Cerca de 6 meses depois da última crónica das Quintas de Sicó, volto à carga com esta importante questão. Da última vez fiquei algo perplexo, pois não sendo um tema muito popular, a crónica de então entrou para o ranking dos comentários mais vistos de sempre no azinheiragate. Actualmente está em 4º lugar, com 418 visualizações.
Mais uma vez não irei referir onde é a quinta em causa, de modo a precaver possíveis actos de vandalismo ou mesmo de roubo. Quem conhece sabe onde é e isso chega.
Este é mais um dos extraordinários edifícios com valor patrimonial que, contudo, está no estado em que a foto mostra. Por dentro não faço ideia como estará, mas é de imaginar.
Temos o mau hábito de dizer que somos uma região "coitadinha", que só os pobrezinhos cá vem (dito por um autarca...) e ainda somos campeões a queixarmo-nos do mal em que a região e o país está. Os outros é que são melhores. Viajar faz falta para abrir os horizontes...
Contudo somos uma região que encerra em si mesma património natural (bio e geodiversidade), património cultural e património construído de grande valor. Temos um enorme potencial enquanto região, no entanto continuamos a insistir numa receita que já deu provas de não resultar.
Em vez de apostar numa estratégia baseada nos recursos regionais, de entre os quais todo este património, continua a apostar-se na conversa das zonas industriais como base fundamental para estratégias de desenvolvimento territorial. Chapa 5 e projectos chave na mão é o que mais há. E quem não concorda, cuidado, é do contra. Enquanto isso acontece, edifícios como este vão-se degradando cada vez mais. Por vezes é culpa de privados, por vezes é culpa de entidades públicas, por vezes é culpa de ambos, já que cada caso é um caso e há situações em que a resolução para o problema é quase que impossível.
Daqui a uns meses trarei mais novidades sobre esta temática...
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