De volta de mais uma viagem que não esquecerei, trago agora ao vosso conhecimento um exemplo de uma situação que ilustra na perfeição a "nossa" falta de atenção para profissões que são uma mais valia em termos de importância patrimonial. À medida que os artesãos desaparecem levam consigo a arte que lhes trouxe reconhecimento pessoal e que traz reconhecimento à área onde exercem a sua profissão.
Decidi trazer-vos este exemplo antes mesmo de fazer o tal comentário de reflexão sobre a região de sicó. Considero que é pertinente esperar alguns dias enquanto não "aterro" desta viagem que me levou a três países, sendo que em dois deles apresentei os resultados de uma investigação que fiz entre 2006 e 2008 sobre uma área que compreende parte de Ansião e parte de Alvaiázere e alguns dos seus valores.
Decidi trazer-vos este exemplo antes mesmo de fazer o tal comentário de reflexão sobre a região de sicó. Considero que é pertinente esperar alguns dias enquanto não "aterro" desta viagem que me levou a três países, sendo que em dois deles apresentei os resultados de uma investigação que fiz entre 2006 e 2008 sobre uma área que compreende parte de Ansião e parte de Alvaiázere e alguns dos seus valores.
Conheço vários exemplos como este um pouco por toda a região de Sicó, todos eles têm um facto em comum, as entidades locais de desenvolvimento (pelo menos no nome) não prestam a devida atenção a um recurso que pode representar mais valias culturais e económicas numa região rica em bons exemplos, mas ao mesmo tento rica em maus exemplos na falta de apoio de quem de direito. Mais importante do que dizer onde se localizam é o de referir a existência dos mesmos, infelizmente são poucas as pessoas que conhecem a localização destes exemplos como o que agora vos mostro.
O exemplo que agora mostro, é de um artesão que fabrica de raíz ou repara carroças, coches etc, tornando-se num exemplo do que uma pessoa com paixão consegue fazer através da sua arte. Consegue fazer algo que poucos conseguem a nível nacional sem apoios das entidades locais. Uma das coisas que as entidades locais poderiam fazer era algo de muito simples, dar continuidade a esta arte através de apoios a jovens que estivessem interessados em dar continuidade a esta ou outras artes. Podem pensar agora que não há quem, mas efectivamente há. Infelizmente como não há apoios, aqueles que até têm interesse nunca conseguem fazer algo que lhes permita dar continuidade a esta arte.
Outros exemplos há, conheço por exemplo outro associado a um tear tradicional que ainda trabalha graças à boa vontade do dono, mesmo que não tenha apoio de entidades (ex. Câmaras Municipais) que poderiam ter um papel exemplar na defesa intrasigente de valores como este.
Noutros países, exemplos como estes representam mais valias para as comunidades onde se inserem, mas em Portugal e mais especificamente na região de Sicó, estes exemplos estão a poucos anos da extinção. Pena que assim seja....