de Sicó, Conímbriga e as suas belas ruínas e o belo Complexo Monumental de Santiago da Guarda, Ansião.

É pouco? Não, muito pelo contrário, é muita visibilidade, a qual deveremos aproveitar, pensando que depois da tempestade virá a bonança. E para a nossa auto-estima, estas novidades são um mimo que bem precisávamos enquanto sicoenses!

6.1.21

Infelizmente é a excepção...



Durante o dia é difícil conseguir tirar uma fotografia destas, sem carros estacionados ou parados por ali, no passeio. Podia ter tirado uma fotografia com o passeio cheio de carros, irritando com isso os prevaricadores (não me afecta nem me inibe!), contudo preferi tirar uma fotografia sem carros no passeio, de forma a que o impacto visual seja maior quando ali passarem e se depararem com carros no vosso caminho.

É um mal necessário. Falo, claro, dos pilaretes, aqueles que desapareceram ou foram retirados. Eram e são a única forma de impedir o abuso de tantos automobilistas. E esses automobilistas são nossos conhecidos... Eu não tenho problema em confrontá-los, contudo, e mais uma vez, sou uma excepção à regra, já que a grande maioria acaba por, de facto, tolerar esta pouca vergonha, mesmo apesar de publicamente dizer que é uma vergonha. Ficam quietinhos no seu cantinho a continuam a tolerar algo que tem de ser combatido, ou seja combater a invasão do espaço pedonal por parte de veículos vários. E não há mas, nem desculpas esfarrapadas, nem piscas ligados para desculpar uma infracção que se tornou um cancro dos centros urbanos.

aqui abordei esta temática e também no caso de Ansião. Já confrontei pessoas que tristemente ainda tentaram fazer de uma vergonha uma virtude e algo de socialmente aceitável. Não é! Continuarei a falar desta temática até que ela exista, já que é lesiva para todos nós. É uma vergonha tanta gente estacionar no passeio e invadir o espaço pedonal, é uma vergonha tanta preguiça, tanto comodismo e tanta recusa em estacionar devidamente o carro e andar 300 ou 400 metros. Quando se questionarem o que nos diferencia dos países mais desenvolvidos, lembrem-se que é esta mentalidade e esta atitude do "que se lixe",  do "que não há problema", do "que ninguém multa" que nos diferencia, para pior, dos mais desenvolvidos. No caso ansianense, que conheço por demais, não consigo perceber como é que há gente que vive a 1 km do trabalho e pega no carro para ir trabalhar, dia após dia, estacionando tantas vezes em cima do passeio, ou até estacionando indevidamente no l ugar para deficientes. Não concebem andar a pé ou de bicicleta na ida para o trabalho, já que isso, para eles e para elas, é sinal de gente pobre e de suposta falta de reconhecimento social. Triste...