27.9.20
24.9.20
19.9.20
Tesouros perdidos!
Para muitos é mera sucata, algo sem utilidade alguma. Para mim são objectos históricos, dignos de museus de etnografia. Tive a felicidade de há uns anos ser presenteado com estes objectos excepcionais, por uma das muitas pessoas que faz parte do meu círculo de amigos que denomino como "amigos do património". A maioria das pessoas dispensa uma oferta destas, contudo, e quem gosta do património como eu, fica honrada por receber presentes destes. Guardo-os religiosamente, dado o seu valor. Já pararam para ver os tesouros que podem ter em vossa casa ou nos vossos barracões?
15.9.20
6.9.20
Uma boa ideia ou um elefante branco, eis a questão!
Há poucas semanas voltei a ouvir algo que já tinha ouvido há poucos anos. É algo que, diga-se, considero bastante interessante para trazer aqui ao debate. Da primeira vez que ouvi o que seguidamente irei abordar, foi dito por alguém ligado a um partido político. Já a segunda vez, foi dito por um cidadão sem qualquer ligação política. Claro que não terão sido as únicas vezes que ouvi isto, contudo foram estas duas vezes que ficaram a orbitar na minha cabeça. Trata-se, portanto de algo idealizado por qualquer ansianense, independentemente de política e afins, algo de transversal à sociedade.
Agora que já estão desesperados para saber do que falo, vamos então à ideia em causa. A ideia que tenho ouvido nos últimos anos, mais concretamente desde as obras nas margens direita e esquerda do rio Nabão, em Ansião, é a de uma praia fluvial, a localizar no troço em redor do campo de futebol de praia.
Compreendo que as pessoas falem da ideia e a debatam, já que é saudável e deveras interessante debater, contudo será que faz algum sentido a construção de uma praia fluvial em Ansião?
Na minha opinião não. Porquê? Poderia resumir em dois pontos fundamentais, ou seja as características geológicas e geomorfológicas, bem como a componente “aquíferos”. Em Ansião não existem condições ideais para uma praia fluvial de algum tipo, caso do Agroal, do Anços ou mesmo do Arunca. Depois entra a questão da água, ou seja o regime hidrológico do rio Nabão, com um volume de água reduzido e limitado a poucos meses. E nos últimos 20 a 30 anos houve mudanças no regime hidrológico, como os que têm a minha idade ou mais velhos bem sabem, já que, como eu, vivenciaram estas mudanças.
No meu entender uma praia fluvial seria um mero elefante branco, onde se iriam perder alguns milhões de euros (em termos técnicos, e no limite, seria o valor necessário para criar um elefante branco destes...).
O que podemos então fazer? Sobre isto nada, é mesmo para esquecer e focar no que podemos fazer pelo rio Nabão. O que, neste momento, considero mais importante é estudar o aquífero do Nabão, o qual tem sido explorado por especialistas na matéria, e tratar de uma vez dos problemas da poluição que afecta o rio Nabão. Lembrem-se que até há não muitos anos Ansião tinha no Nabão a sua fonte de água potável. Neste momento não tem, contudo temos no Aquífero do Nabão um recurso fundamental, do qual pouco sabemos sobre o seu real estado. E seria crucial saber muito mais, já que temos ali uma reserva estratégica de água, a qual poderá ser uma boa reserva de água potável num futuro que se prevê complicado em termos de disponibilidade deste recurso do qual dependemos.
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