5.5.23

Arrancar árvores para plantar umas florzitas "só para inglês ver"?!


Foto: Google Maps


Foto: Stephen Vincent



Foto: Facebook "Apanha Mentirosos"

Bem, estas 3 imagens mostram o que se passou há poucos dias em Soure, mesmo em frente à Biblioteca Municipal de Soure. É algo que revoltou muito/as sourenses e com toda a razão.

Deixei passar a fervura para poder comentar com maior conhecimento sobre o assunto, mas agora, e feito o TPC, eis que venho então abordar esta situação. Vi várias desculpas para isto. Uma suposta valorização paisagística daquele largo, de forma a dar mais visibilidade ao edifício da Biblioteca, uma suposta transplantação das árvores, etc. Em linguagem de quem está habituado a ver este tipo de casos, chama-se de balelas. Não faço ideia sobre o que, de facto, levou a esta situação, contudo é um perfeito disparate. Destruir o arvoredo é mau, e numa praça a precisar de verde, é um tiro no pé. A desculpa de arrancar as árvores para dar mais visibilidade ao edifício da Biblioteca é um perfeito disparate. Arrancar árvores para depois plantar ali umas flores é um verdadeiro atestado de incompetência de quem gere o espaço. Perdem-se árvores que além do oxigénio tornavam aquela praça mais fresca no Verão. Sim, pode parecer que não mas têm um efeito maior do que possam imaginar. Como sei? Estudei espaços verdes e estudei climatologia local, daí saber bem do que falo. Foi quando fiz um trabalho sobre o efeito dos espaços verdes no espaço urbano que fiquei a saber, de facto, da enorme importância de, por exemplo, destas árvores arrancadas. E há quem defenda esta acção pouco ou nada inteligente. Mais valia dizerem logo que era para depois poder montar ali palcos para eventos...

Esta iliteracia neste domínio não era suposto ocorrer em entidades públicas, às quais se exige mais, muito mais. E já nem falo que quando se pretende fazer algo num espaço como este, dizem as boas práticas que em primeiro lugar se devem ouvir os locais. Não foi isso que aconteceu...

Assim não vamos longe...

1 comentário:

  1. Eles não tem de provar competência nas acções que tomam.

    Bastou-lhes serem eleitos...

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