28.6.19
24.6.19
Porque deixámos de saber conviver com as ervas?
Foi quando passei nesta estrada que decidi que era altura de voltar a falar desta questão, contudo agora de uma forma diferenciada. Há 8 meses fiz aqui um comentário que, digamos, serve de introdução ao que venho falar hoje.
Quando eu era miúdo o normal era conviver com ervas, sim ervas. Por exemplo era normal ir apanhar caracóis na berma da estrada. Era seguro e comia-se um pitéu dos bons. As ervas não eram um estorvo.
Actualmente o cenário é outro, já que não sei bem porquê parece que as ervas começaram a ser nossas inimigas, portanto há que utilizar herbicidas, nalguns casos, e cortar as ervas noutros. Se é certo que nalguns casos faz sentido cortar algumas ervas, noutros não faz. Já pensaram nos recursos que se gastam (humanos e económicos) que se gastam evitadamente neste ódio pelas ervas?!
Também não faz sentido utilizar herbicidas ou mais recentemente biocidas, um nome chique para tornar o feio bonito. Aproveitando a boleia deste comentário, também não faz sentido tornar as bermas das estradas em lixeiras! Há muita gente porca, tal como as bermas das estradas demonstram!
Também não faz sentido utilizar herbicidas ou mais recentemente biocidas, um nome chique para tornar o feio bonito. Aproveitando a boleia deste comentário, também não faz sentido tornar as bermas das estradas em lixeiras! Há muita gente porca, tal como as bermas das estradas demonstram!
Está na altura de reflectirmos sobre o que andamos a fazer neste mundo, pois o rumo que estamos a ter não é o mais benéfico para a nossa espécie... O afastamento que criámos entre a nossa espécie e a Natureza, da qual fazemos parte, tem consequências bastante negativas, restando-nos voltar a equilibrar uma equação que nos é desfavorável. Aproveitem o que de bom temos e apreciem o que vêm à vossa frente, tal como se vê na imagem que acompanha este comentário. Sim, é algo de simples, mas o simples tem o poder de ser belo e importante.
20.6.19
As saudades que eu já tenho da meia maratona de Pombal...
Quando comecei dava pelo nome de meia maratona de Pombal. Depois passou para corrida do Bodo. Depois a longa distância acabou e começou a milha urbana de Pombal. Foi uma trajectória que, na minha opinião, é o reflexo de algum desacreditar no desporto popular, o atletismo. A meia maratona de Pombal era uma prova épica e que deixou saudades a muitos. Nunca compreendi porque foi posta de lado quando estava no seu auge. Ironicamente acabou quando começava a era das meias maratonas e outras provas por todo o país. Meia e mini maratona levavam centenas às ruas de Pombal de uma forma democrática, tal como o atletismo o possibilita. À frente os profissionais e atrás os amadores que corriam e correm pelo simples prazer de correr e pelo convívio. Vinha muita gente de longe para correr ali. Poucos desportos possibilitam num mesmo cenário competir com os melhores, quase lado a lado.
Depois da meia maratona e da corrida do Bodo ainda cheguei a ir à Milha urbana de Pombal, contudo o espírito era outro e deixei de comparecer. O que se fez nos últimos anos pelo desporto popular como é o atletismo? Não falo das provas em pista, pois aí a conversa é outra, falo sim dos desportos de rua como o atletismo. Aqueles que, como eu, ali correram, que dêem a sua opinião. Importa sobretudo reflectir...
Não espero que todos compreendam o que pretendo alcançar com este comentário, já que actualmente muitos correm um pouco por todo o lado numa época onde correr é moda (e bem!). Eu sou daqueles que já corria quando não era moda, quando se via apenas um ou dois a correr pelas ruas, dia ou noite, e nos chamavam de maluquinhos. Anos depois muitos dos que diziam isso juntaram-se a nós numa actividade física boa para a mente e para o corpo. E que bom é correr!
15.6.19
11.6.19
6.6.19
Os vícios do Largo do Cardal...
Foi há 6 meses que falei aqui de um problema no Largo do Cardal, em Pombal, onde a chico espertice dava cartas para poder arranjar mais um espaçozito para os pópós estacionarem na zona pedonal. O que aconteceu desde então? Nada, pois o vaso continua fora do sítio, possibilitando assim a entrada de carros na zona pedonal...
Mas agora vou ser mais abrangente. Uma das coisas que sempre me irritou profundamente foi ver o largo do Cardal infestado por carros. Uma zona nobre cheia de... carros, quando deveria estar cheia era de pessoas. Com este cenário é normal as pessoas estarem afastadas, pois uma zona eminentemente pedonal tem uma série de obstáculos, quando afinal deveria ser uma zona livre de carros!
Trata-se de uma extensa zona de calçada portuguesa que poderia estar devidamente potenciada, livre de carros e com carta verde para peões. Não seria mais agradável? Trata-se de uma zona nobre e imagem de marca de Pombal. O que podemos mais ver por ali? Carros...
Para quando uma medida corajosa, a de proibir totalmente o estacionamento e o trânsito de carros naquele sector? Fechar pura e simplesmente aquele largo para os peões, ficando apenas a estrada que já existe (a de alcatrão, não a que atravessa a calçada...) e potenciar a utilização dos modos suaves ali e em toda a cidade, dificultando sim o trânsito aos carros e privilegiando peões, modos suaves e transportes públicos!
Imaginem agora que eram turistas e vinham ao Largo do Cardal tirar umas fotografias. Quantas fotografias conseguiriam sem apanhar carros no horizonte? Pois é, belo postal turístico...
Imaginem agora vir ali e ter toda zona pedonal para vocês, não seria bem mais agradável? E se viessem com os miúdos, não seria bem mais seguro para eles?
Imaginem se fôssemos capazes de tornar esta cidade uma cidade com qualidade de vida, boa para andar a pé e de bicicleta, para desfrutar! Imaginem até que a dinamização potenciada por um plano de mobilidade poderia ter um impacto muito positivo no comércio de proximidade, revitalizando todo o sector comercial e trazendo vida para muitas lojas fechadas. Vamos a isso?! Vamos tornar Pombal uma cidade amiga dos peões?!