22.7.24

Dizer que é pouco inteligente é... pouco!


Foi através d´ Os Amigos do Arunca que fiquei a saber de algo que me surpreendeu pela negativa e me preocupou bastante tendo em conta que o ordenamento do território e os problemas de poluição são temas que me são caros. Trata-se da construção de um campo sintético de futebol em pleno leito de cheia do rio Arunca, em Pombal. Não sei de quem é o campo em causa, sei apenas que fica a poucas dezenas de metros de um outro campo de futebol. 
Quem, como eu, estudou disciplinas que versam sobre o ordenamento do território, sobre hidrografia e afins, lembra-se bem que uma das regras mais sagradas quando se planeia algum tipo de infra-estrutura em leito de cheia (ex. parques verdes e estruturas de apoio), é a de não construir estruturas que possam ser afectadas aquando de episódios de cheia e inundação. Ora, construir um sintético em leito de cheia é precisamente uma coisa que não deve ser feita, já que aquelas bolinhas de borracha preta e microplásticos presentes neste tipo de equipamento, serão levados pela água quando esta reclamar o seu território, ou seja o leito de cheia. E isso irá ocorrer muitas vezes e de forma recorrente. E não, não há forma de evitar isto após a construção de um campo sintético. É, portanto, à revelia das regras mais básicas que se construiu este sintético. Em termos ambientais é igualmente negativo criar-se ali mais um foco de poluição, pois além de um campo sintético, este campo é agora um permanente foco de poluição.
Esta é a sina do tuga, fazer asneira atrás de asneira e não aprender com isso. Pena que assim seja... E o triste é que quando a água vier buscar uns kg de microplásticos e bolinhas de borracha, eu não me vou rir, mas sim ficar triste.
Ah, e para os que dizem que o que eu digo é um disparate, vejam bem a última figura, lá em baixo...






 

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