24.10.22

O BUPi é o reflexo da realidade em Sicó...


Esta notícia saiu na última edição do Jornal Terras de Sicó e trata de um assunto sobre o qual poucos percepcionam a sua importância. Confesso que não estava ao corrente de como estava a situação da georreferenciação dos terrenos na região de Sicó, daí aplaudir o serviço público deste orgão de imprensa regional. Honestamente falando, pensei que a cobertura da georreferenciação poderia estar próxima dos 30/40% no final deste ano, contudo a realidade que a BUPi nos mostra é bem problemática. Quando tiverem de pagar, aí já se vão queixar... O projecto BUPi é meritório e de uma utilidade estratégica para todos!

Mas vamos aos factos. Há quem menospreze e memorize a importância de termos um cadastro predial de todos os terrenos em Portugal, mas, diga-se, quem faz isso não percebe patavina de ordenamento do território.

O ordenamento do território é como uma equação com imensas variáveis estruturantes, sendo que o cadastro predial é uma dessas mesmas variáveis estruturantes. Sem ela a equação não fica completa e não se chega aos melhores resultados. Enquanto mantivermos esta mentalidade pouco favorável ao cadastro predial, iremos manter irresolúvel um problema estrutural do país, o qual dificulta imensamente o planeamento e a gestão territorial. E o curioso é que os mesmos que veem com maus olhos o cadastro predial, são os mesmos que elogiam os países mais avançados, onde, imagine-se, o cadastro predial já existe há muitos anos... Outros que menosprezam este assunto, queixaram-se aquando dos incêndios deste ano...

Urge alterar o paradigma e termos rapidamente uma cobertura a 100% do nosso território, pois todos ganham com isso e ninguém perde!

19.10.22

Isto pode ajudar a agricultura da região de Sicó, divulguem por favor!

 

Ontem mesmo, foi quando me pediram o favor de divulgar algo que vi logo que claramente valia a pena divulgar através dos meus canais, nomeadamente o azinheiragate. Trata-se de uma oportunidade que tem um duplo mérito, ajudar jovens agricultores e ajudar a potenciar os produtos agrícolas tradicionais também da região de Sicó. 

Transcrevo a parte da mensagem que pode ter interesse:

"... valorização de vários alimentos endógenos, e estamos a precisar de parceiros para o consórcio, nomeadamente:


- Jovens agricultores
Existem condições muito específicas para que esses JA sejam elegíveis, nomeadamente:
- Ter projecto IFAP financiado com número fiscal de pessoa colectiva (ou seja, projecto agrícola instalado em empresa);
- Empresa detida pelo jovem agricultor e certificada como PME pelo IAPMEI;
- Empresa fazer declarações mensais de rendimento (DMR) à SS nas quais conste o salário do jovem agricultor.

- Empresas que transformem frutos secos ou ervas aromáticas
A única condição é que tenham um CAE relacionado com actividades do sector agroflorestal."

Partilha de informação feita, os interessados podem entrar em contacto comigo que eu direcciono para a empresa em causa. Trata-se de uma empresa credível, cujos donos são jovens empresários altamente qualificados e que apostam muito na ciência e conhecimento científico aliados à agricultura. 

14.10.22

Toda a verdade sobre o assassino de árvores das Cavadas!


Tal como tinha dito, eis que trago ao vosso conhecimento mais informações sobre o que tinha noticiado há alguns dias. Afinal não foram apenas sobreiros que este assassino de árvores matou propositadamente, por pura maldade. Pelas informações que me foram dadas por locais, o assassino já tem este modus operandi há vários anos, mesmo antes do actual dono do terreno o ter adquirido, prejudicado por um assassino de árvores.
Na imagem acima podem ver o que foi descoberto dentro de um carvalho que morreu. Isso mesmo, uma bateria, causa da morte do carvalho centenário, devido aos ácidos da bateria. É um crime público!
Quem matou esta e outras árvores, tal como os sobreiros falados no anterior comentário, incomoda-se com estas árvores. Não será muito difícil descobrir quem é o criminoso, o qual a este hora deve estar assim um bocadinho amedrontado com a atenção que os seus crimes tem tido. Por mera curiosidade, o anterior comentário foi o terceiro mais lido deste ano. Vale o que vale, mas este tipo de atenção costuma resultar mais tarde ou mais cedo quando se quer apanhar criminosos...
Daqui a mais uns dias irei ao local fazer algum trabalho de campo. Apostaria que o criminoso me irá ver, embora não se vá acusar. Eu saberei quem é, embora não lhe vá dizer directamente...
 

10.10.22

Bibliotecas itinerantes e livros, uma dupla maravilhosa!


Quando vi esta fotografia, nas redes sociais do Município de Pombal, o tempo voltou para trás 3 décadas. Nessa altura carrinhas como esta, da fotografia, visitavam as escolas da região de Sicó, Ansião inclusivé, e alunos como eu pediam livros para ler e na próxima visita da carrinha devolver. Foram tempos importantes, onde a literária nos visitava sobre rodas. Todos os da minha geração se lembram destes momentos e alguns deles sabem a importância que teve para cada um de nós. Nessa altura a rede de bibliotecas municipais ainda não era o que é actualmente, daí a importância crucial destas carrinhas e do senhor que a conduzia.
Mas ainda faz todo o sentido haver destas carrinhas a visitar a região de Sicó, nomeadamente os lugarejos onde há quem não tenha a facilidade de se deslocar a uma biblioteca municipal...
E já que estou com a mão nos livros, eis mais 3 que entraram na minha biblioteca pessoal. Como é óbvio, nenhum deles padece do desacordo ortográfico. Na década de 80 e inícios da década de 90, eu não tinha um único livro meu, foi só após ingressar na universidade que comecei a "construir" a minha biblioteca pessoal, a qual conta neste momento com algumas centenas de livros que considero relevantes em vários domínios.
O primeiro livro aborda uma questão que nos últimos anos tem tido um crescendo em termos de atenção e destaque da imprensa, ou seja o problema do plástico, concretamente plástico nos oceanos.

O segundo livro retrata uma figura incontornável, seja no domínio da arquitectura paisagista, seja no ordenamento do território. Uma obra que importa termos nas nossas bibliotecas, dada a importância dos seus conteúdos.

E, por último, um livro que me chamou à atenção logo que ouvi falar dele numa entrevista com o autor na feira do livro de Lisboa. Eis que há poucos dias fui propositadamente a uma livraria para ver se o encontrava e tive a sorte de rapidamente o detectar numa prateleira. A ordem de leitura dos livros que vou comprando não é linear, pois isso depende do momento, da vontade e de outros factores que podem adiar a leitura dos mesmos, contudo suspeito que daqui a 2 ou 3 semanas vou pegar neste último e rapidamente será devorado pelos olhos, além de processado pelo cérebro, esse belo orgão que muitos poupam...



 

6.10.22

Se tivesse sido feita, o cenário seria outro...


Era uma questão que andava para falar há muito tempo aqui no azinheiragate, contudo foi sendo adiada por vários motivos, um deles andar sempre a esquecer-me de tirar uma fotografia para enquadrar o comentário. Há poucos dias, e numa muito breve passagem por Ansião, parei no parque verde para um lanche naquelas mesas de madeira que temos à nossa disposição, e lá tirei as fotos enquanto comia e me deliciava com o momento onde a saudade bateu forte...

Mas vamos então ao que me traz aqui hoje. Há uns anitos, aquando das obras no IC8, nas quais foi finalmente eliminado o perigoso cruzamento neste sector do IC8 e feito o nó principal de entrada na Vila de Ansião, houve algo que não foi feito e deveria ter sido feito. Algo que representaria um planeamento atempado deste local e uma melhoria na mobilidade no curto, médio e longo prazo. E melhoria da qualidade de vida também...

De que falo? Bem, falo de uma passagem pedonal inferior, tal como o agora túnel pelo qual passamos quando vamos de Ansião para a Sarzedela ou vice-versa. Teria sido muito fácil criar no seguimento do caminho que veem na imagem, uma passagem inferior que desse para a Rua de Lameiras Além da Ponte. Seria uma passagem que retiraria um garrote que vai apertando desde então e que limita quem anda a pé ou de bicicleta entre estes sectores a Norte e a Sul do IC8. Daria vida a esta área e facilitaria o trânsito pedonal e modos suaves, mas o facto é que não houve o planeamento ou a visão que permitissem que esta obra pudesse ser feita. Não tendo sido feita a passagem, condenou-se esta área a um estrangulamento que prejudica tudo e todos. E provavelmente só daqui a mais 20 ou 30 anos é que muitos vão perceber a falta de tal passagem. 

É por essas e por outras que o planeamento e ordenamento do território é tão importante. As vistas curtas pagam-se caro...