Outro dia fiz algo que não fazia há coisa de 35 anos, sendo algo que já andava a contar fazer e que, encontrado o belo naco de casca de pinheiro, ou como eu dizia em miúdo, carcocha (acho que era assim que dizia...), tratei de o trazer comigo para, então, esculpir algo...
Em miúdo não havia propriamente brinquedos, sendo que os tínhamos de fazer, facto que nos fazia ser criativos e inventivos, ao contrário dos miúdos de hoje, que levam uma carrada de brinquedos a pilhas e está feito... Um dos brinquedos que fazia era uma nau de casca de pinheiro, esculpida num belo naco, com uma navalha ou faca. Depois colocava o respectivo mastro, feito de urze, bem como uma vela, que podia ser de papel ou de pano. E depois ia para o rio Nabão e a brincadeira começava.
Foi um dia bastante emotivo, que me transportou para o passado de há umas décadas, passe o pleonasmo. Já não é a primeira vez que o faço e não será a última. É algo com o qual alguns da minha geração se podem identificar e algo que todos devemos fazer, a bem da nossa memória e da nossa felicidade. Não deixem que vos digam que é uma patetice fazer isto ou aquilo, façam o que vos faz feliz!
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