14.5.17

Chegado ao CIMU da serra, esbardalhou-se...


Há quase dois anos que abordei a questão do CIMU, ou seja falei sobre o Centro de Interpretação e Museu da Serra da Sicó e sobre o que esperava para o que se seguiria após a conclusão das obras. Confesso que acreditei que a coisa por esta altura já estaria concluída, contudo Sicó tem uma sina que, diga-se, é reflexo apenas da falta de competência de quem (des)governa esta região. Um potencial incrível, património diversificado, algumas pessoas competentes, contudo a sina parece que é mais forte. A incompetência acaba por prevalecer sobre a competência, tal como fica à vista.
Por estes dias voltei aos Poios, de modo a ver como estava a coisa a correr. Já sabia que não estava a correr propriamente bem, mas não queria comentar sem lá voltar, daí, e apenas agora, voltar à carga. Resumindo, a obra está parada há mais de 1 ano e o orçamento parece que não será suficiente para a finalizar, algo de típico neste belo país plantado à beira-mar.
Culpados procuram-se, contudo cheira-me que a culpa vai morrer solteira. Será que a obra vai ser finalizada? E os tantos apoios institucionais que surgiram por parte de entidades várias, o que têm estas a dizer agora?


Os centros de interpretação ambiental da região de Sicó parece que padecem de um problema muito grave, já que todos eles têm tido histórias curiosas. Os autarcas parece que confirmam o que se diz há muito tempo, ou seja deixam muito a desejar na hora de levar a bom porto projectos de grande importância, nomeadamente no domínio ambiental e patrimonial. E isso, para eles, parece que não é problema, já que nós, sicoenses, não somos exigentes para com os nossos autarcas. A cidadania activa não é para a maioria de nós algo que cultivamos e pelo qual pugnamos, preferindo ficar no nosso cantinho, pelo menos até que nos cheire a queimado...
Que tem Diogo Mateus a dizer sobre o assunto? E não, não quero ouvir aquela história do costume, onde se sacode a água do capote. Será que vamos assistir a um milagre, onde um autarca pede desculpa por este desastroso processo? E a Terras de Sicó, o que tem a dizer sobre o assunto?


Para terminar, um apontamento sobre um pequeno pormenor. Do outro lado da estrada, procedeu-se ao aterro de uma parte do terreno, algo que lamento, e para piorar, não se trata apenas de terra, mas sim de uma mixórdia que inclui lixo. Com práticas destas, é normal que as coisas não corram bem para quem as faz...



1 comentário:

admin disse...

Com menos dinheiro gasto o CIMU tinha ficado mesmo bem no antigo edifício das terras de Sicó junto da nascente do Anços...e ainda sobrava dinheiro para uma piscina natural a ser construida no parque de estacionamento e não seria de deitar fora a hipótese de aproveitamento da força do Anços no pico das chuvas para produzir eletricidade através da colocação de geradores junto do açude ao fundo do parque de estacionamento.No Nabão em Tomar na época das chuvas é frequente existires alguns canonista a aproveitar a onda formada pela passagem da agua no açude dava para fazer exatamente o mesmo na nascente do Anços.