19.9.21

O trabalho de campo não engana...

O trabalho de campo não engana, pois sabemos logo quem o faz e quem não o faz e diz que fez. É quase que um trocadilho, mas que serve como introdução "quebra gelo" neste comentário.

Foi no final de Julho que tive o privilégio de poder dar o meu contributo para o projecto "O cantar da pedra". Foi algo que me encheu a alma, não só por ser algo que gosto bastante, bem como ser no meu concelho e na minha região, a bela Sicó. E a cereja no topo do bolo foi estar acompanhado por pessoal que também gosta muito do que faz, com o qual pude partilhar conhecimento. Bem haja ao pessoal da Binaural Nodar (curiosamente, ou não, já os acompanhava nas redes sociais, já que trabalham em temas que me interessam bastante). Nada é por acaso...

O meu agradecimento à Câmara Municipal de Ansião, na pessoa da vereadora da Cultura, Cristina Bernardino, e da responsável pela Biblioteca Municipal de Ansião, Teresa Ramos, por este dia onde pude dar mais um pequeno contributo pela minha terra em prol do seu património e da sua memória. 

Por ser algo que considero tão importante, não havia outra coisa a fazer que não tirar um dia e meter-me no comboio, numa viagem de quase 3 horas, de manhã cedo e outra, de regresso, ao final da tarde. E uns minutos de carro, já que não há comboio de Pombal a Ansião. Estar longe é complicado... Já me tinha preparado para este dia, o qual consistiu na visita a alguns locais por mim sugeridos. Havia o normal nervosismo, já que é sempre uma responsabilidade falar para um microfone. Podemos errar e só mais tarde nos apercebermos. Mas só no final irei perceber se consegui dar o meu melhor. Estou bastante curioso para ver o resultado deste projecto daqui a umas semanas.

Mas não é tudo, pois houve algo que foi deveras curioso. Já depois deste dia, mais concretamente umas semanas depois, soube que outras pessoas tinham falado, tal como eu, dando o seu contributo. Umas de idade, outras mais novas como eu. Fiquei muito feliz ter percebido que das pessoas que tinham falado, com histórias de vida muito diferenciadas, há muito em comum, seja o conhecimento de alguns dos locais visitados ou da lista de potenciais locais a visitar, seja a paixão pela região, pelo seu património natural e cultural, ou pelas tradições seculares. Apesar de sermos de gerações muito diferenciadas e áreas profissionais distantes, há algo de fundamental que nos é transversal na paixão pela nossa região. E constatar isso desta forma é excepcional e motivo para não desanimar nesta árdua luta em prol da região, do seu património e da sua cultura.

Venha o resultado audio deste projecto!!


 

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