Fonte: Jornal Serras de Ansião
Nada tenho contra o amadorismo, contudo quando este se reveste de falta de ética, de manipulação de factos históricos e legais e de uma postura parcial e tendenciosa, então tenho tudo contra o amadorismo. Hoje venho aqui denunciar esse amadorismo, de uma amadora que há uns meses fez birra quando confrontada com
factos históricos. E até já a tive de limitar a acção dela num dos grupos que administro por linguagem pouco própria e desrespeito para com terceiros.
A amadora em causa escreveu mais um "artigo" de opinião no Jornal Serras de Ansião, sobre um alegado topónimo. Resta saber se esta amadora sabe o real significado técnico de "topónimo". Há uns meses esta personagem fez birra quando eu a coloquei no lugar dela, num debate sobre topónimos, no caso da Serra da Portela, em Pousaflores. Neste "artigo" ela refere a serra de Pousaflores, quando deveria dizer "serra da Portela", Pousaflores, topónimo quase secular e oficial, tal como a documentação legal e histórica o confirma. Ela confunde o facto de algumas pessoas chamarem a Serra da Portela por Serra do Anjo da Guarda. Ora, não existe nenhuma Serra do Anjo da Guarda, mas sim a Serra da Portela. Não me incomoda que terceiros chamem a Serra da Portela por outro nome, mas daí a afirmarem que o seu topónimo legal é outro que não Serra da Portela vai muito. E tentarem manipular o topónimo na web (Google Maps), colocando nomes para fazer passar por topónimos. Ou criarem uma página de uma "empresa" no Facebook para colocar a localização "Serra do Anjo da Guarda".... Ou denunciarem comentários meus, onde alerto sobre estes factos, como impróprios, para baixar o número de visualizações. Já fizeram de tudo, mas está-lhes a correr mal a desonestidade. Ela ignorou a história e os topónimos, facto que em termos éticos é grave. Quem é, de facto, investigador sabe do que falo, mas quem acha que é investigadora não sabe, ou melhor, não quer saber, já que padece de uma ideologia que pretende manipular topónimos em prol dos seus interesses. Grave... Só tem sorte porque como não é, de facto, investigadora, não tem de prestar contas a ninguém, pois se tivesse de prestar contas como eu e outros investigadores, já estava arredada das lides, sem credibilidade e sem quaisquer reconhecimento por parte dos pares.
Esta personagem anda a tentar mandar barro à parede a ver se cola, com cuspo. Desta vez surge com mais uma tentativa de manipular topónimos. Ora, chamar local X por um nome não o torna um topónimo. Só quando ele é reconhecido e consta na documentação legal é que se torna um topónimo. Desta vez vem com a lenga lenga da Serra dos Carrascos, sem saber do que fala, já que apenas leu uns textos e fez um juízo de valor sem base técnica e científica. É óbvio que muitas vezes chamamos a um local que conhecemos por um nome baseado em algo, no caso carrascos. No século XIV havia quem chamasse ao sector Norte (em termos de forma é um "dedo" que se prolonga até à povoação da Serra do Mouro) da actual Serra da Portela, Serra dos Carrascos. Era essa a vegetação e era normal na época, não havendo referências, ser esse um dos nomes pelo qual era chamado aquele sector da serra. Ora, um topónimo é um nome oficial de um determinado local. Factualmente pode-se afirmar que nunca existiu o topónimo "Serra dos Carrascos". Na década de 1940 surgiu a primeira cartografia oficial daquela área e com isso o topónimo Serra da Portela, o qual teve origem nos locais. Até agora houve 4 versões da Carta Militar de Ansião (a última publicada há 3 ou 4 anos - tenho-as todas), em todas elas o topónimo Serra da Portela. Nunca constou o alegado topónimo Serra dos Carrascos. Mas esta personagem até fala uma carta militar que... não existe, já que ela refere uma alegada carta militar de 1940, quando a primeira foi publicada em... 1947. E o curioso é que nem falou da carta militar mais actual. Será que já as viu todas?! Não lhe convém... Quando não se sabe do que se fala, mais vale estar calada... Fazer colagens com o que outros escreveram é fácil, mas daí a ter sentido ou ser real vai muito. E para saber interpretar é preciso ser competente.
Reparem como esta amadora omite em todo o texto o único topónimo legal, Serra da Portela. Isto diz tudo sobre a falta de credibilidade e profissionalismo da mesma.
Quanto ao topónimo "Castelo", este é comum onde há povoamentos arqueológicos, tal como acontece na vertente Norte da Serra da Portela. O curioso é que esta amadora nem falou das fotografias aéreas da Royal Air Force, da década de 60, que mostram o Castro da Serra da Portela. É curioso o facto deste amadorismo demonstrado, necessitar frequentemente de ir buscar informação de outros locais para tentar engrossar o enredo. Tal o desespero...
Fartei-me de rir quando ela escreveu "... na crista do lombo da Serra dos Carrascos...". A falta que umas aulas de geomorfologia fazem... E o curioso é que sem esta amadora perceber, está-se a contradizer e a confirmar o que eu disse sobre o facto das pessoas no século XIV falarem numa serra dos Carrascos quando falam apenas daquele sector da Serra da Portela. Tudo isto serve um propósito para esta amadora, tentar fazer esquecer o topónimo legal Serra da Portela. É algo de francamente vergonhoso e que atenta contra os mais básicos princípios de investigação. Mas isso compreendo, até porque para investigar não basta pegar nuns livros e citar o que interessa dos mesmos. A sorte é que o IGEOE, autoridade no domínio da cartografia, baseia-se nos factos e na ética, protegendo os topónimos destes chico espertismo amadores.
Curioso também esta amadora falar do Castro da Marzugueira, quando afinal ele se situa no topo da Serra de Alvaiázere. Marzugueira é um lugar situado a meia vertente da Serra de Alvaiázere. Será que esta amadora sabe o que é uma serra e os limites das mesmas? É que claramente está à vista que não... Nem sabe como são referenciados os povoamentos arqueológicos, ou seja a lógica subjacente...
E o triste disto é haver quem vá nesta lenga lenga, não percebendo que não está a ler algo escrito por quem sabe, mas sim por alguém que pensa que sabe e que gosta de ser bajulada. E é curioso constatar que no final do texto dela consta apenas o nome e nada mais. Ela é mesmo especialista em quê?! Qual a credibilidade dela?
A máscara caiu...