É algo que o tempo fez com que eu gostasse, ou seja o acto de comunicar. No início era, para mim, muito difícil estar nesta posição, de comunicador, já que, diga-se, é preciso algum à vontade e experiência, daí no início ser tão difícil. Mas os anos trataram de fazer com que o difícil fosse mais fácil, embora também começasse a perceber, de facto, o quanto importante é sabermos passar a mensagem e ser uma enorme responsabilidade, a posição de comunicador. Partilhar conhecimento é fundamental, daí eu dar tanta importância a esta tarefa. Já levo duas décadas como comunicador.
As últimas semanas têm sido interessantes e as próximas não serão diferentes. Primeiro tive a honra de estar na escola e sede da Al-Baiaz, para uma pequena e singela palestra sobre ciência, mais concretamente sobre património geomorfológico. Palestras como esta são para mim mais fáceis, já que o método científico nos facilita a tarefa de explicar os factos e ter um fio condutor para basear a palestra. E o público, culto no domínio patrimonial, ajudou.
Depois seguiram-se duas palestras sobre educação ambiental, mais concretamente sobre incêndios florestais e espécies autóctones. Um convite que me foi endereçado para duas palestras numa escola profissional no Norte do país, a EPATV, em Vila Verde. Porque prescindi de dois dias de trabalho e investi umas horas a preparar a apresentação? Simples, porque é determinante educar os mais novos para estas temáticas. E há poucos comunicadores em Portugal! Estas palestras são mais difíceis, já que são sempre públicos diferenciados (há diferenças substanciais entre turmas, entre escolas, entre regiões do país...) e isso traz dificuldades e puxa bastante por quem está na posição de comunicador. A minha estratégia tem sido, além de partilhar os factos, criar pontes com o público. É aqui que a experiência se nota, pois na hora conseguimos criar o enredo que nos permite conseguir passar eficazmente a mensagem e prender o público. Mas nunca é fácil conseguir criar na hora um elo com os elementos do público, de forma a criar mais interesse da sua parte.
Neste caso, e apesar de serem turmas diferentes de cursos diferentes, em dias diferentes e em locais diferentes (escola e pólo da escola), notei semelhanças, já que naquela região do país a ligação com a Natureza é maior, facto que se reflectiu no conhecimento dos alunos quando questionados sobre alguns pontos. Para mim é sempre uma aprendizagem que me valoriza mais, já que fico melhor preparado para passar a mensagem fundamental, a de quem temos de cuidar bem da nossa casa, o planeta Terra. Ter ajudado a hastear a bandeira da Eco-Escolas foi algo de novo para mim.
As próximas semanas não vão ser muito diferentes, pois terei mais duas palestras, uma em Lousada e outra num local muito especial que depois farei questão de aqui falar...



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