24.6.19

Porque deixámos de saber conviver com as ervas?


Foi quando passei nesta estrada que decidi que era altura de voltar a falar desta questão, contudo agora de uma forma diferenciada. Há 8 meses fiz aqui um comentário que, digamos, serve de introdução ao que venho falar hoje. 
Quando eu era miúdo o normal era conviver com ervas, sim ervas. Por exemplo era normal ir apanhar caracóis na berma da estrada. Era seguro e comia-se um pitéu dos bons. As ervas não eram um estorvo.
Actualmente o cenário é outro, já que não sei bem porquê parece que as ervas começaram a ser nossas inimigas, portanto há que utilizar herbicidas, nalguns casos, e cortar as ervas noutros. Se é certo que nalguns casos faz sentido cortar algumas ervas, noutros não faz. Já pensaram nos recursos que se gastam (humanos e económicos) que se gastam evitadamente neste ódio pelas ervas?!
Também não faz sentido utilizar herbicidas ou mais recentemente biocidas, um nome chique para tornar o feio bonito. Aproveitando a boleia deste comentário, também não faz sentido tornar as bermas das estradas em lixeiras! Há muita gente porca, tal como as bermas das estradas demonstram!
Está na altura de reflectirmos sobre o que andamos a fazer neste mundo, pois o rumo que estamos a ter não é o mais benéfico para a nossa espécie... O afastamento que criámos entre a nossa espécie e a Natureza, da qual fazemos parte, tem consequências bastante negativas, restando-nos voltar a equilibrar uma equação que nos é desfavorável. Aproveitem o que de bom temos e apreciem o que vêm à vossa frente, tal como se vê na imagem que acompanha este comentário. Sim, é algo de simples, mas o simples tem o poder de ser belo e importante.

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