20.3.20

E agora, qual será o futuro da nossa região?


Por estes dias as redes sociais estão a ser inundadas pelo assunto do momento e dos próximos tempos, contudo é uma inundação de conteúdos irrelevantes, inúteis, falsos e que, na sua maioria não interessam nem acrescentam nada. Cabe-nos contrariar esta má onda com conteúdos úteis e positivos, os quais contribuam para a mitigação e resolução dos efeitos COVID 19.
É um problema que ninguém esperava e que irá ter impactos gravosos a vários níveis, nomeadamente económico e social. Curiosamente a nível ambiental terá impactos positivos, mas isso fica para uma próxima conversa. 
Para a nossa região é algo de mais complicado, já que é uma região com problemas estruturais graves e que neste momento estava a começar a ter uma fase relativamente boa a vários níveis, nomeadamente económico. É um problema que ninguém esperava e que nos apanhou a todos de surpresa. Autarquias e investidores terão agora um papel ainda mais importante no que concerne ao trilhar o caminho da retoma. Será um caminho difícil, já que os impactos negativos do "furacão" COVID 19 são e serão muito grandes a vários níveis.
Além do óbvio (?) papel que todos temos na mitigação dos efeitos desta crise, que não se sabe ainda qual irá ser o impacto final, há um papel que todos temos pela frente e que ainda não ouvi ninguém falar. Trata-se de algo que é um dos nossos calcanhares de aquiles, ou seja o planeamento estratégico do nosso futuro. Costumamos "planear" em cima do joelho, mesmo a nível das entidades públicas. A desculpa é que não há tempo para isso. É um erro estratégico!
Agora que as coisas vão desacelerar bastante, temos de aproveitar o momento difícil para planear, planear e planear, de forma a que quando esta crise acabar possamos retomar a dinamização territorial e económica e de uma forma racional, sustentável e criativa! Aqui as autarquias terão um papel fundamental, tal como os investidores, sejam eles da região ou não. Cabe-nos planear para que o futuro nos sorria novamente em poucos anos. E há que perceber que até que isso aconteça muito de negativo irá acontecer, dadas as ondas de choque que todos iremos apanhar, de uma forma ou de outra, nos próximos tempos.  Este planeamento deverá acontecer a várias escalas espaciais e temporais e prever tudo aquilo que é possível, na medida do... possível. Pensar o nós e pensar os outros. Aqui será fundamental o pensar a região sem capelinhas. Se o nosso vizinho estiver bem nós também poderemos estar bem. Junto somos mais fortes!

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