27.10.16

Quis saber quem sou, o que faço aqui, quem me abandonou?


Já lá vão uns meses desde que abordei pela última vez a questão das pedreiras na região de Sicó, pela mão da crónica "viagem ao centro da serra". Desta vez abordo a coisa de uma outra perspectiva...
Apesar de actualmente a legislação afecta à exploração de pedra ser outra, o certo é que essa mesma legislação de pouco serve para as muitas pedreiras que populam a região de Sicó, nomeadamente aquelas que não laboram e estão abandonadas. Os planos de recuperação ambiental são uma miragem para estas pedreiras e parece não haver luz ao fundo do túnel.


São demasiadas cicatrizes na extraordinária paisagem cultural da região de Sicó e, na prática, nada se tem feito para ajudar a uma boa e eficaz cicatrização. Falta a vontade, pois isto afinal não dá votos e o pessoal parece que se conforma com isto, comportamento natural num país com muito por evoluir. E nos últimos anos a genial solução foi mesmo a de... legalizar pedreiras ilegais, um mimo da governação autárquica.
Recentemente debrucei-me sobre esta questão em termos práticos, de forma a apresentar ideias para ajudar a reverter este enorme passivo ambiental. A ver vamos no que vai dar...


Idealizar a crónica "viagem ao centro da serra", e os seus vários episódios, foi algo de curioso (ainda não acabou...), pois fez-me ver as coisas de uma outra forma. Indo a todas estas pedreiras com um intuito específico transforma a nossa forma de pensar. E isto independentemente de pensarmos que sabemos muito, de já lá termos ido ou já termos visto outras pedreiras. Chegou também a outras regiões, onde o mesmo problema se coloca, algo que dá ainda mais ânimo a esta luta por uma paisagem cársica extraordinária.



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