13.10.19

Devolver o espaço pedonal aos peões


Gosto de andar a pé também nos espaços urbanos, seja em Ansião ou numa outra qualquer vila ou cidade em Portugal ou no estrangeiro. Já residi em vários espaços urbanos, seja por motivos de estudo, profissional ou outros mais. Já palmilhei as ruas de centenas de vilas e cidades portuguesas, europeias, sul americanas, cabo verdianas ou outras mais e há algo que me incomoda profundamente, ou seja a invasão dos espaços pedonais pelos carros. Diria que o número de carros no passeio é inversamente proporcional ao nível de civismo dos povos.
A situação que podem observar na fotografia que acompanha este comentário foi tirada em Agosto último e ilustra na plenitude o problema que me levou a escrever este comentário. Do lado esquerdo estão 4 carros em cima do passeio e mais acima estão mais uns quantos, ou seja mais de 200 euros em coimas caso fossem autuados. Infelizmente é pouco comum os condutores serem autuados ao estacionarem em cima do passeio, já que o fenómeno tornou-se o novo normal, algo de aceitável e que não deve ser apontado. Mas não é normal nem é aceitável!
Soluções? Neste caso é simples, pilaretes, pois onde estes estão ou estiveram, o problema fica mitigado e o pessoal tem mesmo de estacionar onde é legal. Andar cansa e é, para muitos, uma chatice. Levar o carro até à porta de casa, loja ou afins é uma necessidade para muitos. Depois são capazes de chegar ao final do dia e ir ao... ginásio.
Se eu não faço o mesmo? Não, não faço! Só utilizo o carro quando é mesmo necessário, pois de resto ando a pé ou de bicicleta, bem como de transportes públicos. Em Ansião só mesmo a pé, de bicicleta ou excepcionalmente de carro. Há 10 anos fiz um exercício bastante interessante que me permitiu perceber, de facto, algo de muito preocupante... E já este ano abordei esta mesma questão.
Resumindo, venham novamente os pilaretes em força na Vila de Ansião, de forma a reeducar tanto condutor e condutora sem respeito pelos peões. Mas sabem o que é mesmo estranho? Ser apontado por alguns por chamar à atenção de quem afinal não sabe viver em comunidade e de quem não sabe o que significa civismo. Já não falo sequer da questão do cumprimento das mais elementares regras do Código de Estrada...

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