É o título que considero mais ajustado a um tema que já referi de forma sucinta, mas que de novo volto a falar dada a sua importância para o futuro da região de Sicó. A importância deste assunto tem a ver com a necessidade de uma vez por todas acabar com este processo muito pouco claro em torno de uma eventual cimenteira nas proximidades da região e que passaria pelo "roubo" de uma das maiores riquezas da região, a pedra calcária.
Destaco uma notícia do Jornal de Leiria, na sua edição nº 1270, datada de 13 de Novembro de 2008:
«Cimenteira preocupa Os Verdes
Heloísa Apolónia, deputada de Os Verdes, pediu esclarecimentos, na terça-feira, ao ministro do Ambiente e ao ministro da Economia, sobre a construção de uma cimenteira em Figueiró dos Vinhos. No documento, a parlamentar mostra-se preocupada com os impactes da infra- -estrutura “numa das malhas mais verdes” do País. A deputada pretende saber se foi atribuída à cimenteira o estatuto de Projecto de Potencial Interesse Nacional e, em caso afirmativo, quais os fundamentos que estiveram nessa classificação. Se foi feita alguma análise comparativa em relação às potencialidades de desenvolvimentoregional, e quais os impactos do empreendimento, a nível ambiental e na qualidade de vida das populações. »
É bom que as pessoas se revoltem com esta situação e façam ouvir a sua voz, afinal que direito tem o Presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos para querer a todo o custo um projecto deste género que além de insustentável é depradatório dos recursos de um concelho que não o seu?
Muitos habitantes deste município estão revoltados com esta atitude, por isso volto a divulgar uma petição contra este projecto que os mesmos criaram e que peço encarecidamente que assinem:
Como pode alguém andar a dizer que um projecto já está aprovado quando os próprios estudos que podem inviabilizar este mesmo projecto nem sequer estão feitos?
Como pode uma indústria destas ser implantada num pulmão do país e numa área que aposta (pouco e de forma errónea) no turismo de natureza?
Como pode esta indústria pensar em comprar duas pedreiras (Ansião e Penela) que distam vários km da mesma? Que sustentabilidade é esta?
Será que o Presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, pessoa que ainda tenho em consideração, não consegue idealizar projectos que além de criarem mais empregos, dos que o tal projecto bomba, não sejam depradatórios?
Que moral político tem este autarca para apoiar uma indústria sem sustentabilidade, que vai buscar o "que é dos outros" (Ansião e Penela) para depois vender a espanhóis?
Estas e outras questões esperam resposta e se este autarca quiser ajuda para pensar projectos com cabeça troco e membros, aqui estarei para ajudar em termos profissionais.
Não basta criticar mesmo que de forma construtiva, há que apresentar soluções e por isso estranho que um município que até esteve presente o ano passado num colóquio que versava sobre um modelo de desenvolvimento para toda a região de Sicó e que iria favorecer Figueiró dos Vinhos, agora esteja desesperado por projectos tão depradadores das riquezas naturais como este (http://www.geographus.com/portal2/index.php?option=com_content&task=view&id=8392&Itemid=48
São estes pequenos pormenores que fazem Portugal o pior país da europa, isto apesar de mesmo tendo em conta sermos um país pequeno sermos um país diverso com muitas riquezas a nível natural, cultural etc. Andamos a desbaratar o que temos de melhor e daqui a uns anos os nossos filhos vão dizer:
- Bolas, os meus pais deixaram destruir um dos países mais bonitos e maravilhosos que poderíamos querer, que faço agora, será que vale a pena continuar a viver neste país?!
Será que voces vão continuar impávidos e serenos? Sugiro que enviem por carta ou mail a vossa posição a desfavor deste projecto à Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, quem sabe enviar um postal com as belas paisagens que ali poderão desaparecer para sempre?
O nosso problema, enquanto portugueses é apesar de dizermos que as coisas estão mal, ficamos à sombra da bananeira a pensar que já fomos donos de metade do mundo, ficamos impávidos e serenos enquanto destroem o que mais gostamos e que melhor nos caracteriza. Sejam activos e não passivos, é um conselho que vos dou!
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