30.8.22

Insistir que ler é algo de excepcional de se fazer!


Não estava previsto voltar tão rapidamente a esta questão, mas a recente entrada de mais livros na minha biblioteca pessoal justifica o facto.
Inicio com o "Elucidário do Pinhal do Rei", uma obra excepcional sobre um dos patrimónios mais importantes de Portugal, ou seja o Pinhal do Rei. São muitas páginas para devorar com os olhos nos próximos meses. Já o segundo livro, trata-se de um livro dedicado à Casa Museu Afonso Lopes Vieira, Museu que aconselho vivamente a visita. Quando lá forem compreenderão o porquê de eu o recomendar. 
Estes dois livros foram-me oferecidos pelo Município da Marinha Grande, no âmbito de um debate (Jornadas da Floresta) do qual fui convidado, em representação da Íris, Associação Nacional de Ambiente. Nenhum destes livros padece do desacordo ortográfico, daí terem aqui um espaço de divulgação. 


Já o terceiro livro foi mais um acaso, pois descobri-o numa livraria por mero acaso, quando perscrutava as prateleiras. É uma obra clássica da qual já oiço falar desde 2011, quando fui uma temporada para o Brasil, no âmbito académico. Será uma leitura daquelas que necessita de muita atenção, dada a densidade e complexidade do conteúdo. Para quem gosta de saber mais do mundo e das coisas que importam, é sem dúvida uma obra para reter...


Já este último livro, trata-se de um livro que já estava no radar desde que saiu. Vindo de quem conhece bem a Rússia e a sua realidade de país nada democrático, é um livro que importa ler. Já tenho outro que foca também a Rússia, mas este complementa o que já tenho e mostra outras perspectivas importantes a ter em conta. Já agora, se forem apoiantes do regime russo, peço-vos o favor de deixarem de acompanhar o azinheiragate e me desamigarem das redes sociais. Não tolero ditadores nem apoiantes dos mesmos. E não, não há justificação para a invasão de um país soberano. E se acreditam das justificações dos orcs, mostram apenas o quanto ignorantes são e o quanto necessitam de ler e abrir horizontes.


 

22.8.22

Sobre o civismo e a forma de mitigar a falta de civismo...


Alguns irão numa primeira reacção dizer porque carga de água eu coloquei aqui uma fotografia de uma casa de banho. É fácil, mas vamos antes falar do início.

Em meados da década de 90 foi construída uma casa de banho pública na Mata Municipal de Ansião, obra esta que desde início levantou dúvidas, seja pelo mamarracho que era seja pela rápida degradação da mesma, fruto de uma crónica falta de civismo por parte de muitos utilizadores. Muitos ansianenses lembrar-se-ão desta casa de banho, a qual foi finalmente demolida passados uns anitos.

Anos depois aproveitou-se um edifício existente para construir uma outra casa de banho, esta no Parque Verde, em Ansião. Boa localização, bom aproveitamento e, parecia, tudo em ordem para o bom usufruto desta importante infraestrutura. Contudo faltou o civismo de muitos utilizadores. 

Esta fotografia foi tirada no início do ano, aquando precisei de ali ir. Fiquei decepcionado em constatar a crónica falta de civismo dos utilizadores, os quais não têm respeito pelo por eles próprios, enquanto utilizadores, quer pelos outros utilizadores, inclusivamente visitantes. Destroem os equipamentos, levam o papel higiénico e não só...

Ah e tal, a falta de civismo é normal, dirão alguns. Não é normal, digo eu. Digo também que é uma questão de educação ou falta dela. Também no início do ano, e na Torre Vale de Todos, precisei também de utilizar uma casa de banho pública ali situada. Para meu espanto, estava impecável, só não havia luz, facto ultrapassado pela luz do telemóvel. Uma casa de banho pública limpa, com papel higiénico, sabão e desinfectante. Será o pessoal da Torre de Vale de Todos mais educado e civilizado que o pessoal da Vila de Ansião? Fica a "provocação"...

Ah, sobre a forma de mitigar a falta de civismo, duas soluções, a primeira é a mais importante, ou seja a educação. A segunda é termos equipamentos à prova de animais irracionais!

16.8.22

Meter ordem na república das bananas da publicidade!


Já aqui falei desta questão, embora sobre uma situação diferente. Agora falo desta situação sobre cartazes e num local específico, ou seja no depósito de abastecimento (protecção civil) de água a helicópteros e afins, situado à saída ou entrada da Sarzedela, Ansião, dependendo obviamente do sentido em que vamos. Todos os anos é a mesma história, cartazes das touradas ali afixados ilegalmente, os quais acabam por puxar a mais publicidade. São afixados à revelia de todos e depois ficam ali até o papel apodrecer, sendo o facto uma vergonha!

Deveria haver um código de conduta, com valor legal, imposto pelas autarquias, de forma a dar ordem a onde não a há. Seja cartazes, sinais ou afins, há muita ilegalidade por esta região e isso não é bom para a mesma, pois dá má imagem. E não é preciso andar muito para ver exemplos como estes ou sinais ilegais colocados ao pé de sinais legais. Para quando legislação abrangente para a publicidade? Fica o repto!

E já agora, quem colasse cartazes de forma ilegal ou colocasse sinais ilegais deveria ser logo autuado, já que infelizmente só se consegue apanhar os infractores se for quando eles ali estão a colar os cartazes. Não sendo apanhados em flagrante, não se pode autuar, fará isto algum sentido?!


 

12.8.22

Adopta um livro nas tuas férias!

Estamos em pleno Agosto, mês de férias para muitos. Eis que nos deparamos com tempo q.b. para fazermos o que, por vezes, não temos tempo de fazer. Especialmente para quem não tem o hábito de ler, lanço o desafio de adoptarem um livro para ler nas próximas semanas, seja vindo de um alfarrabista, livraria ou mesmo de uma biblioteca municipal.

Desafio feito, eis mais algumas entradas na minha biblioteca, ou seja um livro e duas revistas que descobri recentemente.

Começando pelo livro, eis que descobri esta nova edição de uma obra daquelas fundamentais sobre a temática da árvore em Portugal. Ainda não o li, mas fica em lista de espera. Dei uma olhadela para confirmar que não padecia do desacordo ortográfico e, eis que a luz verde para a aquisição estava dada. Recomendo vivamente!


Já estas duas revistas, foram mais um achado com o qual me deparei numa visita a uma pequena livraria especializada em Lisboa. A "Beside" já marchou, ficando eu realmente assoberbado com a qualidade dos conteúdos. Especialmente para quem lida com temáticas como a inovação social, mas não só, eis uma boa sugestão de leitura.

Já a ACV, esta ainda não começou a ser lida com atenção, mas nas próximas semanas irá concretiza ser digerida visualmente. É outra revista diferenciada que vale a pena seguir. É com revistas como estas que abrimos mais os horizontes. Claro que há que saber inglês...

Boas e excepcionais leituras e boas férias, para quem ainda não as gozou!



 

8.8.22

Os vasos que andam...

É uma mera curiosidade, mas ilustra bem a mentalidade. Sempre que surge um "obstáculo" ao estacionamento abusivo, eis que o tal "obstáculo" ganha pernas. Este é um dos locais que foi muito bem intervencionado pela Câmara Municipal de Ansião, com a colocação de vasos, e que entretanto começou a ver os vasos ganhar pernas. E imagine-se o que é que aparece onde estavam os vasos? Carros...


Esta última fotografia mostra o posicionamento original dos vasos, dando então para perceber quantos passos o vaso andou... Agora é estarmos atentos a estes movimentos e aos abusos...



 

2.8.22

Carta aberta a Leonel Antunes

Exmº Leonel Antunes

Deixei passar uns dias até reflectir bem sobre o que se passou outro dia, quando fizeste uma afirmação que considero um elogio vindo de ti. Mas antes de continuar, deixa-me apenas que te diga que não me dei ao trabalho de ler o comentário posterior. Depois de tamanha atitude nada mais temos a falar além do bom dia ou boa tarde. Não me dou bem com a desonestidade intelectual.

Vamos então aos factos. É certo que os incêndios são uma altura pródiga para o falar a quente, tal como são uma altura pródiga para o populismo e demagogia política. Foi nas redes sociais que comentaste algumas coisas que não pretendo aqui falar, já que é o teu normal, comentar de forma oportunística, politicamente falando. Falo sim do que no decorrer desse comentário afirmaste, nas redes sociais, passando eu a balizar a parte da afirmação que vou aqui tratar hoje, de forma pública.

"Mas se queres tanto e tens tentado tanto trabalhar nesta região, sem veres abertura de nenhuma entidade, toma um conselho de amigo: talvez o problema não seja das entidades. E repetir isso tanta vez, desculpa a franqueza, soa a pedinchice."

Vamos então aos factos. Esta tua afirmação fez-me voltar no tempo cerca de 28 anos, mais concretamente a um momento onde te apanhei a dizer mal de mim à entrada da divisão onde estavam os nossos cacifos. Isso mesmo, no quartel dos bombeiros, onde ambos prestámos serviço uns anos. Foi um momento que me marcou, já que nessa altura eu vivia num mundo bastante problemático. Agora chamam ao que tu fizeste "bulling". Em português correcto, disseste mal de mim, tendo tu sido um dos principais responsáveis para que 1 ano e tal depois eu tivesse pedido a demissão. Foram quase 9 anos que estive fora dos bombeiros até voltar novamente, já com bagagem para esse tipo de atitudes que mostram o carácter de quem as promove. A desonestidade da tua afirmação recente mostra bem que continuas muito igual ao que eras há 28 anos, com a diferença de que a política toldou-te, não para melhor, o carácter, facto que te é reconhecido por muitos.

Ao contrário de ti, eu nunca disse mal de ti, eu sempre te confrontei com os factos. Lamento que não tenhas aproveitado a vida para evoluir como eu. Afinal, e como eu, não nasceste em berço de ouro, portanto era suposto saberes da vida mais um bocado. Sinceramente tenho pena que tenhas seguido caminhos mais populistas, demagogos e hipócritas.

Mas voltemos à tua afirmação, e desmontando a mesma. É estranho que tu, que tens o dom da escrita, percas o dom na hora de escrever como boy da política. É estranho que tu não saibas ou não queiras saber o que significa paixão pela terra e pela região, confundindo com populismos parolos. É estranho que aches estranho haver alguém que, sem ser por motivos políticos ou à procura de tacho na política, queira voltar aonde está o seu coração. Confundir isso com pedinchice é, desculpa a franqueza, desprezível. É curioso que não te tenhas dado ao trabalho de fazer o trabalho de casa para perceber afinal do que falo. Mas eu poupo-te o TPC. Apesar de já há vários anos ter lançado ideias e projectos a diferentes executivos, apenas 3 ou 4 ideias tiveram seguimento com os vários executivos em Ansião. Curioso como é que antes de 2017, mais concretamente em 2010 eu era um fixe ao co-organizar uma palestra e um passeio pedestre de forma inteiramente gratuita. Poucos anos mais tarde já era um malandro por denunciar violações de PDM, da RN2000, etc. 

É curioso que tenhas acordado para o activismo em prol do património apenas após 2017, quando perdeste o emprego, num cargo político. Nunca conseguiste explicar esse teu silêncio perante coisas tão graves como as que denunciei antes de 2017. Mas eu sei explicar e toda a gente sabe o porquê. Aconteceu algo em 2017 que te fez acordar para a vida neste domínio. E ainda não digeriste o rumo da democracia...

Mas voltando atrás, digo-te algo que desconheces, ou seja apenas em finais de 2021 apresentei formalmente projectos a várias autarquias da região de Sicó. Ora, qualquer um com dois palmos de teste sabe que a ser aprovado, um projecto destes demora 1 ou 2 anos a ser aprovado, portanto aprende como são as coisas na vida real. Além disso, não me envergonho de comentar o facto de enquanto profundo apaixonado pela região, lamentar ainda não ter tido possibilidade de ver um projecto aprovado, daqueles para ganhar dinheiro. Sim, porque quando somos especialistas em determinada área, é normal que queiramos fazer disso vida na nossa terra. Mas é curioso como te fazes de ingénuo e aches que o problema é meu, quando afinal este é apenas um preço a pagar por ser alguém incómodo ao poder político. E sabes bem que eu faço mossa, aliás não suportas isso. Aliás vários amigos teus da política, já tiveram de pagar elevadas coimas devido a infracções no domínio do ordenamento do território (a última foi no Alvorge, cerca de 10000 euros). Sim, é a minha especialidade. Não confundas aquele miúdo que eu era há 28 anos e que ia para o quartel de bicicleta naquela bicicleta cinzenta, a qual ainda tenho (e uso orgulhosamente), com um profissional íntegro e não dependente da política. 

Terminaste aquela tua afirmação com a palavra pedinchice, algo de irónico vindo de um boy da política que viu o seu vínculo terminar após uma viragem de página política em Ansião. O curioso é que eu sou conhecido por nunca pedir, nunca me colocar a jeito de usufruir de coisas da política (e durante muitos anos já o poderia ter feito). Já te deste ao trabalho de ver o meu CV? É que dizeres que sou eu que anda numa de pedinchice é um belo tiro no pé. E olha que no meu CV não há uma única conquista que tenha sido feita por favores, políticos ou não. O mérito é a regra, não a excepção. Achas mesmo que alguém com o meu currículo, que é reconhecido por entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais, precisa de pedir seja o que for? Em termos profissionais as conquistas têm sido todas depois de convites para trabalhar em projectos ou na docência universitária. Foi assim num contrato temporário na melhor escola de geografia de Portugal (Universidade), foi assim em vários contratos temporários, como consultor, em projectos tão especiais como o Plano de Paisagem de Paredes de Coura (o primeiro a nível nacional a nível municipal), ou outros mais. Deve ser por ter algum tipo de problema que sou regulamente convidado para revisor de artigos de revistas internacionais, de comissões científicas e outras coisas mais. Dás-me vontade de rir com essa tua lógica... 

Ao contrário de ti, eu vejo com bons olhos que qualquer um da terra possa ter o privilégio de poder desenvolver projectos na sua terra, especialmente jovens com currículos bem jeitosos. São esses jovens que podem fazer a diferença na hora de reverter o despovoamento e tudo o que isso traz consigo de negativo. Mas afinal tu não sabes o que isso é. Aliás até achas que o calcário não é o elemento diferenciador da nossa terra, quando o é, de facto. É devido ao calcário/carso que temos os solos que temos, a vegetação, os recursos aquíferos, a construção vernacular, a própria cultura tem uma forte componente derivada do carro. 

Eu nunca viajei à pala da política (nunca foi por exemplo a Erbach..). Corri mundo na maior parte das vezes às minhas custas, outras vezes através de bolsas de mérito a que concorri ou, num caso, pago por uma das universidades em que andei. Alarguei horizontes. Tu não alargaste horizontes, mantiveste-te pouco mais que preso ao tempo, lembrando-me eu de há 28 anos.

Acho também curioso que tu, que sabes o valor e significado das palavras, tenhas banalizado a palavra amigo, quando afinal nunca fomos amigos, mas sim "meros" conhecidos. Nunca convivi contigo enquanto amigo, apenas enquanto conhecido, mais pelo facto de termos sido bombeiros voluntários. Para me dares conselhos terias de perceber dois pressupostos, primeiro que tens de perceber que eu só peço conselhos aos sábios, não aos ressabiados da política. Depois, terias de ter uma bagagem que até pensei que até determinado nível era suposto que tivesses. Enganei-me. 

Há uns meses trocámos umas mensagens no Messenger, e acho curioso como é que não percebeste que estavas a ser testado, mesmo apesar dos factos serem reais e ocorrerem naturalmente. Nessa altura percebi logo que ficaste com sede de saber mais, já que poderias ter material para, de forma desonesta, utilizar em termos políticos. Lancei o isco e tu ficaste hipnotizado. Quem diria, tu, que sabes umas coisas a seres "encantado" por mim. Não vou aqui falar do que é, pois isso foi falado entre nós e não comentado nas redes sociais. Lembra-te que eu sou mais novo, mas já sei muita coisa. E não me coloco em bicos de pés, pois continuo a ser e a lembrar a todos que sou apenas o João Forte, sem prefixos parolos.

Sinceramente tenho pena de ti. Poderias ter seguido um caminho de seriedade que te traria conhecimento e respeito. Mas preferiste a politiquice. Opções...

Eu tomei as minhas opções. Não foi fácil, boa parte devido à pulhitiquice, mas aqui estou a mostrar que sendo honesto e tendo carácter se chega longe. E chegar longe não é ser mais do que os outros, ter um bom carro ou casa, viajar e meter umas selfies nas redes sociais, mas sim fazer o que se gosta, ser feliz e ser respeitado e reconhecido pela sociedade. 

A minha pena e o meu lamento é só um, ou seja que a cada dia que passa a possibilidade de voltar para a minha terra e me estabelecer é cada vez menor. Os convites vão surgindo e as oportunidades lá fora são cada vez melhores. Preferia estar onde está o meu coração a ganhar 1500 euros do que estar longe a ganhar 3 ou 4 mil. 

Mas já agora, é curioso que empresas de fora peguem em ideias minhas e as consigam desenvolver, e tu aches isso normal.

Pedinchice, dizias tu não era? Ganha mas é juízo e boas férias!