Decorrente do facto do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) ser um dos responsáveis máximos do Sítio Sicó/Alvaiázere, da Rede Natura 2000, interessa discutir o papel que este organismo público tem tido nos últimos anos na gestão desta área de grande valor natural e patrimonial.
No tempo em que o ICNB era o ICN, este organismo público era uma entidade respeitada pela sua qualidade, tinha muitos técnicos credenciados que davam cartas no domínio da conservação da natureza. O tempo passou e este organismo público foi tomado por uma classe política sem classe, que transformou este organismo, no que concerne à gestão da RN2000, pouco mais do que um organismo burocrático e contraproducente.
É isto que tem acontecido com a gestão do Sítio Sicó/Alvaiázere, há falta de presença no terreno do ICNB, que não tem meios financeiros e está desprovido de boa parte dos seus técnicos de qualidade, pois muitos deles desistiram de ser marionetas na mão de uma política rasca. Os políticos conseguiram fragilizar o ICNB de uma forma tão grave, que hoje em dia infelizmente já que coloca em causa a existência de um organismo público outrora pujante e reconhecido.
A gestão do Sítio Sicó/Alvaiázere, pelo ICNB, é feita a partir de Rio Maior, na Sede do PNSAC, mas infelizmente tudo tem corrido mal para o ICNB. Falta a fiscalização no terreno e falta a interligação com as autarquias, as quais também pecam por falta de competência neste domínio.
As orientações de gestão tardam em ser vertidas nos Planos Directores Municipais e vai-se perdendo um património muito valioso.
O que muitos países consideram uma mais valia económica valiosa (RN2000) é considerado como que um obstáculo ao desenvolvimento da região de Sicó por parte dos autarcas locais. Nada se faz em termos práticos e as populações vão ganhando rancor com a existência do Sítio Sicó/Alvaiázere, algo que dá prazer aos actuais autarcas, já que será menos um obstáculo às suas ideias de construir em tudo o que é sítio...
Pessoalmente considero que é um caso muito complicado, pois o ICNB estanto na mão de políticos que nada sabem sobre conservação da natureza, tenderá a desaparecer em poucos anos, algo que dá jeito aos interesses económicos predatórios que vêm a região de Sicó como um território fértil para construir e fazer tudo o mais.
Considero também que o nome do ICNB é pouco lógico, já que a inclusão do termo biodiversidade depois de conservação da natureza é algo de ridículo. O nome lógico seria o nome original, ou seja Instituto da Conservação da Natureza, se bem que não ficaria mal futuramente denominar-se por Instituto da Conservação da Geodiversidade e da Biodiversidade (ICGB), abarcando assim as componentes base da Natureza, a componente abiótica e biótica.
Espero então que o ICNB comece a liberta-se de alguma forma daqueles que tomaram este organismo público, que os técnicos que ali trabalham não se deixem manipular por interesses obscuros e pensem que mais vale procurar trabalho noutro lugar (há sempre trabalho para técnicos competentes!) do que ceder a pressões para aprovar o que nunda deveria ser aprovado a bem do desenvolvimento territorial. Vejam o meu caso, não cedi a pressões e atitudes cobardes e corruptas e dei a volta por cima!
Viva João.
ResponderEliminarParabéns pela sua perseverança.
Meu amigo concordo consigo em pleno sobre o comentário que faz à atitude do ICNB, è esta a sigla como podia ser outra, foi o que calhou è assim que hoje se resolve. O que lhes interessa è ter uma sigla pomposa, Já que o objectivo è camuflar os atentados que os amigos todos os dias cometem contra a Natureza, denominando a suas actividades criminosas de '' desenvolvimento da economia do interior ''.
Neste e outros organismos estão hoje instalados não os técnicos competentes , mas os ''BOYS'' dos partidos que partilham o poder ( politico e económico .
Esta gentalha, como sabe decide hoje com base não no estudo dos problemas, mas sim com base no interesse dos grupos que lá os instalaram, exemplos dessa actividade, são mais que muitos ; pedreiras do Zambujal, central de massas betuminosas, parque eólico, etc....
Enfim são tão infelizes que nem conseguem olhar á sua volta e perceber uma série de factos que ocorrem a nivel climático, que num futuro próximo irá colocar em risco os seus descendentes.
È preciso continuar, contra a insensatez.
Um abraço