Esquecendo a parte deles irem em sentido contrário ao que é suposto pela sinalização, é uma imagem interessante esta, a qual captei há poucas semanas na Vila de Ansião. Um jovem casal, estrangeiro, com o seu cão, a fazer turismo de bicicleta na nossa Sicó. Antes tinham estado a comer qualquer coisa num estabelecimento comercial mais acima.
É uma imagem a partir da qual muito se pode dizer. Eu sou suspeito para falar de bicicletas, pois ando de bicicleta desde criança, seja no dia-a-dia, seja em modo desportivo. Faço-o pelo gosto de andar de bicicleta, de ser e andar feliz da vida e não me preocupo com as aparências que muitos cultivam e fazem questão de, tristemente, perpectuar na (i)lógica do carro, posso e mando. Para muitos andar de bicicleta é para o coitadinho, para o pobre, mas para os outros, como eu, andar de bicicleta é para quem é racional, para quem gosta de usar outros meios de transporte além do carro e para quem não faz sentido andar às voltas e voltinhas para mostrar o carro. Nas várias profissões que já tive, em quase todas elas usava a bicicleta, dependendo, claro, da distância. Até já conjuguei a bicicleta com o expresso, quando dei aulas na Universidade de Lisboa. Eficaz, rápida no trânsito e nas distâncias curtas e até médias, e algo que nos cria um sorriso na cara e nos permite absorver tudo o que vemos em redor.
Mas voltando atrás, aos turistas. É comum ver turistas em Sicó de bicicleta, umas vezes turismo mais na onda desportiva, outras vezes turismo na onda de lazer. Eu ando a trabalhar num projecto ligado a bicicletas e turismo, só ainda não avançou porque não consegui patrocínios. Uns disseram que o projecto era interessante mas não estavam interessados outros que o projecto era interessante mas que neste momento queriam focar-se apenas em quem já patrocinavam (sugerindo uma espécie de crise económica) e outros disseram que era interessante, mas que não patrocinavam, podiam apenas ceder uma bicicleta, facto que não me entusiasmou porque afinal tenho 6 bicicletas, portanto já estou bem servido. Talvez este ano, e mesmo sem patrocínios, inicie a aventura num outro formato, adaptado à falta de patrocínios. É algo que nunca foi tentado, portanto sei que terá sucesso.
Isto tudo porquê? Bem, porque se trata de uma fileira económica muito interessante por explorar em Portugal, Sicó incluída. Está dito e mais não digo, pois daqui a uns tempos terão novidades...
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