26.11.22

Resmas de artigos na imprensa local!

Um dos privilégios que tenho pelo facto de fazer parte do associativismo de Sicó, e não só, é ter a oportunidade de escrever sobre o que mais gosto em jornais vários. Outro dia deparei-me com alguns dos textos que tenho escrito nos últimos anos no Jornal O Alvaiazerense, através da Al-Baiaz - Associação de Defesa do Património. Esta notável associação está a fazer 25 anos, marca assinalável de longevidade. Contudo é sempre bom sugerir que se façam asscociados desta e/ou outras associações locais ou regionais, como por exemplo o Grupo Protecção Sicó.

A Al-Baiaz tem um espólio extraordinário e a vários níveis, dado eu destaque às várias publicações, algumas delas recentes. Uma delas está em destaque no comentário anterior e a outra podem ver aqui e adquirir através desta associação.

Mas voltando atrás, achei que seria interessante partilhar aqui este conjunto de textos, os quais serão mais tarde disponibilizados com todos os outros, de outros autores, num site da Associação que está a ser preparado.











 

21.11.22

Um vício muito positivo!



Passaram poucas semanas desde a última vez que falei novamente de uma das minhas paixões, vício e gosto, os livros. Tendo em conta as novidades na minha biblioteca, nada melhor do que vos falar das mesmas e, assim, vos tentar puxar para a leitura e para as leituras de temas úteis e interessantes. Nada de ler para encher chouriços!
Inicio com o livro mais recente, que resulta de um aniversário muito especial, da Associação Al-Baiaz - Associação de Defesa do Património, da qual faço honrosamente parte, seja enquanto associado, seja enquanto membro dos Orgãos Sociais. Tem um resumo do que foram estes primeiros 25 anos de Associação. Quem estiver interessado na sua aquisição é só avisar, que eu faço os contactos.




Este segundo livro descobri por mero acaso, como aliás é comum para quem costuma fazer rondas a livrarias e a alfarrabistas. Trata-se de uma perspectiva que considero muito interessante para analisar, daí o ter trazido comigo. Claro que é escrito em bom português.
Segue-se um pequeno livro que diz muito de quem gosta, de facto, de livros. É uma espécie de religião, contudo esta útil e que aborda algo real, sem desacordo ortográfico à mistura.

Segue-se uma questão muito, mas muito importante, a qual a guerra na Ucrânia, devido à invasão criminosa russa, veio mais uma vez trazer à tona. Diria que é um livro estruturante para compreender factos que de outra forma não são bem percepcionados, em bom português, claro.


O Atlas Mundial da Água é um resumo muito bom de um dos recursos mais valiosos de todos, mais do que o ouro ou petróleo, já que sem água não existimos, tão simples quanto isto. É uma obra boa para mostrar a questão no seu todo de uma forma clara e concisa, sem desacordo ortográfico!


Os direitos humanos e habitação são uma questão que por vezes se fala na comunicação social, contudo é pouco falada entre nós, cidadãos, no nosso dia-a-dia. Não pensei duas vezes quando me deparei com esta interessante obra, a qual colmata uma falha da minha biblioteca, agora preenchida. Sim, é sem desacordo ortográfico, em bom português.


Finalizo com uma revista excepcional que já aqui tinha falado. Não resisti a uma campanha de descontos sobre números antigos e mandei vir todos os números que estavam disponíveis do Reino Unido. Ficam a faltar 3 números, os quais espero no futuro conseguir adquirir. Acreditem, é uma revista daquelas fenomenais!
Ou seja, tenho muito por ler nos próximos tempos. Tenho livros há alguns anos que ainda não consegui ler, mas lá chegará!




 

12.11.22

Sicó vai estar representada com dois "embaixadores"!

Dou conta deste evento por vários motivos, entre os quais o evento em causa envolver dois sicoenses envolvidos nesta temática, seja eu através da Plataforma Contra os Herbicidas - Sicó, seja o Emanuel Rocha, dos Amigos do Arunca

Vale o que vale, mas é sinal que trabalhamos em prol de um mundo melhor e mais saudável! E temos visibilidade!! E numa nota pessoal, a Plataforma Contra os Herbicidas - Sicó vai fazendo o seu papel, educar neste domínio. Se puderem assistam e envolvam-se, pois além de ser importante, não custa nada!



8.11.22

Mais parece discurso de promotor imobiliário...


Confesso que não é nada que não estivesse à espera, contudo acho lamentável em vez de ouvir um verdadeiro discurso de autarca, ouvir um discurso que mais parece o discurso de um promotor imobiliário. Há 2 décadas que o poder político em Alvaiázere cultiva esta lenga lenga de que a Rede Natura 2000 é factor que limita o desenvolvimento de Alvaiázere. Diria numa primeira análise, que o único factor que tem limitado o desenvolvimento de Alvaiázere é apenas e só uma visão redutora e ultrapassada do que é afinal desenvolvimento territorial. A visão deste autarca não concebe mais nada que não a visão que ele tem do território. Não concebe todo um mundo que está além da sua curta e limitada visão das potencialidades e valores deste território muito especial, as quais eu já tenho vindo a apontar há uns 17 anos. Construir zonas industriais dentro de um território com tamanhos valores naturais não é desenvolvimento, é sim uma crónica mentalidade estereotipada e uma notável inabilidade para governar/potenciar um território extraordinário. 
A Rede Natura 2000 não é nenhum entrave para o desenvolvimento deste território, é sim uma mais-valia que este autarca não tem habilidade para gerir e potenciar. Projectos que não vão de acordo com a sua visão muito redutora das riquezas patrimoniais daquele território são pura e simplesmente ignorados, mesmo que sejam projectos reconhecidos e de reconhecido potencial para Alvaiázere. 
Confesso que me fartei de rir com o populismo deste autarca quando ele refere que "temos mais 50% do nosso concelho em Rede Natura e ninguém gosta mais dela do que nós". Dito por quem tem sido das pessoas que mais tem desprezado quem, de facto, gosta e pugna por carolice pela RN2000, também no território de Alvaiázere. Alguém que ainda há 15 anos, aquando do atentado das azinheiras, na Serra de Ariques, esteve ao lado de quem mandou abrir um estradão ilegal em pleno habitat da RN2000, abatendo milhares de azinheiras em plena RN2000 e alegadamente difamou quem denunciou as ilegalidades. O tempo mostra quem é quem. O tempo não esquece...
Nesta entrevista ao Jornal Terras de Sicó este autarca tenta gerir bem as palavras, contudo não esconde ao que vem, que é poder construir dentro da RN2000, destruindo mais valores naturais e riquezas patrimoniais. Aliás a sua família política tem uma forte tradição nesse domínio, tal a quantidade de ilegalidades ocorridas nas últimas décadas, seja abertura ilegal de várioestradões, abate de azinheiras, carvalhos e afins. E tentativas de expropriar de forma alegadamente abusiva terrenos privados para construção de uma zona industrial (abatendo com isso dezenas de sobreiros e carvalhos centenários, além de azinheiras). É público, não estou a inventar nada, são factos!
Em vez de planear o território, tenta a política da vitimização para se desculpar pela fraca dinamização do território e falta de inovação territorial. O que interessa para este autarca parece ser desarmar a RN2000 para... poder construir zonas industriais. Estranho é este autarca falar dos 50 % de RN2000 e não falar dos outros 50% que não são RN2000. Será que fora da RN2000 não há área para zonas industriais ou isso não lhe interessa? Fica a pertinente questão. Não tem mostrado algo de essencial, ouvir todos e definir uma estratégia para potenciar o território e as suas riquezas naturais e patrimoniais. Será que não concebe deixar os seus "ódios de estimação" e ouvir quem sabe da coisa, independentemente de gostar ou não da pessoa? Omite que dentro das áreas urbanas, seja de nível I, II ou III, dá para fazer muita coisa que potencie a dinâmica territorial, já que o que é realmente importante para Alvaiázere é mesmo potenciar as suas riquezas e não construir pavilhões gigantes no meio de casas só para dizer que tem fábricas. No Rego da Murta está um dos piores exemplos de como as coisas não devem ser feitas, contra as populações e prejudicando as mesmas. Elas vão embora por algum motivo...
Não é também por acaso que o processo de classificação da paisagem de Sicó ficou em águas de bacalhau. Era mais um entrave para este e outros autarcas, que não concebem o mundo além da sua visão redutora do território. E o problema não é não saberem, mas sim não quererem saber.
Afirmar que a RN 2000 limita o desenvolvimento de Alvaiázere é, além de uma cabal prova de falta de competência para gerir um território tão valioso em termos ambientais, um sinal de uma visão demasiado redutora deste território, o qual era suposto este autarca conhecer a fundo, sem tabus e ideologias a toldar o discernimento. E nem se pode queixar de que não há pessoal jovem no concelho ou perto dele. Perde Alvaiázere, perdem os alvaiazerenses, que continuarão a ser menos com esta política completamente desajustada à realidade e ao valor territorial, e perde o imenso, repito, imenso património que deveria ser a base do desenvolvimento territorial. Quando a falta de competência para gerir o território e o preconceito e estereótipo ideológico imperam, pouco mais há a dizer. É mesmo um problema cultural estrutural que tem de ser ultrapassado também em Alvaiázere.
Eu aqui estarei para divulgar o património de Alvaiázere, natural ou não, e denunciar quem o degrada ou destrói. Já o faço activamente há 17 anos pro bono. E até já um curso de empreendorismo fiz em Alvaiázere. Eu não ligo a preconceitos e estereótipos, trabalhando seja com quem for que queira trabalhar em prol do excepcional património deste belo território que engloba também Alvaiázere.