Primeiro surgiu a informação da intenção de uma empresa fazer prospecção de depósitos minerais de areias siliociosas e argilas especiais no Murtal, mesmo junto ao limite administrativo de Ansião com Alvaiázere. Poucos dias depois surgiu outra intenção, através da mesma empresa, em fazer o mesmo no Pessegueiro, Pousaflores, em Ansião, ou seja duas potenciais minas de caulinos a céu aberto. Duas crateras de 3 km quadrados nesta zona, as quais nada acrescentam de bom ao território. Pelo contrário poderiam destruir as componentes económicas, tecido social, ambiental e outras mais. E podem potencialmente afectar gravemente e estruturalmente todo o desenvolvimento da região de Sicó. O turismo gravemente afectado, com destruição dezenas de postos de trabalho, fecho de alojamento local e outros mais. Saúde das pessoas afectadas, já que a exploração das areias silenciosas afecta gravemente os pulmões de quem vive perto destas explorações. Todo um território destruído para que uma empresa possa lucrar com estes depósitos minerais à custa da população que ali vive e das suas vidas. Recursos hídricos superficiais obliterados e recursos aquíferos subterrâneos afectados. Será que alguém quer isto para esta região?
Se são como eu, têm uma solução muito simples, inscrever-se na plataforma "Participa" (link acima) e submeterem a vossa opinião de acordo com o que acham sobre o assunto. É fundamental que o façam!
Pelo que sei, a posição da Câmara Municipal de Ansião será desfavorável às intenções de prospecção e pesquisa da empresa em causa. Haverá uma sessão pública de esclarecimento, julgo que no dia 20 de Novembro, às 18:30, na antiga escola do Casal Novo / São João de Brito, Pousaflores (irei publicitar nas redes sociais, portanto estejam atentos por favor).
Participem nesta plataforma (têm até dia 28 de Novembro), divulguem esta ameaça a Pousaflores, Ansião e Sicó e apareçam no dia 20! Quem precisar de ajuda que se acuse, tal como muitos e muitas têm feito nas últimas semanas.
Se é certo que precisamos de extrair recursos geológicos, também é certo que há locais que devem estar livres desta mesma exploração de recursos geológicos. Temos uma região reconhecida em termos patrimoniais, com a Rede Natura 2000, temos uma paisagem cultural a ser classificada e temos todo um território que ainda que fragilizado, está íntegro e pode ser potenciado, trazendo riqueza sem destruição. Caso estas minas avancem, teremos apenas duas crateras no território, durante décadas, e toda uma economia gravemente afectada, portanto percebam bem o que está em jogo!
Estou triste que isto esteja a acontecer, embora feliz por ter percebido que haverá uma autarquia que mostrará que está com a população, enquanto outra, vizinha, está factualmente com a empresa visada, apesar de dizer que está com a população (esta revoltada com as intenções da empresa)... Temos de nos ajudar uns aos outros, a bem da nossa região! Contra as minas marchar, marchar!
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