27.9.24

Vamos falar da política de gestão de resíduos orgânicos na região de Sicó?


Deparei-me com este contentor de resíduos orgânicos num exclave de Soure, ou seja numa descontinuidade territorial do concelho de Soure, sendo portanto uma boa oportunidade para abordar a questão da compostagem e da política dos resíduos orgânicos na região de Sicó, e logo de uma forma duplamente interessante.
É fundamental que os resíduos orgânicos que produzimos, caso dos restos de comida, não sigam para o lixo, mas sim para um processo de compostagem, já que além de assim serem valorizados, não se contribui ainda mais para os aterros municipais ou supramunicipais. Se bem me lembro esta tipologia de resíduos representa à volta de 30% do total de resíduos indiferenciados encaminhados para aterro. É, portanto, fundamental ter uma política de gestão dos resíduos orgânicos devidamente planeada. Contudo isto tem de ser bem ponderado, já que no meu entender, não faz sentido ter um contentor deste tipo em aldeias como esta. Em aldeias como esta o que faz sentido é ter um espaço próprio para a compostagem (para aqueles que não a façam à antiga, como dar os restos às galinhas, cães e afins), evitando ter de vir um camião recolher os resíduos. Ou seja trata-se de gerir este tipo de resíduos numa lógica de proximidade e num ciclo curto, mais eficaz, racional e sustentável. Claro que num meio urbano como são as vilas, já não será a opção mais indicada, pois aí já há apartamentos onde, obviamente, não se consegue fazer uma compostagem de ciclo curto. Ou seja, a estratégia para a gestão de resíduos orgânicos deve ser diferenciada e ajustada entre aldeias e vilas e cidades na região de Sicó. 
Eu sempre encaminhei os resíduos orgânicos, independentemente de viver em vilas, cidades ou mesmo países diferentes, já que sempre soube da importância de lidar eficazmente com esta questão. Viver no campo, em contacto com a Natureza, é a melhor escola que podemos ter. Tudo o resto vem a jusante.

 

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