Seria um local realmente fantástico para implementar um parque verde em Pombal, mas infelizmente a política do betão irá fazer, a seu tempo, este local mais um para urbanizar. Para já tem apenas um edifício e uns relvados que mais não servem do que para alguns levarem o seu cãozinho a fazer as suas necessidades. Pessoalmente nem sequer gosto de relva porque além de enganar, só é verde na cor, não tem valor ecológico.
Este local, situado entre a estação de comboios e o IC2 tem já um prédio, estando os restantes locais designados à espera de melhor altura para que se construa mais umas quantas torres, pois a bolha imobiliária terá rebentado em Portugal há coisa de 4 anos (ouvi isso ontem num congresso na Gulbenkian).
Este mesmo local tem, contudo, moradores já com alguns anos de estadia, as belas cegonhas que têm aguentado por aquela chaminé que se vê na foto (costumam andar noutras próximas também).
Apesar de saber que este local irá ser urbanizado, não posso deixar de manifestar o meu profundo desacordo com a política do betão de Narciso Mota, é contra-natura e contraproducente (lembram-se do dia 25 de Outubro de 2006?).
Os pombalenses mereciam um parque verde e este lugar seria o ideal, tem uma localização muito boa, tem o rio mesmo ao lado (e que tal reabilitar e renaturalizar as margens?) e uma vista fantástica sobre o castelo. Apesar de Pombal ser uma cidade pequena penso que justifica plenamente algo como um parque verde.
Pombal já deveria ter um parque verde, mas as versões estereotipadas de desenvolvimento têm levado a que pouco se faça neste domínio. Sei que o dinheirinho vindo da construção daqueles prédios poderá ser bom (ou não...), não é linear, mas a qualidade de vida dos pombalenses é bem mais importante do que isso. Fundos conseguem-se ir buscar a outro lado sem que para isso se sacrifique qualidade de vida dos cidadãos.
Outra mais valia de um parque verde poderia ser o aproveitamento do corredor ribeirinho para montante, já que é tecnicamente possível, bastaria haver vontade e equacionar o projecto com a população. A participação pública é determinante em projectos deste género.
Das várias cidades europeias que já tive o provilégio de visitar, em todas elas existe um ou vários parques verdes, dependendo, claro, da sua dimensão. Para muitas pessoas estes espaços são o único escape às caixas de betão em que estão metidas grande parte do seu tempo, por isso mesmo (e por outras coisas mais...) é importante pensar os espaços verdes.
Lembro-me de ter lido há semanas atrás um comentário num blog pombalense, sobre esta questão e sobre a necessidade de se criar um parque verde (além de terem falado sobre a maravilhosa Lubljana - 4 vezes que já lá fui, 4 vezes que fiquei maravilhado).
Pombal ainda tem alguns locais que importa salvaguardar, resta aos pombalenses exigirem aquilo a que têm direito. Podem também, além de participarem activamente através da cidadania plena, criticar de forma construtiva (e não desconstrutiva!), embora infelizmente a crítica construtiva seja também vista por alguns autarcas como algo negativo, quando afinal é uma atitude que além de louvável, necessária para que a democracia seja isso mesmo, um processo participativo...
Criticar de forma construtiva é apenas e só participar activamente na melhoria colectiva do nosso futuro e não uma ofensa seja a quem for. Da mesma forma que aceitamos aplausos também deveremos aceitar críticas construtivas...
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