21.2.14

6 anos de Azinheiragate: a perspectiva ressabiada


Nos últimos 6 anos foram várias as "indigestões" causadas pela acção do azinheiragate em prol do património, daí eu me ter lembrado em comentar especificamente esta questão num mês tão especial.
Mais especialmente nos concelhos de Alvaiázere, Ansião, Pombal e Penela, os comentários do azinheiragate, sobre temas "delicados" foram causa de muitas "azias", seja em termos políticos, empresarial ou simpesmente em termos individuais. O facto do azinheiragate dar destaque a situações incómodas é sinal de preocupação por parte de autarcas, empresas e cidadãos, que cometem ilegalidades relacionadas com o património natural ou construído. Faz este mês 1 ano que aludi ao expoente máximo do ressabianismo puro e duro, algo que vale mesmo a pena recuperar (leiam com atenção aquela preciosidade escrita por aprendizes de democrata, no fórum do Jornal O Alvaiazarense, na primeira imagem, logo à esquerda - que teve uma resposta fabulosa do Director, do lado direito e, obviamente o meu direito de resposta, na imagem seguinte).
Como o azinheiragate tem "ouvidos em muitas paredes", cedo começou a ter algum feedback de reacções, mesmo que quem as tivesse nunca pensasse que estas chegassem aos ouvidos do azinheiragate. Expressões como "ele é muito ácido" são comuns, curiosamente esta última até veio do lado de Penela, já há alguns anos, através de uma personagem entretanto com problemas na justiça. Oiço muitas outras expressões, algumas bem mais fortes, como são aquelas que vêm dos lados de Alvaiázere. Ansião e Pombal não são excepção, sendo que em Pombal, alguns comentários do azinheiragate já foram tema de acesas conversas em reuniões institucionais, onde os ânimos estavam algo exaltados. Sobre Soure e Condeixa, não tenho dados, pois, para já, os meus ouvidos andam afastados.
Mas as reacções não são apenas deste âmbito, pois por exemplo em Alvaiázere estas já chegaram à perseguição, pura e dura, aquando da minha deslocação a Alvaiázere para uma entrevista com a revista Visão, em 2011. Nessa altura fui perseguido por uma viatura pública, mas felizmente que durou pouco, já que me apercebi e parei, fazendo com que a mesma viatura, confrontada com a sua descoberta, entrasse por um caminho florestal de modo a tentar fingir que não havia perseguição.
Outro exemplo, também em Alvaiázere, teve a ver com uma reacção pouco ortodoxa, já que, ao ir monitorizar uma situação na Serra de Alvaiázere, e ao ser detectado por um "vigia", este foi chamar alguns "gorilas" para me tentarem fazer umas massagens. Felizmente que ia precavido e que os mesmos, ao chegarem perto de mim, foram dissuadidos de forma eficaz. Nesse dia tive alguma sorte, pois eram 4 matulões que vinham ao meu encontro.
Ou então uma outra, que, satirizando, até deveria ser pecado, pois numa viagem a Fátima, num autocarro cheio de idosos, uma personagem, daquelas que está na primeira fila da missa, desenvolveu um discurso incitando ao ódio à minha pessoa. Palavras para quê...
Já no domínio empresarial, já tive algumas reacções, embora normais. Estas passaram apenas por um mal estar perante a minha presença, algo que é aceitável em democracia. Afinal o azinheiragate, através de denúncias, públicas e assinadas, já fez com que surgissem multas na ordem das centenas de milhar de euros. Como apontamento curioso é o facto de haver por aí um ressabiado que diz que eu causei 2 ou 3 milhões de prejuízos a uma empresa que passou por cima de regras básicas de ordenamento do território. Esse ressabiado disse há algum tempo que eu teria de pagar de alguma forma, imagine-se...
Ou então no domínio web, pois já fui alvo de ameaças por parte de uma pessoa identificada e por parte de pessoas não identificadas. Ainda neste domínio, algo mais bizarro, uma usurpação de identidade com vista à patética armadilha. Passando a barreira do bizarro, imaginem que até um dos meus mails costumam colocar nas mailing lists de sites para adultos (é uma antiga técnica utilizada para tentar descredibilizar certos alvos incómodos). Isto, novamente a Sul de Ansião...
Vale tudo, mas mesmo tudo, para me tentar calar e impedir de ter uma acção eficaz na defesa do património da região de Sicó. Desenganem-se meus caros!
Felizmente que todos estes casos representam uma minoria, a qual, no entanto, deve ser apontada, já que esta mesma minoria tem um papel determinante na degradação e destruição do património da região de Sicó. Para estes eu sei demais, daí as várias tentativas de silenciamento e os constantes ataques e armadilhas. A estes e só a estes eu digo apenas, conformem-se, pois o azinheiragate veio para ficar, não é nenhuma moda!
Aos outros agradeço os elogios à acção do azinheiragate nos últimos 6 anos, a partilha de conhecimento, as amizades e o usufruir do extraordinário património desta região, muito do qual ainda refém de interesses predatórios. Urge contrariar este cenário e valorizar todo este imenso património natural e cultural!
Para finalizar, lembro que tudo o que o azinheiragate conseguiu, inclusivamente o reconhecimento, se deve "apenas e só" a uma postura séria, honesta e construtiva, embora naturalmente incisiva e frontal, por parte do autor do azinheiragate. Esta postura baseia-se nos factos, coadjuvados com opiniões devidamente fundamentadas e com aquela coisa chata que é o conhecimento (é poder...). Sem ofender, sem difamar, sem ameaçar e sem levar as coisas para o lado pessoal, conseguem-se grandes vitórias perante aqueles que incitam ao ódio para com a minha pessoa, ou então que afirmam em pleno discurso eleitoral, de forma implícita, que eu sou "gente muito pequena". Tudo por um motivo simples, não têm argumentação factual, que faça frente aos factos com os quais eu os confronto de forma legal, transparente e concreta. Confesso que a expressão "gente muito pequena" até me sabe a elogio, pois é sinal que eu sou o maior e mais forte adversário político de todos os adversários políticos.
Continuarei a fazer frente aqueles que não sabem ser democratas, que têm tiques totalitários, com o síndrome do lápis azul e que, quando confrontados com a crítica e com os factos ficam ofendidos, tentam abafar a crítica e dizem que vão resolver a coisa à maneira deles...

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