14.10.21

O crescimento dos monstros, folha após folha: Serra de Sicó

Ontem foi um dia daqueles mesmo fabulosos. Comecei o dia a ir levantar uma encomenda muito especial. Um conjunto de Cartas Militares, ou melhor de versões de Cartas Militares que ainda não tinha em papel. Tinha apenas a versão de 2003 das quatro folhas que, genericamente falando, apanham o sector mais interessante do Maciço de Sicó, e duas versões mais antigas da folha de Ansião. Adquiri todas as versões destas 4 cartas militares (Pombal, Redinha, Ansião e Espinhal), ou seja uma da década de 40, outra da década de 80, outra já de 2003 e a mais recente de todas, datada de 2019. São mais 10 documentos cartográficos a juntar aos 6 que já tinha na minha biblioteca pessoal.

Saliento a rapidez e eficácia do IGEO, já que tratou de imprimir estas 10 cartas e fez as mesmas chegar às minhas mãos em menos de 24 horas. Bravo! E o preço é bem acessível, portanto não se acanhem se gostam destas temáticas. Há 20 anos andava eu à boleia de colegas de curso para ir ao IGEOE, em Lisboa, comprar cartografia para os nossos trabalhos e já nessa altura sentíamos orgulho na cartografia portuguesa, a qual é uma referência já há séculos! De referenciar é a existência de uma app do IGEOE que podem instalar para consultar informação, parte de forma gratuita.

Mal cheguei a casa tratei de estender todas as folhas no chão (limpo!) e analisar com atenção. Algumas actualizações, como é normal, e algo que me surpreendeu e passo a mostrar.

Lembram-se daquelas crateras que veem na Serra de Sicó? Bem, lembrei-me de fazer algo de simples mas poderoso em termos visuais. Foquei com a máquina fotográfica cada uma das folhas da Carta Militar numa área em especial, a área afecta às pedreiras na Serra de Sicó e ordenei as versões em termos temporais. Do nada passou-se a...

Mas em vez de dizer mais, digo apenas para verem com os vossos próprios olhos a evolução das crateras:

1947


1984


2003


2019



Fonte: excertos dos meus exemplares da carta militar do IGEOE, folha - Pombal


E daqui a mais 15 ou 20 anos, como será! Pois... Daqui a uns dias volto à carga, já noutra área de pedreiras.

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