Há poucos dias atrás, ouvi novamente a palavra minifúndio, assunto do qual já andava para falar há uns tempos. Este não vai ser um comentário de fundo, mas apenas um breve comentário, introdutório, que tem o intuito de nos fazer pensar a todos sobre um tema importante. Daqui a mais umas semanas irei falar a fundo deste mesmo assunto, já com o mesmo bem preparado e estruturado.
Lembro-me de ouvir falar desta questão em várias disciplinas da licenciatura em geografia, onde muitas vezes esta palavra, minifúndio, tinha quase como que uma conotação negativa. Os anos passaram e a aprendizagem continua, pois afinal estamos sempre a aprender, algo que alguns esquecem...
Confesso que começo a ser um defensor acérrimo do minifúndio, pois este é afinal a última fronteira, intransponível, contra a ganância, corrupção e tudo aquilo que acaba por desvirtuar a bela paisagem cultural da região Sicó. Compreendo naturalmente alguns pontos negativos ligados ao minifúndio, mas sejamos sérios, isso é um mal menor. Problema é sim a mentalidade de muitas pessoas, essa é que tem de mudar e é esse afinal o cerne da questão. Havendo boa vontade tudo se resolve, o resto é conversa.
Caso o minifúndio acabasse abruptamente nesta região, o que aconteceria seria algo de tremendamente negativo, ou seja um total e colossal desvirtuar da fabulosa paisagem desta região. As mudanças nunca são desejáveis quando o que move essa mudança é a ganância, a especulação e o lucro, puro e duro, daí eu salientar os factos atrás referidos.
O minifúndio é um tema que dá para abordar das mais variadas formas, uma delas, que irei futuramente destacar, é que o eucalipto é uma árvore nada bem vinda num sistema de minifúndio. Digo eu que é um mal menor termos minifúndio, pois desta forma ainda se vão mantendo muitos terrenos onde o que domina é o carvalho, a azinheira e outros mais. Se assim não fosse, teríamos basicamente monocultura de eucalipto, o que não é uma floresta, algo que vale a pena relembrar!
Assim sendo, penso que o que referi neste comentário já dá para preparar o terreno para o que se seguirá, num muito próximo comentário...
Sem comentários:
Enviar um comentário