25.9.22

De indústria dita ecológica para isto que se vê...

Há uns anos quiseram, de forma pouco correcta, promover o alargamento de uma zona industrial, em Alvaiázere, à custa do abate de um património arbóreo notável, caso de sobreiros e carvalhos centenários, e azinheiras já a caminho disso, e à custa da propriedade privada e da vontade do dono dos terrenos. Não conseguiram porque sofreram uma derrota a toda a linha, perdendo na justiça, e bem!

Logo que a derrota foi consumada, quiseram impingir uma zona industrial no meio de vários lugares, na freguesia de Pussos, e aí, infelizmente, conseguiram, contra a vontade da maioria dos locais. Foi vendida a ideia do costume, fábricas e uma suposta fábrica ecológica. 

Eis que a alegada ecologia mostra o seu valor, ou melhor, o seu fumo e a sua poluição. O fumo será pior em alturas de calma do vento, já que ali é um local particularmente sensível para a acumulação de fumos... Mas não só, eis que os recursos aquíferos também já estão a sofrer com alegadas descargas que não auguram nada de saudável. E sim, a SEPNA já visitou o local. 

Só tenho pena de quem se opôs a uma zona industrial onde não era suposto (havia alternativas, mas essas não interessavam ao poder político...). Quem apoiou esta zona industrial agora que aguente a poluição!

Em vez de se promover um desenvolvimento do território com base nas mais-valias territoriais, impõe-se uma zona industrial que além de má localizada, não acrescenta valor a este território. Até o prejudica e contribui para a pioria da qualidade de vida.

Isto lembra-me quando há uns anos fui sondado por um engenheiro que pensava que tinha graça, sobre se sabia alguma coisa sobre incineradoras. Isto porque chegou a estar em cima da mesa o poder político trazer para Alvaiázere uma indústria incineradora de lixo... É isto que o poder político alvaiazerense quer para o povo. Sorte em viver ali!




 

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