10.4.16

Ao cuidado dos produtores de azeite e entidades públicas da região de Sicó...


Sim, não se vê bem mas o objectivo era mesmo esse. Queria dar um efeito de aspirador de paisagem. Quebras de gelo à parte, hoje venho falar de oliveiras, de azeitona e de azeite, tal como já tinha idealizado há umas semanas. Mas há um bónus e é a partir daí que vou começar este comentário.
Há uns dias recebi uma mensagem de um brasileiro sobre o azeite da região de Sicó. A pessoa em causa viu um comentário deste blogue, datado de 2011, e comentou. Achei bastante interessante o facto, especialmente porque mostra que há algo em que os produtores de azeite da região de Sicó, bem como o turismo desta bela região, devem trabalhar. Tratava-se de uma pessoa que costuma vir a esta região e que desenvolveu um gosto especial por um dos muitos produtos de excelência que a região de Sicó tem, ou seja o azeite. Afirmava que tinha alguma dificuldade em encontrar azeite de Sicó. Este facto não deve ser menosprezado pelos produtores da região de Sicó. O mesmo com as entidades públicas, as quais devem apoiar o olival desta região. 
Lembro-me dos meses em que vivi no Brasil. Mesmo num local afastado dos grandes centros, e numa mercearia muito humilde, via por ali azeite português, algo que me orgulhava bastante e trazia boas memórias numa altura que estava longe de casa. Lembro-me também que vivi grande parte da minha vida a escassas dezenas de metros de um lagar, o qual foi arrasado para construir um suposto centro de interpretação ambiental, com fundos comunitários, que agora é um... restaurante...
Que se tem perdido áreas de olival não é novidade. Chega-se ao cúmulo de se perder olivais para... eucaliptal. Nem tudo está perdido, pois tenho visto várias pessoas a apostar em novos olivais, tal como este se se "observa" na fotografia aspirada pela velocidade.
É importantíssimo voltar a investir na agricultura, de base tradicional, na região de Sicó, pois é um território onde muito se pode fazer pela mesma. Aos autarcas que lerem este comentário, lembro-vos algo que li ontem mesmo, ou seja que investir na agricultura gera uma redução da pobreza 2 a 4 vezes mais efectiva do que outros sectores. Dá que pensar, não dá?! O vosso apoio pode ser importantíssimo para que as novas gerações invistam no olival em vez de na trampa do eucalipto. Na região de Sicó deve ser o sector primário a dar cartas, pois é essa uma das suas princicpais vocações e mais-valias.
Aquele comentário, apesar de não dever ser interpretado como sintomático, é um bom indicador para perceber o muito que falta fazer no domínio da agricultura e afins na região de Sicó. Sei que nem todos vão entender o intuito deste comentário, mas mesmo assim aqueles que pararem para pensar vão perceber bem o que quero dizer. E mais não digo...

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