24.10.22

O BUPi é o reflexo da realidade em Sicó...


Esta notícia saiu na última edição do Jornal Terras de Sicó e trata de um assunto sobre o qual poucos percepcionam a sua importância. Confesso que não estava ao corrente de como estava a situação da georreferenciação dos terrenos na região de Sicó, daí aplaudir o serviço público deste orgão de imprensa regional. Honestamente falando, pensei que a cobertura da georreferenciação poderia estar próxima dos 30/40% no final deste ano, contudo a realidade que a BUPi nos mostra é bem problemática. Quando tiverem de pagar, aí já se vão queixar... O projecto BUPi é meritório e de uma utilidade estratégica para todos!

Mas vamos aos factos. Há quem menospreze e memorize a importância de termos um cadastro predial de todos os terrenos em Portugal, mas, diga-se, quem faz isso não percebe patavina de ordenamento do território.

O ordenamento do território é como uma equação com imensas variáveis estruturantes, sendo que o cadastro predial é uma dessas mesmas variáveis estruturantes. Sem ela a equação não fica completa e não se chega aos melhores resultados. Enquanto mantivermos esta mentalidade pouco favorável ao cadastro predial, iremos manter irresolúvel um problema estrutural do país, o qual dificulta imensamente o planeamento e a gestão territorial. E o curioso é que os mesmos que veem com maus olhos o cadastro predial, são os mesmos que elogiam os países mais avançados, onde, imagine-se, o cadastro predial já existe há muitos anos... Outros que menosprezam este assunto, queixaram-se aquando dos incêndios deste ano...

Urge alterar o paradigma e termos rapidamente uma cobertura a 100% do nosso território, pois todos ganham com isso e ninguém perde!

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