28.1.19

Será que o Serras de Ansião sabe falar de ciência?


Fonte: Nº 343 do Jornal Serras de Ansião (excerto)

Gosto bastante de falar sobre a imprensa regional e pugno, de facto, pelo apoio à imprensa local. Contudo o meu apoio só é efectivo quando se trata de imprensa local competente, isenta e baseada na ética jornalística. E, claro, só apoio a imprensa local que não tenha adoptado o lixo do desacordo ortográfico (na edição em causa deram um belo tiro no pé...). Não recomendo, portanto o Jornal Serras de Ansião, já que, na minha opinião, deixou de ser um Jornal competente o suficiente, isento e sustentado numa ética basilar, culpa, na minha opinião, do seu director. Para mim é apenas uma ferramenta política e pouco mais, dado o percurso que tem feito nos últimos anos. Basta ver os detentores do capital deste jornal para perceber esta questão... 
Há muitos anos ainda lia o Jornal Serras de Ansião, pois além de não estar tão politizado, fazia umas belas reportagens de investigação sobre vários temas. Depois começou a ser muito poupadinho nessa questão e, depois, adoptou o desacordo ortográfico. O seu director seguiu a (i)lógica de começar a casa pelo telhado, sendo, para mim, o grande responsável pelos erros cometidos pelo Serras de Ansião, facto já por aqui referenciado.
Mas vamos ao que interessa. De vez em quando avisam-me de algum pormenor que pode eventualmente ser de interesse para mim e, excepcionalmente, vou ver. 
Na página nº 7 da actual edição deste jornal, consta uma nota sobre mais uma importante descoberta (entre outras) de uma espeleóloga sobejamente conhecida, a Sofia Reboleira, a qual tem feito um percurso e descobertas notáveis nos últimos anos. Desta vez tratou-se de mais uma descoberta associada à região de Sicó. Até aqui tudo bem, contudo o Serras de Ansião mostra que, com esta notícia, fica muito aquém na hora de saber informar sobre questões científicas. Não é desta forma que se comunica ciência meus caros, portanto há que trabalhar muito bem esta questão. O texto deixa muito a desejar, com uma linguagem desajustada, pouco pedagógica e com imprecisões graves (e já agora, sem imagem ou desenho do espécime...). Fazer notícias com base em notícias dá nisto. Para comunicar ciência há que trabalhar bem a questão, seja nas fontes, seja na forma de transmitir os factos. Pegando no título deste comentário, que fui "roubar" ao blogue "DE RERUM NATURA", fica a sugestão ao Serras de Ansião para que invista na hora de saber comunicar ciência, já que pior do que não comunicar ciência é mesmo não saber comunicar ciência.
E ainda dou uma sugestão ao Serras de Ansião que pode ajudar a ultrapassar esta falha grave. Pode tentar entrevistar o Prof. António Piedade, da Universidade de Coimbra, que é um notável comunicador de ciência, com vários artigos e livros publicados nesta temática muito particular que é a de bem comunicar ciência.


23.1.19

Como não incentivar a reciclagem...


Deparei-me com este cenário em Pombal há uns dias e, obviamente, tive de registar o facto para agora falar um bocado sobre esta questão. Sendo eu alguém muito ligado à temática da separação de resíduos, tão presente nas minhas acções de educação ambiental, uma das coisas que mais me incomoda é ver coisas como se pode observar na imagem. Caixotes do lixo à frente dos ecopontos...
Não são assim tantas as pessoas que fazem questão de separar todos os resíduos recicláveis que produzem no seu dia-a-dia. Destas, faz-lhes pouca diferença o que se vê na imagem que acompanha este comentário. Para todas as outras, o que importa é mesmo chegar ali e meter tudo no caixote do lixo. Algumas até fazem questão de manter a tampa aberta, pois são chiques demais para se poderem sujar ao abrir a tampa. 
Mas vamos ao que interessa, será que caixotes do lixo situados à frente de ecopontos são sequer uma opção? Será que isto é pedagógico? Será que isto motiva o pessoal a colocar os resíduos nos ecopontos? Não, não e não!
Caixotes do lixo de um lado e ecopontos do outro, nada de confusões! A dica para que as boas práticas sejam postas no terreno está dada...

18.1.19

Se o Marquês de Pombal visse o estado de degradação da sua praça...


A Praça Marquês de Pombal é um local muito bom para visitar e desfrutar, já que se trata de uma praça histórica, com vários pontos de interesse, caso do Celeiro, da Igreja e do Museu ali situados. Contudo há um grande senão, ou seja o evidente abandono daquela praça, tal como qualquer visitante ou turista pode constatar ao chegar ali. É impressionante ver a área de lajes todas estilhaçadas. Não se trata apenas de uma pequena área, mas sim da maior parte! É uma decepção ver um local como este tratado desta forma. Como é possível que se permita o trânsito naquela praça? Para quando a coragem e a visão que possibilite a interdição ao trânsito de várias ruas do centro histórico? 
Só tive pena de não ter conseguido antecipar a saída de um jipe dali, que estava estacionado uns metros abaixo do Celeiro do Marquês de Pombal, pois o som de "tlim, tlim, tlim" das lajes partidas era arrepiante para quem, como eu aprecia centros históricos.


Não sei exactamente há quanto tempo esta praça está nestas condições, contudo é óbvio que acontece já há algum tempo. Tenho a ideia que quando tirei o curso de Monitor do Projecto Rios (2009), ali mesmo ao lado, já havia muita laje estilhaçada. Porque não se interdita o trânsito nesta praça e ruas adjacentes? Porque não se priveligia o trânsito de peões e bicicletas (inclusivamente bicicletas de carga, não vão os comerciantes dizer que não há alternativas ao transporte de mercadorias no centro histórico). E não, interditar o trânsito automóvel não é prejudicar o comércio local, mas sim potenciar o mesmo, obviamente com uma estratégia bem pensada.
O que pensará um turista ao se deparar com este cenário? O que pensará um turista ao percorrer as ruas adjacentes e ter de se desviar dos carros numa zona privilegiada para os peões?
Estive sentado naquela praça largos minutos e só vi pessoas dentro de carros. Apenas duas pessoas andavam naquela praça a pé, algo que dá que pensar... Fiquei com vergonha de ter mostrado esta praça a um turista, que obviamente ficou com uma imagem negativa de Pombal. Fica a dica...


10.1.19

O típico chico-espertismo no Largo do Cardal...


Se há coisa que detesto é ver o chico-espertismo tuga, seja ele onde for. Há uns dias, enquanto andava a desfrutar do belo passeio em Pombal, em modo penantes, deparei-me com algo que resulta da acção de algum chico-esperto ali no Largo do Cardal, em Pombal. Resumindo, um qualquer cromo achou que chegar um vaso para o lado, de forma a permitir a entrada e estacionamento dos popós no passeio, era uma boa ideia. Aqueles vasos têm duas funções, uma a de embelezar o largo, outra de balizar o trânsito, impedindo que o pessoal abuse. Infelizmente há quem não goste de regras e ache que o seu comodismo se pode sobrepor ao usufruto do passeio pelos peões. Espero que aquele vaso seja rapidamente (re)posto no sítio, de forma a impedir que a falta de civismo de alguns cromos se sobreponha à qualidade de vida de todos nós. E se puderem tornar os vasos mais pesados melhor...
Espero com este comentário que a Câmara Municipal de Pombal ponha ordem no Largo do Cardal, um dos principais cartões de visita de Pombal. Aquele largo não pode ser um estacionamento como actualmente é, mas sim uma área exclusivamente pedonal! E onde ainda passam carros, que tal tornar vias exclusivas para bicicletas? Chega de abusos, de falta de civismo e comodismo dos senhores condutores!


6.1.19

Que pedagogia é esta? É este o exemplo que querem dar aos miúdos?!



Ia a passar à frente da escola secundária de Pombal quando reparei em algo que me fez comichão nos neurónios. Precisamente ao lado da porta de entrada desta escola, por onde passam centenas de alunos e alunas, em busca de conhecimento e educação, eis que encontramos um cinzeiro. É mesmo este o exemplo que querem dar aos miúdos que estão numa fase da vida crucial em termos pedagógicos e não só? O que tem a Associação de Pais a dizer sobre isto? E a comunidade?
A escola é um dos locais mais sagrados, onde os bons exemplos devem estar em destaque e ser cultivados e os maus exemplos devem ser evitados, contudo alguém se lembrou que colocar um cinzeiro à entrada de uma escola era um bom exemplo para os miúdos. Santa ignorância...