Durante o dia é difícil conseguir
tirar uma fotografia destas, sem carros estacionados ou parados por ali, no
passeio. Podia ter tirado uma fotografia com o passeio cheio de carros,
irritando com isso os prevaricadores (não me afecta nem me inibe!), contudo
preferi tirar uma fotografia sem carros no passeio, de forma a que o impacto
visual seja maior quando ali passarem e se depararem com carros no vosso
caminho.
É um mal necessário. Falo, claro,
dos pilaretes, aqueles que desapareceram ou foram retirados. Eram e são a única
forma de impedir o abuso de tantos automobilistas. E esses automobilistas são
nossos conhecidos... Eu não tenho problema em confrontá-los, contudo, e mais
uma vez, sou uma excepção à regra, já que a grande maioria acaba por, de facto,
tolerar esta pouca vergonha, mesmo apesar de publicamente dizer que é uma
vergonha. Ficam quietinhos no seu cantinho a continuam a tolerar algo que tem
de ser combatido, ou seja combater a invasão do espaço pedonal por parte de
veículos vários. E não há mas, nem desculpas esfarrapadas, nem piscas ligados
para desculpar uma infracção que se tornou um cancro dos centros urbanos.
Já aqui abordei esta temática e
também no caso de Ansião. Já confrontei pessoas que tristemente ainda tentaram
fazer de uma vergonha uma virtude e algo de socialmente aceitável. Não é!
Continuarei a falar desta temática até que ela exista, já que é lesiva para
todos nós. É uma vergonha tanta gente estacionar no passeio e invadir o espaço pedonal,
é uma vergonha tanta preguiça, tanto comodismo e tanta recusa em estacionar
devidamente o carro e andar 300 ou 400 metros. Quando se questionarem o que nos
diferencia dos países mais desenvolvidos, lembrem-se que é esta mentalidade e
esta atitude do "que se lixe",
do "que não há problema", do "que ninguém multa" que
nos diferencia, para pior, dos mais desenvolvidos. No caso ansianense, que
conheço por demais, não consigo perceber como é que há gente que vive a 1 km do
trabalho e pega no carro para ir trabalhar, dia após dia, estacionando tantas
vezes em cima do passeio, ou até estacionando indevidamente no l ugar para
deficientes. Não concebem andar a pé ou de bicicleta na ida para o trabalho, já
que isso, para eles e para elas, é sinal de gente pobre e de suposta falta de
reconhecimento social. Triste...
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