Quem é da região de Sicó compreenderá melhor o que pretendo abordar com este comentário, mas mesmo os que não são de cá irão compreender aquilo sobre o qual vou dissertar agora.
Iniciando pelo fim, esta região, na prática, não tem uma agenda cultural, a qual poderia funcionar em termos regionais como elemento de atractividade muito relevante. Qual será a justificação dos nossos autarcas para esta grave falha? Se estes até estão a mexer os cordelinhos de algumas entidades de índole regional, como podem estes não nos apresentar uma agenda cultural regional? Eu até sei a justificação, mas essa é tema tabú dos autarcas. Capelinhas, já ouviram falar?
Deixando de lado as politiquices, esta região tem um associativismo que consegue fazer coisas maravilhosas, mesmo com pouco dinheiro, mesmo que isso signifique actividades de custo zero para quem nelas participa.
Dou um exemplo, os bons grupos de teatro que esta região possui. Destaco dois, um de Ansião (Teatro Olimpo) e outro de Pombal (Teatro Amador de Pombal). Ambos têm tido uma actuação notável perante a agenda cultural desta região, sendo-lhes reconhecido muito mérito também por este Portugal fora.
Mas a cultura não se esgota no teatro, felizmente temos muita matéria-prima e muito actor cultural, algo que está à vista de algumas pessoas, embora seja pouco visível em termos regionais.
O dia que se crie uma agenda cultural pensada em termos regionais, teremos muito sucesso, disso não tenho a mínima dúvida, mas para isso há que nos movermos em prol da mesma, exigindo, na prática, uma agenda cultural de Sicó, a qual vise a dinamização territorial, aproveitando a nossa riquíssima cultura. Há que inovar, ser criativo e pensar com outros horizontes, pois apesar de termos uma cultura muito rica, esta vai-se perdendo sem que muitos se apercebam disso mesmo. Alvaiázere, Ansião, Pombal, Soure, Condeixa e Penela, todos têm uma palavra a dizer. Prontos para um desafio?!
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