9.4.21

Uma ideia disruptora para o próximo Orçamento Participativo...


Esperava por esta altura já ter falado do assunto, contudo tive de adiar trazer aqui algo que ando a pensar já há uns dois anos, sobre o Orçamento Participativo de Ansião. Não, não se trata de propor um projecto para candidatar a este bela ferramenta/instrumento de cidadania activa que é um Orçamento Participativo (OP). Infelizmente este ano estarei novamente ausente do leque de propostas a projectos candidatos ao OP, contudo tenho uma proposta para o próximo ano, a ser pensada pelo executivo municipal.
Fazendo uma retrospectiva do OP de Ansião, e apesar do caminho ainda ser curto, com poucas edições do mesmo, já se começam a ver melhorias, posteriores às denominadas “dores de parto”, nas quais houve a típica chico espertice e, diga-se, batota. Estas melhorias tiveram o seu melhor exemplo através do projecto do meu amigo André Teodósio, o qual apresentou na altura um projecto inovador e no verdadeiro espírito do OP. Se não conhecem o projecto que ele apresentou, toca a pesquisar!
Mas indo então à minha proposta, ela acaba por ser simples, ou seja parte de um princípio base, o de no dividir estar o ganho da sociedade. Resumindo a problemática que me fez começar a pensar de uma outra forma, considero que haver sempre apenas uma única hipótese de um projecto ganhador, com uma verba que para todos os efeitos é de algumas dezenas de milhar de euros, pode ser contra producente sendo sempre igual. Digo isto porque num meio como Ansião uma verba destas pode potenciar um desvirtuar da filosofia do OP e, além disso, não ser, de facto uma ferramenta de cidadania activa, mas sim de interesses menos próximos da filosofia subjacente ao OP, tal como no passado já aconteceu, em Ansião e noutros OP´s pelo país.
Assim sendo, a minha proposta é simples, a de pensar numa outra possibilidade para o Orçamento Participativo de Ansião. Num ano ser como é costume, com uma verba semelhante à actual, e noutro ano possibilitar apenas a candidatura de projectos de baixo valor, ou seja entre 1000 a 5000 euros (mais coisa menos coisa). Esta alteração permitiria não só a existência de mais propostas de projectos, dado permitir um muito maior dinamismo, através da inclusão de projectos de baixo valor, mas de grande valor societal. Ou seja podemos assim ter vários projectos de grande valor societal com um único OP. Há projectos fabulosos que podemos criar com algumas centenas de euros. Há projectos que não são precisos sequer 40000 euros, portanto que sentido faz excluir à partida projectos de baixo valor monetário? Podemos por exemplo dividir a verba inicial por um projecto ganhador em cada freguesia. Isto tem um potencial brutal em termos de inovação social!
Vamos pensar nesta ideia para o próximo ano? Inovar é tão fácil, ser disruptor, no bom sentido, ainda menos...

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