São as primeiras favas que, à parte do processo natural, se devem apenas à minha acção de produtor, ou seja, são as minhas primeiras favas. Colocadas na terra em Dezembro, apanhei-as há uns dias. Confesso que é uma sensação duplamente boa, em primeiro lugar porque aprecio bastante favas, depois porque das muitas coisas que já tinha "mandado" à terra, as favas ainda não faziam parte do clube.
Obviamente que fico igualmente feliz por não ter de pagar direitos indevidos a empresas mercenárias, corruptas por natureza, as quais criminalmente pensam que podem patentear tudo e mais qualquer coisa. Há que lutar contra os interesses de empresas que pretendem patentear todas as sementes possíveis, como tem sido o caso da conhecidas Monsanto e Syngenta, entre outras. Há que mandá-las à fava, literalmente, e voltar a pegar em força nas variedades tradicionais. Não temos de pagar para poder produzir livremente. Não temos de ficar reféns de empresas que têm como intuito apenas o lucro, em desfavor da biodiversidade.
Temos de nos voltar a reunir e trocar sementes. Querem desenvolvimento? Simples, voltem a pegar nos milhares de variedades tradicionais, todas elas com valor comercial muito elevado! Não precisam também de gastar dinheiro com químicos, curiosamente vendidos por empresas como a Monsanto. A Natureza tem tudo lá, resta-nos aprender a utilizá-la sabiamente. Produtos hortículas com sabor e saudáveis, sem manipulação!
E imaginem agora que, ao fazerem isso, estão a ajudar a preservar aquela paisagem que tanto gostam e que tanto gabam aos amigos de fora. Pensem nisto sff.
Para o final deste ano já guardei parte destas favas, as quais vão da continuidade a um ciclo fundamental que nem a poderosa Monsanto vai impedir, pois afinal esta e outras têm pés de barro. Resta-nos juntar água!
Plantem, plantem e plantem, pois, tal como li outro dia, plantar produtos hortículas é imprimir o nosso dinheiro...
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