28.5.25

Caçar javalis sim, fazer isto é que não!!

Outro dia numa das minhas caminhadas deparei-me com isto a meio do caminho no meio do monte. Confesso que fiquei furioso, pois pensei que isto já não se fazia...

Os javalis são actualmente uma praga e devem ser controlados através de batidas ao javali, contudo não vale tudo neste "combate". Usar óleo queimado para atrair javalis é uma prática criminosa em termos ambientais, que não pode ser tolerada. É provável que quem fez isto vá ler este comentário, portanto o alerta está dado...


 

23.5.25

Loureiros, folha de louro e gastronomia regional


Há umas semanas acabei por tirar foto a um pormenor, numa superfície comercial. Tratava-se do preço de umas meras gramas de folhas de louro, bem nossas conhecidas, ou pelo menos conhecidas para quem cozinha ou é bom garfo. Em moeda antiga são mais de 300 escudos por umas meras folhas. 
Quem, como eu, palmilha Sicó de lés a lés, sabe a quantidade de loureiros que existe nesta região e o quanto fácil é lavarmos um ramo de loureiro para casa, de forma a termos tempero para o ano inteiro. De graça... A esmagadora maioria dos loureiros está abandonada. Para reflexão!

 

18.5.25

E a água?!

Há uns dias, enquanto fazia uma bela de uma caminhada por caminhos onde já não passava há alguns anos, tive de fazer uma paragem algo inesperada, já que o calor que se sentia fez-me consumir mais água do que aquela que levava comigo. Aproveitei para parar num parque de merendas recuperado há alguns meses, no Maxial, Ansião, contudo fui apanhado completamente de surpresa, já que este parque de merendas não tem água! Tive sorte porque pedi a uma senhora dali se me podia fazer o favor de deixar encher o cantil e ela foi excepcional, dando autorização para me abastecer de mais um litro de água para o resto da caminhada.

Ora, de que vale recuperar ou melhorar um parque de merendas sem que este tenha água corrente para pelo menos lavar as mãos? Alguém de vós vai a um parque de merendas e não precisa de lavar as mãos ou um utensílio de cozinha? Claro que não... Já imaginaram a má imagem que isto dá a quem nos visita e espera parar para uma bucha ali? E o jeito que nos dá ter água para beber nestes locais? E ainda nem chegámos ao Verão, altura em que a necessidade de locais para beber água é ainda maior.

Um outro parque de merendas por onde já passei e usufrui, situado nas Cavadas, Pousaflores, tem água, cumprindo com a sua função. Ter água corrente é algo de basilar.

A dica está dada...



 

13.5.25

Bela máquina do tempo!

Outro dia fiz algo que não fazia há coisa de 35 anos, sendo algo que já andava a contar fazer e que, encontrado o belo naco de casca de pinheiro, ou como eu dizia em miúdo, carcocha (acho que era assim que dizia...), tratei de o trazer comigo para, então, esculpir algo...

Em miúdo não havia propriamente brinquedos, sendo que os tínhamos de fazer, facto que nos fazia ser criativos e inventivos, ao contrário dos miúdos de hoje, que levam uma carrada de brinquedos a pilhas e está feito... Um dos brinquedos que fazia era uma nau de casca de pinheiro, esculpida num belo naco, com uma navalha ou faca. Depois colocava o respectivo mastro, feito de urze, bem como uma vela, que podia ser de papel ou de pano. E depois ia para o rio Nabão e a brincadeira começava. 

Foi um dia bastante emotivo, que me transportou para o passado de há umas décadas, passe o pleonasmo. Já não é a primeira vez que o faço e não será a última. É algo com o qual alguns da minha geração se podem identificar e algo que todos devemos fazer, a bem da nossa memória e da nossa felicidade. Não deixem que vos digam que é uma patetice fazer isto ou aquilo, façam o que vos faz feliz!



 

9.5.25

Nova jornada do campeonato das leituras!


Regresso para mais uma jornada do campeonato das leituras, com 4 novas entradas na competição da literacia. Os três primeiros livros, livres do desacordo ortográfico, decorrem de mais uma visita a uma das minhas livrarias preferidas, a Centésima Página. O primeiro tem a ver com os espaços que mais usamos no nosso dia-a-dia, ou seja o espaço urbano. Trata-se de uma obra que alerta sobre algo de fundamental e que pode ter uma notável contribuição para a nossa qualidade de vida, ou falta dela, nestes mesmos espaços urbanos.
O segundo livro é uma obra daquelas mais exigentes na leitura, dada a sua profundidade. Arte e educação, dois conceitos indissociáveis na nossa existência, pois precisamos dos dois para vivermos uma vida plena.



Ainda não tinha nenhum livro sobre inteligência artificial, daí quando me deparei com este o ter escolhido para uma primeira incursão nesta temática.
Finalmente algo de completamente novo na minha biblioteca, um livro dedicado inteiramente a um país com uma história complicada, o Paquistão. Noutros que tenho o Paquistão aparecia só de relance, nalguns capítulos, mas este é totalmente dedicado a este país. Estou particularmente curioso para o ler...
À data que escrevo este comentário, vi outro sobre outro país curioso, a Síria, sendo que será muito provavelmente uma das próximas entradas na minha biblioteca pessoal.
Para fechar,  repto para que comprem e leiam livros, pois abre-nos os horizontes. E se não podem comprar, têm as nossas maravilhosas bibliotecas municipais que emprestam livros gratuitamente, portanto não há desculpas...


E para terminar, revistas, pois nem só de livros se fazem as leituras. São duas revistas que acompanho regularmente e que facilmente percebi que eram uma mais-valia para as minhas leituras e, também, para relembrar o meu francês, já enferrujado.





 

5.5.25

Atenção que é ilegal a plantação desta espécie!

Foi com muita surpresa que me deparei com algo outro dia, no Avelar, e num jardim situado ao lado do hospital. Ao olhar com atenção notei que havia ali algo de errado, ou seja uma espécie que não era suposto estar sequer ali, dado ser uma espécie invasora e, portanto, nem sequer pode ser usada, seja em jardins ou noutro local.

Para tirar a dúvida, contactei um colega geógrafo, o qual se especializou em botânica e com o qual já trabalhei. Confirmou o que eu pensava, que era uma invasora, mais concretamente uma Albizia julibrissin. Eu pensava que era uma mimosa, mas afinal era esta outra invasora. Os meus tempos de biogeografia já vão longe, pois especializei-me em geografia física. 

É muito importante falar desta problemática que representam as plantas invasoras e não se deixem levar pelo discurso que se vê nalguns cromos zen das plantas, que dizem que os invasores somos nós, ok?! As espécies invasoras são um problema muito grave, seja plantas ou espécies animais!
Não sei de quem é o jardim, mas espero que a planta invasora em causa seja devidamente erradicada. E, já agora, as invasoras já são um grave problema na região de Sicó, nomeadamente devido às mimosas, mas não só (eucalipto idem...). Os incêndios de há poucos anos vieram agravar o que já era mau...